Capítulo treze

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Jungkook 

Acordei em minha cama, com a luz solar batendo em meu rosto, passei um tempo embolando na cama, sem lembrar como vim parar aqui. Quando o JK fica solto, sempre faz alguma besteira, isso eu temia. Sentei na cama e vi que um livro estava no chão, rapidamente segurei em minhas mãos sentindo uma grande energia vindo dele, pelo seu brilho intenso, é o livro sagrado que a escola tanto esconde e agora estava comigo. 

Engoli seco desesperado, não sabia como eu tinha roubado aquilo, sendo que é tão difícil de tocá-lo, guardei o livro entre outros livros que tinha, assim passava despercebido, esconderia até saber o que fazer. Olhei para o relógio vendo que são sete horas e deveria estar me arrumando, apenas tomei um banho rápido e coloquei roupas confortáveis, como um conjunto de moletom, com uma bota preta. Peguei a mochila indo até a porta, porém meu avô me chamou. 

— Jun, venha tomar seu café, vai sair de casa sem avisar de novo? 

— Não estou afim.

— Sabe, dês que você sumiu está muito estranho, você parou de dialogar comigo, me abraçar e cuidar do seu irmão. É como se sua família não existisse, nem sequer me encara, sempre está apressado ou magicamente desaparece. Você deixou de estar conosco. 

— Não quero ouvir suas lamentações. — Bufei. — Vou chegar atrasado. 

— Não me importo. — segurou meu braço. — Você mudou, olhe pra você, cheio de tatuagens e piercings. Até seu olhar é diferente, o que houve? Precisa confiar em mim, eu sou seu avô, não inimigo. 

— Ha, quer mesmo que eu diga? — ri — Eu soube que meus pais mentiram pra mim, sabia que meu pai é outra pessoa? Que minha mãe me enganou? 

— C-como soube disso? 

— Eu encontrei o meu pai biológico, falou toda a verdade, coisa que ninguém me falou. Veja que engraçado, um estranho me conta a verdade, mas a família que devo confiar me engana. O senhor sabia que minha mãe tirou todos os meus poderes? Sabia que ela namorou um demônio? Sabia vô? 

— Sim, eu sabia! — abaixou a cabeça. — Mas foi para o seu bem, seu poder é perigoso pode tirar vidas, você não é comum. 

— Porra, o senhor sabia e não me contou nada. Essa proteção idiota não valeu de nada, apenas sofri. Vocês não pensaram em mim, todo mundo mentiu, me fizeram de idiota, mas agora isso acabou. 

— Do que está falando? Como encontrou seu pai? 

— Caralho, você é sonso! Eu tenho meu poder de volta, Félix me devolveu tudo e agora tenho o que me pertence, todos vão pagar, eu sou o rei do universo e ninguém vai me humilhar. — falei raivoso. 

— Céus, seus olhos estão azuis. Esse não é você, não é meu garoto doce. Félix é perigoso, por isso sua mãe não o quis, ele é narcisista, acha que é o melhor e você é a cópia dele. Você é um demônio. — soluçou. 

— Melhor ser igual a ele do que todos vocês, bando de mentirosos. Todos são uns fracassados, ninguém me merece. — sinto um tapa forte em meu rosto e levantei a mão para devolver. 

— Nem pense em levantar a mão pra mim, seu malcriado, eu sou mais velho e te criei. 

— Argh! — abaixei a mão, indo embora dali rapidamente, sinto uma tontura e respiro fundo, me arrependendo das palavras que eu disse. Meu deus, por que falei aquilo? Não era eu. Começo a chorar enquanto caminhava, o que estou me tornando? Preciso tirar satisfações com Félix, meu poder estava me mudando, coisa que não queria. 

Chego no colégio, me encontrando com os meninos em uma roda discutindo algo e eu me aproximei para participar, não devo ignorá-los são meus amigos. 

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