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16:00 da tarde, Terça-feira.

PETER

Lucas e eu saímos no ínicio da tarde em busca do Greg, checando os endereços pesquisados que anotamos, mas até agora não tínhamos encontrado nada.
Resolvemos parar pra comer alguma coisa, já que passamos esse tempo todo ocupados.

- Vou buscar a Lívia daqui a pouco, você vem comigo? - ele pergunta.

- Acho que não. Vocês irão pra outro lugar depois?

- Sim, ela tem um bico pra fazer.

- Aliás, tenho que buscar a Maddy no departamento.

- Falando nela, vocês brigaram? - Lucas questiona com uma expressão estranha.

- Não, por quê?

- Ela está esquisita. Eu fui no Ap. dela esses dias porque a mãe queria que eu levasse um bolo que tinha feito e ela estava tão calada.

- Ela não conversou nada comigo. - digo, um pouco pensativo.- Mas, eu percebi um comportamento fora do normal também.

- Se você descobrir, me fale.

- Pode deixar, cunhadinho. - respondo num tom descontraído.

- Sabe que eu odeio quando me chama assim. Lembrar que eu sou seu cunhado me dá náuseas.

- Que náuseas? Eu sou seu melhor amigo!

- Você é meu melhor amigo depois do Dante.

Ele reformula e eu o olho com a expressão séria, mas logo ri de mim.
Depois de comer e poder tirar um breve descanso, Lucas me deixou na DPV e foi pra casa dele antes de ir pra universidade.

18:30 da noite.

ELISA

Os últimos 30 minutos, nós passamos no pátio, já que o restante da aula seria livre junto com a turma da Lívia. Me encontrei com ela em uma mesa do refeitório.

- O Lucas já chegou. - ela diz quando me aproximo.- Ele está esperando no portão.

- Agora só resta a gente sair!

- Eu ainda tenho um serviço, queria ir pra casa.

- Nossa, verdade. Você não comeu nada hoje, não esquece de pedir algo.

- Relaxa, amiga. Eu vou comer alguma coisa.

Somos interrompidas com o celular da Lívia tocando. Pude ver no visor junto com ela que era um número desconhecido.

- Aquele número de novo? - pergunto.

- Parece que sim.

Ela atendeu e pelo que pareceu ninguém respondia. Então, ela logo desligou.

- E aí?

- Não disse uma palavra, só escutei o som da respiração.

- Estranho...

20 minutos depois o sinal tocou, e nós saímos em direção ao portão. Lucas nos esperava encostado no carro dele.

- E aí, meninas! Vamos?

- Bora!

Já havíamos combinado que Lucas me levaria pra casa e seguiria com ela.

- Vocês estão bem? - ele pergunta antes de ligar o carro.

- Sim, estamos. - Lívia responde por nós duas.- E você, como está?

- Estou cansado, mas bem! A investigação continua, estamos atrás de um antigo conhecido!

- Antigo conhecido? - pergunto.

- Sim, achamos ele hoje em meio aos arquivos da agência. Era um colega de classe da época do fundamental, estudou comigo e com Peter. Passamos a tarde toda procurando em alguns endereços!

- Caramba, que coincidência! - comento, em resposta.

- Pois é, o mundo é pequeno. Ele é fotográfo, achamos que ainda está em Vancouver.

- Fotógrafo? Como ele se chama? - pergunta Lívia.

- Gregory, mais conhecido por Greg.

- Ah...eu conheço um Greg que é fotográfo.

- Conhece? - ele pergunta surpreso.

- Sim, nós ficávamos há um mês atrás. Paramos de nos falar aos poucos e, então ele sumiu de vez sem dar muita explicação.

- Nossa, é mesmo. - comento bbrevemente.- Eu nem lembrava mais dele.

- Você tem foto? - Lucas questiona dando a impressão de que essa informação poderia ajuda-los.

- Acho que sim... - ela pega o celular, procurando por uma foto dele.- Achei, é esse aqui.

Ela mostra a tela pro Lucas, que arregala levemente os olhos.

- É o Greg! - ele para o carro próximo a uma calçada.

- Sério?

- Sim, é ele! - Lucas olha atentamente pra foto.- Você sabe onde ele mora?

- Eu sei! Quer dizer, eu sei onde ele costumava morar. Pode ser que ele tenha se mudado, já que não tenho notícias.

- Poderia dizer o endereço? Isso é de grande ajuda!

- Você irá atrás dele? - pergunto.

‐ Não, irei acompanhar a Lívia como combinado. Mas, ligarei pro Peter, ela diz o endereço e ele vai atrás.

Caramba, que mundo pequeno mesmo!

Traçados no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora