Capítulo vinte e quatro

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Jimin

— Jungkook, tem certeza que você quer voltar? O que você fez naquele dia foi terrível, olha a cara das pessoas, estão todos com medo. — Falei olhando aos arredores do colégio, o mesmo queria voltar a escola como se nada tivesse acontecido, até de mim os alunos tem medo, isso incômoda. 

— Não me importo com a opinião dos outros, eu tive motivos. — deu de ombros. 

— Mas foi errado, como o diretor não te chamou? Isso é meio estranho. 

— Quem disse que ele não me chamou? Vou agora mesmo para a sala dele. Provavelmente serei expulso, mas isso não me preocupa. 

— Ah, se eu fosse você me preocuparia sim. — Sussurrei, Jeon me deu um selinho e depois se afastou, caminhando até a sala. Eu me encolhi e caminhei pelos corredores querendo chegar na minha sala, porém, antes disso vi pela janela de vidro TaeMin dentro do laboratório vazio, arrumando os tubos de ensaio. Sorri largo, entrando na sala, correndo para abraçá-lo, pois faz um tempo que não o via, mas fui impedido com um empurrão, me deixando assustado pela atitude tão bruta. — TaeMin, o que foi isso? Eu senti sua falta, onde estava? — Voltei a sorrir, mas ele continuou com a cara fechada, quebrando meu coração. 

— Você sentiu minha falta? — riu — Que piada. 

— Por que está agindo assim? Fiz algo de errado? 

— Sonso como sempre, dês que recebeu aqueles presentes, não fala mais comigo. Agora descobri o porquê, está atrás do Jeon que nem um cachorrinho, você é muito burro, depois de tudo que ele fez? — Falou irritado. 

— Você que sumiu do nada, eu sou apaixonado por ele, Jungkook me protege, nos entendemos. O que tem demais nisso? Não quer ver seu melhor amigo feliz? 

— E eu? Sempre te protegi, sempre nos entendemos, faz anos que nos conhecemos. Não entende que eu te amo? Eu cheguei primeiro, Ji! Você estava interessado em mim, me dava beijos, a gente dormia de conchinha, estava tudo na boa antes do Jeon aparecer. Só bastou isso para você me jogar fora e depois ficar com outro. Não duvido nada que fará o mesmo com aquela sombra.

— Cala a boca, eu nunca faria isso. Está falando isso porque sente ciúmes, eu nunca disse que te amava como homem e sim como amigo. — falei bravo. 

— Só quero entender uma coisa, como se aproximou tão rápido do cara que fodeu sua vida? É excitante transar com um cara que matou as pessoas que você amava? Você é doente, se você quer alguém assim perto de você, eu posso fazer coisas bem melhores. 

— Do que está falando? — Franzi o cenho. 

— Se você pode se apaixonar por um cara destruidor e é isso que você gosta, então farei melhor. Me diz o que eu tenho que fazer, quer que eu mate alguém? Seus pais ou seu tio? 

— V-você está louco, Taemin está tendo ideias erradas, eu não sou desse jeito, você me conhece. 

— Parece que não te conheço mais. — virou as costas, arrumando o armário com fracos de vidro. — Você é uma incógnita, agora é apenas um estranho. 

— Para de falar assim, podemos ir a lanchonete e conversar com mais calma, está de cabeça quente, certo? — toquei em seu ombro e ele para o que estava fazendo, segurando um frasco com um líquido rosa chiclete. — TaeMin? Por favor. Você é meu hyung, eu te amo. 

— SE AFASTE! — Me empurrou, jogando o frasco em meu rosto, quebrando rapidamente e espalhando o liquido em meu corpo, que se misturava com sangue. 

— Ah, o que você fez? — coloquei a mão no rosto choramingando, estava doendo demais. — I-isso doi, muito! — caí no chão, sentindo minhas pernas fracas. 

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