31.

15 5 2
                                        

2 SEMANA DEPOIS...
10 de Julho. Sexta-feira, 13:00 da tarde.

HELENA

Essas duas semanas passaram de forma mais tranquila do que o esperado, o que deixou Dante ainda mais em alerta.
Quarta-feira da semana passada fui à faculdade para trancar o curso. Em uma conversa familiar decidimos que isso facilitaria meu monitoramento e que seria ainda mais arriscado me deixar na Universidade sem uma supervisão. Papai tinha medo, e nem ousava duvidar da maldade da pessoa por trás de tudo. As meninas não quiseram trancar pois se viam numa fase ótima quanto a estudos, ainda mais Alexia que tem o concurso mês que vem. Porém, para nossa tranquilidade, depois das apresentações virá 1 mês de recesso. Elas só precisam aguentar mais 30 dias!

Hugo havia me visitado no dia seguinte, o que foi uma surpresa. Eu não imaginava vê-lo depois de dias sem dar notícias. Ele estava diferente, já parecia conformado com tudo e se desculpou com Dante pelo comportamento que teve na última vez que o viu. Enfatizou o quanto queria ser meu amigo, pois ainda queria estar próximo e fazer parte da minha vida.

Quanto a rotina, Alexia tem passado todos os dias comigo, Dante e eu a levamos à univerdade, a buscamos e ora ela tá aqui em casa e ora estamos na dela. Mas, nunca mais desgrudamos. Dante passa uma noite aqui e uma na casa dele. Aliás, nessa última terça pude rever seus pais. Eu havia me esquecido da genética incrível que essa família tem! Almoçamos e conversamos muito.
Elisa e Lívia tinham a supervisão de Lucas, ontem a noite pudemos nos ver e colocar o papo em dia. Falando em Lisa, ela e William estão se conhecendo abrindo portas para a possibilidade de um relacionamento e Lucas tem consolado a Lívia desde a morte de Greg. Não que ela ainda tivesse sentimentos por ele, mas foi um baque. Eles tiveram momentos incríveis, é inevitável. 

- DANTE! - o chamo do meu quarto.

- O que foi? - em segundos, ele já estava na porta.

- Que rápido. Me ajude aqui, por favor?

Pedi tentando alcançar uma caixa no alto do meu armário. Com muito mais facilidade ele a pegou e me deu.

- O que tem aí?

- São umas paraloids, Alexia pediu pra eu separar umas nossas pra ela.

- Entendi. Olha, eu vou ao departamento, seu pai e o Lucas estão me esperando.

- Descobriram algo novo?

- Não, é apenas para ajudar no arquivamento de algumas provas de casos recentes.

- Tudo bem, eu só vou arrumar aqui e nós vamos.

- Não é necessário! -ele se apressa em dizer.- Eu vou só, seu pai não te quer lá com muita frequência. Não saia desacompanhada, entendeu?

- Tá bom, eu sei.

- Qualquer coisa você me liga.

Dante saiu do quarto e 1 minuto depois ouvi a porta da sala. Estranho ele não me levar, sempre faz tanta questão de me ter junto a onde vai.

DANTE

- Você já achou um lugar? - Patrick pergunta.

- Não, ainda estou a procura. Seria bom ir pessoalmente, mas não dá pra deixar ela aqui sozinha e sair.

- Eu posso cuidar disso até você voltar. - Lucas sugere.

- Ela vai desconfiar. Eu não saio do lado dela, hoje mesmo ela estranhou eu ter vindo sem trazê-la.

- Ela não pode saber, se não vai surtar. Anda muito aflita com tudo. - Patrick estava preocupado e parecia pensar em algo.

- Vamos pedir pro Peter visitar os lugares que você estiver pesquisando. - Lucas dá outra sugestão.

- Mas, ele está ocupado fazendo as rondas da dona Deisy. - lembro.

- Nós daremos um jeito, mas até lá ninguém conta à ela. - Sr. Vissale reforça.

- Tudo bem! - respondemos em uníssono.

Traçados no amorOnde histórias criam vida. Descubra agora