Traçados no amor

33.

22:00 da noite.

DANTE

Eu estava cochilando no sofá de Helena quando meu celular tocou. Despertei num instante e a vi acordada do meu lado vendo um filme, olhei na tela e vi o nome de Lucas.

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- Opa irmão. Tudo bem? - atendo.

- Dante, corre pro hospital de Vancouver. - sua voz de choro era notável.

- Por que? O que aconteceu?

Levanto rapidamente sendo pego por uma onda de preocupação. Helena, ao perceber, fica atenta.

- É a Lívia. Não consigo... - ele se desespera em meio as palavras.- Não dá pra explicar agora, só pega a Helena e corre direto pro hospital.

- Certo, tá bom. Estamos indo!

•

- O que aconteceu?!

- É a Lívia. Precisamos ir ao hospital, no caminho você liga pra Alexia e a Elisa.

- Tá bom!

Ela sobe avisando Oliver e pega um casaco descendo pronta para irmos.
Passamos na casa de Alexia, e Elisa mandou mensagem avisando que estava indo também. Quando chegamos no Hospital haviam policiais no estacionamento, na entrada, na sala de espera e avistei Lucas que andava de um lado pro outro. Assim que me viu me deu um abraço desesperado. Nunca o tinha visto assim.

- Calma, cara. - restribuí o abraço.- Me conta o que aconteceu, você está bem?

- Cadê a Lívia?! - Helena já estava um pouco alterada.

- Ela está na sala de cirurgia. Foi uma perseguição... - ele começa a explicar.- Foi de uma hora pra outra, eu estava chegando na Universidade e percebi dois caras suspeitos descendo de um carro. Ela estava saindo da cafeteria em frente.

- O que ela fazia fora da univerdade? Ela sabe que é perigoso. - Alexia estava tão nervosa quanto ela.

- Eles estavam indo até ela. No impulso eu atirei e teve uma pequena troca. Eles queriam levá-la e em questão de minutos eu estava perseguindo o carro. Eu não podia deixar que conseguissem. No meio disso tudo eles capotaram e... - Lucas respirou fundo, tentando se conter.- Eu só consegui correr pra tirar ela de lá.

- Ok, precisamos ter calma. Vai dar tudo certo!

- A Lívia é forte. - Alexia segurava a mão de Helena.- Amiga, você tá tremendo.

- A Lívia... - Helena entrou em choque.- É culpa minha.

- Ei, ei, não diga isso. Calma! Olha pra mim. - envolvi seu rosto em minhas mãos.- Ela vai ficar bem.

- É culpa minha, Dante. Eu devia ter me afastado, eu tinha que ter me afastado de vocês. - ela olhou pra Alexia com as lágrimas escorrendo pela bochecha, mas não conseguia esboçar reação.- Eu não vou suportar...

- Amiga, calma!

- Se algo acontecer com você ou com a Elisa, com qualquer um de vocês... Não, eu não consigo...

Ela se afastou do meu toque e cambaleou pra trás. Seus olhos piscavam lentamente, e sem esperar a peguei antes que ela caísse no chão. Ela desmaiou.

- Ajudem, por favor! - Alexia grita pra que algum enfermeiro viesse.

- Helena! Amor, acorda!

Dava leves tapas em seu rosto, mas nada adiantou. A peguei no colo e um enfermeiro nos guiou para que deitasse ela numa cama em uma sala próxima dalí. Alexia ficou com ela enquanto eu ía falar com os policiais. Elisa logo chegou acompanhada dos pais de Lívia, já William e Peter consolavam Lucas. A noite estava só começando e eu sabia que seria longa.
A todo momento eu olhava para a porta do quarto onde Helena estava, eu não me permitiria ficar desatento. Patrick estava a caminho junto com a Malia e o Oliver. Mandei alguns policiais pra casa e tudo o que nos restava era esperar por notícias.