Capítulo vinte e seis

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Jimin 

Como sempre estava deitado na cama, olhando para o teto com tristeza por não poder andar e nem sequer respirar direito. A cada dia as coisas iam piorando e Jungkook se preocupando mais e mais, às vezes brigamos, por conta que o mesmo não me entendia. Já estava cansado, queria fugir de tudo. 

Enquando Jungkook iria para o colégio, eu ficava em casa assistindo séries e filmes, sonho de qualquer pessoa, mas pra mim é chato. Queria mesmo era lutar e ajudar o mundo. Estou perdendo as coisas mais importantes, meu sonho de ser herói se realizou, é incrível, mas a maldita doença me impede. Prometi para mim mesmo que iria me vingar de todos que me fizeram mal, principalmente TaeMin que acabou com minha vida por ciúmes idiota. 

É final da tarde e a senhora Lana ajudou com os remédios, mesmo não sendo obrigação dela, já que ela está aqui para cuidar do Jeon. A mulher é um anjo, mimava tanto que me sentia um bebê. 

Max chegou do colégio e correu até o quarto para me ver, como sempre ele era o primeiro a chegar. O garoto e Jungkook ficavam o dia todo fora, assim me deixando sozinho e solitário. 

— Papai Jimin, como foi seu dia? Sentiu dor de novo? 

— Não, eu estou bem, meu amor. — sorri — Como foi sua aula? 

— Foi a mesma coisa de sempre, os professores são chatos. Aproveitei para fazer uma lista de coisas que vamos fazer quando melhorar. — tirou o papel do bolso animado. — Primeiro vamos ao cinema, depois ao parque comer Hotdog, aí vamos jogar futebol e vamos ao zoológico. Também quero subir nas suas costas para voar comigo. 

— Oh, Max! Eu não sei quando vou melhorar. — falei triste. 

— Mas você vai ficar melhor, tenho certeza. 

— Por que não faz algumas dessas coisas com Jungkook? Ele pode tudo isso. Não precisa esperar por mim. 

— Mas eu quero fazer isso com você, é mais legal. Jungkook vive ocupado no colégio e no laboratório da tia Lana. Iria pedir para que fizesse um bolo de chocolate, mas havia esquecido que estava doente, sua comida é tão gostosa, papai. — falou nostálgico e eu sorri fraco, querendo fazer tudo isso que o menino pedia. — Um dia sonhei que você desaparecia e nunca mais voltava, tenho tanto medo. Te amo muito e com certeza não vai me abandonar. 

— Eu não vou! — solucei — M-meu bem, vá tomar banho, daqui a pouco é hora da janta. — Limpei as lágrimas. 

— Certo, papai! Até mais. — me deu um beijo na bochecha e correu alegremente. Deu tanto dó, talvez eu nunca mais fique melhor. 

Após um tempo refletindo, Jungkook chega. Mas antes tomou banho para me ver, ele beijou minha boca e me fez carinho, todo manhoso. 

— Hyung, não está mais bravo comigo? 

— Não, só me estressei! Tá tudo bem, não se preocupa. 

— Que bom, meu amor! — deitou ao meu lado. — Decidi que vou para a missão com meninos, eles estão tão empolgados, acho injusto ninguém ir porque eu neguei. Semana que vem iremos ao local onde Denis marcou, já está tudo certo. Não vai ficar bravo não é? 

— Ficar bravo com o que? 

— Ora, de você ficar deitado aí enquanto todo mundo está lutando contra monstros e recebendo aplausos por sermos heróis. É seu sonho e agora que se realizou não vai poder ir. — falou e depois arregalou os olhos. — Céus, me desculpa hyung, eu esfreguei isso na sua cara. 

— É a verdade, dói, mas é verdade. — ri sem humor. — Penso que sou um peso pra você e estou atrapalhando, se eu pudesse voltaria para a minha casa. 

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