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16:20 da tarde, Sexta-feira.

- COMO ASSIM????

Alexia pergunta em um grito, com sua expressão de surpresa e preocupação, depois de eu contar a situação.

- É isso que eu acabei de contar. Dante e eu fomos perseguidos. Mas, o ponto é que precisamos falar sobre isso com a Elisa e a Livia, entendeu? Elas podem estar correndo risco também, é bom que se previnam.

- Sim, eu concordo totalmente! Vou mandar mensagem avisando elas pra passarem aqui quando saírem da Universidade.

Enquanto elas não chegavam fomos conversando. Quando meu pai me ligou, senti a aflição dele na voz, e avisei que estava bem e segura na casa da Alexia.
Minha mãe e meu irmão nem sabiam e era importante que ainda não ficassem cientes do que houve até chegarem em casa. Quando anoiteceu, assim que Livia e Elisa chegaram, eu pude falar sobre tudo o que ocorreu.

- Eu só não entendi direito ainda o porquê de corrermos certo risco. - diz Lívia, depois de eu terminar de contar.

- São minhas amigas! - respondo.- Essa gente é capaz de qualquer coisa pra atingir quem querem, por isso é bom que fiquem atentas.

- Pode deixar! - diz Elisa.- Obrigada por nos alertar! Mas, me fale...como você está? Deve ter sido assustador passar por algo assim!

- E foi! - afirmo, me lembrando da situação.- Eu estou bastante preocupada. Mesmo que meu pai trabalhe com isso a tanto tempo, é a primeira vez que acontece uma ameaça desse nível envolvendo a família.

- Eu nem sei como eu estaria no seu lugar.

- Enquanto esse pessoal não ser preso, precisamos tomar cuidado. - relembro.

- É bom sempre manter um meio de comunicação com a gente, caso algo de estranho aconteça! - complementa Lívia.

- Sim, sempre andem com o celular grudado e liguem ou mandem mensagem!

Meu celular toca e eu olho na tela vendo o nome de Dante.

- Oi, aconteceu algo? - pergunto, assim que atendo.

- Não, só queria saber se está tudo bem com você. Está segura?

- Sim, estou. Está tudo bem, obrigada pela preocupação!

- Eu vou passar aí pra te buscar e te deixar na sua casa, seu pai disse que ficará até tarde aqui.

- Tudo bem, me ligue quando estiver vindo. E você, está bem?

- Estou, fique tranquila. Me mande mensagem ou me ligue se precisar de algo, tá bom?

- Tá bom, pode deixar. Se cuide, até mais tarde!

- Você também, até mais!

- Era o Dante, amiga? - pergunta Elisa.

- Sim. Meu pai ficará até tarde no serviço, então ele virá me buscar pra me levar pra casa.

- E as coisas com o Hugo? - pergunta Alexia, dessa vez.- Ele aceitou numa boa?

- Que nada! - respondo.- Surtou quando me viu na lanchonete com o Dante.

- O que vai fazer?

- Terminar.

- Mas, você não gosta dele, amiga? - Pergunta Lívia.

- Não do mesmo jeito. As coisas mudaram de 1 mês pra cá, antes mesmo do Dante e tudo isso ocorrer!

- É justo, então. Não seria certo continuar.

- É, eu sei. Não seria justo nem comigo, nem com ele! Vai ser uma situação desagradável de uma forma ou de outra!

- Com certeza! - Elisa concorda.- Boa sorte. Espero que ocorra tudo bem e ele entenda seu lado!

- Eu também espero.

Ficamos conversando até mais tarde. Eu falei que Elisa e Lívia podiam esperar que eu pediria pra Dante levar elas até em casa quando viesse me buscar e assim elas ficaram.
Mudamos de assunto pra não pensar mais em todo o perigo atual, conversávamos sobre coisas aleatórias passando de um assunto pra outro descontraidamente, até mesmo sobre o jogo de William que seria amanhã.

Quando o relógio marcou 22:00h, Dante chegou e antes de me levar em casa, deu carona para as meninas.
Quando entrei em casa, ele foi embora e depois de falar com minha mãe e meu irmão, subi para o quarto pra tomar um banho e finalmente poder dormir. Mesmo que fosse complicado por ter tanta coisa em que pensar, eu precisava tentar descansar.

Traçados no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora