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15:00 da tarde.

- PARADOS! Mãos na cabeça! - entrei na sala, apontando a arma e Gabriel estava logo atrás.- Joguem as armas no chão devagar e virem-se pra mim! ANDA, CARALHO!

Observava atentamente cada movimento deles que começaram a abaixar as armas. Quando estavam quase encostando no chão, viraram atirando nos fazendo recuar, e aproveitaram pra fazer o mesmo em algum canto dalí.
Sem parar, trocávamos tiros destruindo a sala inteira. Gabriel, que estava com o rádio comunicador, pediu reforços.

- Eu não ligo se estiverem mortos ou vivos, não sairão livres daqui! - gritei de um lado da casa.

- Só se não matarmos vocês antes! - e um deles respondeu.

Na terceira troca de tiros, acertaram meu ombro de raspão. Gabriel conseguiu acertar a perna de um deles, enquanto o outro começava a se desesperar aos poucos.
Precisamos resolver isso o quanto antes. Dei o sinal pro Gabriel, mostrando que eu iria embosca-los pelo outro lado.

Na casa, a dispensa ficava no meio dela ocupando boa parte. De um lado havia o corredor em que estávamos e do outro o espaço onde eles se escondiam.
Havia uma curva que dava direto para o espaço onde ele estavam. Fiz o máximo de silêncio possível enquanto andava.

- Ficaram quietos por quê, porra? - um deles se pronuncia depois de 2 minutos. Provavelmente o que não está ferido.

- Quer bater papo, se entrega e a gente conversa na delegacia! - Gabriel retrucou.

- Vocês estão ferrados quando ele descobrir!

- Foda-se o seu patrão, ninguém aqui se borra com bandido, não!

- Seu desgraçado!

Eu estava a dois metros de distância, atrás de uma parede. Quando se moveu para atirar no calor do aborrecimento, eu dei um passo pro lado, mirando a arma em seu braço e apertei o gatilho. Dois segundos e ele estava no chão, com a mão estancando o sangue do braço. Neste exato momento eu aproveitei para colocar as algemas nos dois, enquanto Gabriel respirava aliviado e chamava também a emergência.

DANTE

Alexia havia acabado de chegar. Helena estava escrevendo um relatório pra mim, já que eu estava ocupado procurando qualquer coisa que pudesse nos levar ao Greg.

- Como cê tá? - Helena pergunta e elas se abraçam.

- Estou bem! Olá Dante!

- Eae, Alexia?!

- O que estão fazendo? - ela coloca a bolsa no sofá.

- Ele está ocupado com umas pesquisas e eu estou ajudando com um relatório.

- Sim, as coisas estão corridas! - complemento.

Meu celular toca mostrando o contato de Peter na tela.

- E aí, cara? Tudo bem? - atendo.

- Pegamos dois, Dante! - ele diz, sem muita delonga.

- O quê? - pergunto num tom de voz alterado, chamando a atenção das duas. - Agora? A onde você está? - me levanto do sofá sem acreditar na boa notícia.

- Na rua do Gregory. Os reforços chegaram agora pouco, estamos indo à delegacia. Você pode ir?

- Posso, eu estou indo já!

- Lá eu te conto os detalhes!

- Beleza!

- O que aconteceu? - Helena mostrava sua expressão de preocupação.

Traçados no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora