Capítulo sete

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Jimin 

Acordei bem cedinho para não me atrasar, o professor já tinha reclamado sobre isso e eu não estou afim de ouvir seus gritos de novo. Na verdade me atrasava de propósito para perder alguns minutos de aula, pois tudo que era ensinado já sabia. 

Coloquei a mochila nas minhas costas, suspirando, antes de sair, meu tio chama meu nome. 

— Jimin, posso falar com você um instante? 

— Certo, algum problema? 

— Não, só queria saber sobre o menino que você trás pra cá, ele é seu namorado? Perguntei isso a ele e o garoto negou, mas acho que ele mentiu. 

— Que? Como pode perguntar uma coisa dessas? Ele não é meu namorado e eu não sou gay. Jungkook é a pessoa mais atrapalhada do mundo, fomos atacados pelos animais do Félix e ele atirou mais nos alunos do que nos monstros. Não sei como um humano pisou naquela escola. 

— Ele é um humano? Que estranho. — franziu o cenho. — Nunca um humano pisou naquele lugar. 

— Pois é, mas o idiota está lá.

— Então já que você despreza tanto esse humano, por que está perto dele? Você tem o Taehyung e seus outros colegas. 

— Porque por algum motivo sinto vontade de cuidar dele, sei lá! Jungkook é como uma criança indefesa, mas às vezes bem burrinho. — bufei. — Meu lado fada não deixa eu deixá-lo de lado. Odeio isso! Agora tenho que ir. — sai correndo, me transformando em fada, voando entre as nuvens, estava pensativo. É estranho eu querer proteger o Jungkook, no fundo quero que ele se supere, mas tenho meu orgulho. 

Quando vi a escola desci perto de uma árvore e me transformei em humano, entrando pelo portão, sentei no refeitório, descansando um pouco. Taehyung sentou ao meu lado com uma bandeja nas mãos. 

— Chegou cedo hoje! — comentou. 

— Tive que vim por causa do professor e também meu tio ficou fazendo perguntas sobre o Jungkook vindo lá em casa. Acha que somos namorados. — bufei. 

— Quem não iria achar? Você leva o menino pra sua casa e fica no quarto com ele. 

— Eu pago cem dólares para ele me fazer dormir, sabe bem que tenho insônia e pesadelos. 

— Sei, sei que você é maluco, diz uma coisa depois faz outra. Ouvi seus gritos ontem reclamando com o Jeon, você foi malvado. 

— Eu tive que gritar pra ele ficar mais ligado, ele iria fazer merda. É meu jeito de proteger aquele menino, infelizmente não consigo ignorar muito. Se alguém me chamar de viado por causa disso, eu juro que vou socar essa pessoa. 

— Qual é o problema de ser gay? 

— Tudo é problema, uma fada tem que ser perfeita e pura, não sou cem porcento isso, mas eu tento. 

— Realmente não entendo o seu raciocínio. 

— Não quero que entenda, apenas respeite meu espaço. Quero que o Jeon se fo- 

— Jungkook, vem aqui! — Tae chamou e ele se aproximou tímido. — Senta aí, menino! — ele obedeceu. 

— A-acho que não devo ficar por perto, não quero que pensem que vocês são igual a mim. Jimin hyung mesmo disse. 

— Que? Nada disso, deixe o povo pensar o que quiser. A opinião dos outros não importa, se você ainda está aqui quer dizer que tem algo especial. 

— Taehyung... — falei baixo. 

— Aliás, Jimin é um medroso, tem medo que falem dele. Hyung não fala sério quando reclama, ele só quer te proteger, é um ogro. 

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