Capítulo oito

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Jungkook 

— Hyung, hoje não vou poder ficar muito tempo aqui, tenho que jantar com meu avô. — Avisei para Jimin, quanto entrava em sua casa. Ele deu de ombros indo para o quarto e como sempre fui atrás para começar o meu trabalho. Ele jogou a mochila no chão, tirou seus sapatos indo para o banheiro. Fiquei sentado na cama suspirando, olhando aos arredores. Não me incomodava está aqui, gosto da presença do Hyung, quando se afasta eu fico triste, sinto um frio na barriga apenas olhando em seu rosto. 

Não vou mentir que todos os dias pensava nele, principalmente à noite, fantasiava muitas coisas, como se tudo fosse realidade, porém de manhã via que a realidade é outra e isso me deixa frustrado e bravo. Me fazia mal pensar nele, me fazia mal pensar que um dia poderíamos ser um casal, eu me sinto errado em desejá-lo, tenho que ter coragem e falar o que sinto, assim quando receber um não, iria parar de me torturar. 

Em meio de pensamentos dolorosos, Hyung saí do banheiro com seu pijama de unicórnio, é muito fofo e puro, nem parece aquele hyung respondão. Estava tão cheiroso quanto uma flor do campo. 

— V-você está bonito, hyung! — falei sem jeito. 

— Eu sei! — deitou na cama, se cobrindo com o lençol azul bebê. — Qual será a história de hoje? 

— Hum... Gosta da pequena sereia? 

— Eu amo pequena sereia, sério meu sonho é ser uma. — disse empolgado e eu ri baixo, depois ele se encolheu envergonhado. — Quer dizer... E-eu gosto.

— Eu também gosto! — sorri — Mas antes de começar, quero te contar uma coisa. Já que me sinto seguro, quero conversar sobre nós. 

— Nós? — franziu o cenho. — Aconteceu algo? 

— Não exatamente, é que durante esses dias que ficamos juntos e eu vim pra sua casa, me senti bem sabe? Você é sincero e eu gosto disso, mesmo às vezes você sendo um pouquinho grosso. Se preocupa comigo e nunca me senti assim, me trás paz. 

— Eu te trago paz? 

— Isso, gosto muito de você na versão humana ou fada, nunca ousaria te machucar. Mesmo eu sendo fraco, quero te proteger. E-eu... Estou gostando, sabe?! Te vejo de outra forma, não só como um hyung mandão. — falei envergonhado. 

— C-como você me ver? — mordeu os lábios nervoso. 

— C-como uma pessoa que eu amo, te vejo como homem. — cobri o rosto com as mãos. Ele ficou em silêncio, apenas ouvia sua respiração. Me deixava mais nervoso ainda, não tem como voltar atrás. — H-hyung?! 

— Acho que eu já esperava de alguma forma. — falou baixo, sem olhar em meus olhos. — Uma fada nunca se engana, eu sinto! Mas... Como? É tão confuso.

— Hyung, eu falei algo de errado? Me desculpe, esqueça isso. 

— Não disse nada de errado, é só que foi inesperado. Você é bem tímido, não esperava por isso tão rápido. 

— E então?! O que eu faço? Não quero perder sua amizade. 

— Me pergunto o mesmo, me sinto confuso, mas ao mesmo tempo sei o que quero. Para ser sincero, te acho especial, mas ainda é inexperiente, não sabe nada. Bom... Te acho atraente e parece que vou ter que passar por cima dos meu conceitos. — riu sem humor. — Posso te ajudar nisso. 

— C-como?! 

— Assim! — encostou seus lábios nos meus, segurando minhas mãos, são tão macias e delicadas. Senti um frio na barriga, estava emocionado, segurei a sua cintura puxando seu corpo para ficar bem encostado no meu, um grande beijo estalado. Paramos sem fôlego e ele corou, eu nem se fala. — Desculpa! 

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