Capítulo vinte e oito

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Jimin

— Essa caminhada é infinita, não podemos parar para descansar e comer algo? Estou morrendo de calor. — Namjoon reclamou, suspirando. 

— Só faz dez minutos que estamos caminhando, deixa de ser preguiçoso e como se incómoda com o calor se você é o próprio fogo? — Taehyung questionou. 

— Eu não sou o imbatível, essa missão está sendo muito chata, quero ir embora. 

— Paciência, essa é a primeira de muitas. — Jungkook parou, pegando o binóculos olhando em direção ao "nada". 

— Jeon, não tem nada pra ver, se é que me entende. — Taehyung franziu o cenho. — Espera, já chegamos? Cadê a fábrica? 

— Tenho a mesma dúvida, o local está certo mesmo? — Jungkook perguntou confuso e Namjoon olhou o mapa assentindo. — Era para está aqui. 

— E agora? — Perguntei, incomodado com a mochila pesada em meus ombros, hoje não estava em um bom dia, meus ossos doíam e estava sendo difícil ficar de pé, agora que andei bastante piorou muito, é dificultoso disfarçar, não quero questionários. Provavelmente meu tempo está acabando, até agora não peguei nenhuma alma. 

— Vou ligar para o pessoal do laboratório pra saber o que fazer. — Jungkook pegou o telefone, se afastando um pouco de nós. Namjoon bufou, impaciente. Ele tinha razão, essa missão é muito chata, vou aproveitar para pegar as almas hoje, não posso enrolar mais. 

— Chim, está tudo bem? — Tae perguntou, segurando meus ombros. 

— Sim, por que não estaria? 

— Sua cara é de sofrimento, sente dor? 

— Um pouco, é besteira! Vou melhorar logo, não se preocupe. 

— Gente, Denis mandou a gente voltar pra casa, falhamos. — Jungkook avisou.

— Hã?! Vinhemos pra cá atoa? Que porra! — Xingou o mais velho. 

— A tarde temos que ir embora, vamos voltar para a pousada e arrumar nossas coisas. 

— Eu vou ficar caminhando pela cidade um pouco, depois me encontro com vocês. — Afirmei e eles concordaram. 

— Vou ficar com Jimin, ele precisa de companhia. — Tae sorriu. 

— N-não precisa...

— Precisa sim, Tchau meninos! — Se despediu e os dois riram indo embora, quando se distaciaram, Kim cruzou os braços ficando sério. — Agora sim, fala o que está acontecendo? 

— Nada, por que acha isso? 

— Olha, para ok? Você se curou e teve seus poderes de volta do nada, não acho que foi um milagre, na minha opinião foi mágia. Você está com essa estupidez de esconder as coisas de novo e eu odeio isso. Não sou burro, está diferente, mais calado e pensativo. 

— Tae, não me faça falar, por favor. 

— Faço sim, eu estou de saco cheio, Jungkook é muito lerdo de não perceber, ele confia tanto em você que nem se importa. Mas eu conheço a peça, vai ficar nesse calor infernal até falar tudo, nem vou me importar se você desmaiar. 

— Que merda, eu fui procurar minha cura, falei com a Julie e ela me ajudou. Simples assim. 

— Você fez um desejo? Ótimo, mas não está nenhum pouco saudável. Tem mais coisa aí, se fosse apenas isso não iria esconder. 

— Bom, tive que fazer uma troca de favores, para ficar vivo preciso de almas jovens para alimentar uma pessoa. Ainda não comecei e estou sentindo os efeitos, eu não vou aguentar por muito tempo, preciso das almas. — Confessei.

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