Descuido
Rubí
Hoje era praticamente um dia típico no Departamento de Policia, apenas revisão do caso atual o que comparado ao anterior estava praticamente tranquilo, até que um policial da inteligência ligou informando sobre o alerta que tínhamos colocado no perfil do atirador que assassinou o advogado, só faltava ele para que eu pudesse encerrar o caso então imediatamente acionei um grupo de policiais e Enzi para podermos averiguar a chamada. Já estávamos equipados com os coletes e munições e nos dirigindo para as viaturas quando a moto de Lisa parou ao lado do meu carro e ela logo vendo a movimentação correu para me alcançar.
_Ei o que está havendo?
_Recebemos um alerta sobre nosso suspeito e estamos indo para a zona portuária próxima aos galpões, você não deveria chegar só mais tarde? – Perguntei confusa vendo-a lá.
_Sim, mas se eu passasse mais cinco minutos com minha mãe comprando mais alguma coisa para o jantar de amanhã eu enlouqueceria, espera eu bater meu ponto que vou com você. – Falou se afastando da janela.
_Desculpa Lisa, mas preciso correr para não perder o cara, nos falamos quando eu voltar! – Gritei já dando partida no carro, não poderia esperar até que ela se equipasse e fizesse todos os processos para podermos ir, em pouco mais de 40 minutos eu estacionava a alguns metros dos galpões.
Acionei o rádio para que todos me ouvissem, ajustei o colete e conferia munição, com minha orientação começamos a entrar no local e por ser enorme nos dividimos em grupos para cobrir uma área maior, não sabíamos se o suspeito estava em grupo ou sozinho então pedi que agissem com cautela e não fizessem nada antes do reforço chegar. Enzi foi para o leste e eu segui em frente rumo ao galpão menor, pelo pouco que vi pelas janelas imundas o pequeno espaço estava abandonado, mas mesmo assim entrei por uma das janelas e confirmei a suspeita pelo radio ouvindo o mesmo de outros agentes que verificavam o restante do perímetro, iria dar mais instruções, mas o vulto que vi pelo lado de fora me fez ficar calada e me aproximar da porta, me encostei na parede e esperei a porta ser aberta, uma arma apareceu na abertura e quando iria desarmar a pessoa vi quem era ao mesmo tempo que Lisa se virou e me viu.
_Meu Deus Rubí você me assustou! – Disse ela com a mão no peito pelo susto.
_Mas que diabos você está fazendo aqui? Como chegou tão rápido e cadê seu colete? – Briguei com a mulher a minha frente que parecia se divertir.
_Eu acabei saindo com pressa do DP e acabei esquecendo, mas fica tranquila vai dar tudo certo, o que temos até agora?
Eu iria dar mais uma bronca nela, mas barulhos de tiros nos chamaram a atenção, imediatamente corremos para onde os barulhos vinham e depois de me comunicar com alguns policiais recebi a informações que havia mais homens armados dentro do armazém, eu e Lisa então fomos pelos fundos enquanto a troca de tiros continuava. O Armazém era enorme e abrigava muitos contêineres empilhados o que dificultava a visão dos policiais, logo no caminho até os fundos do local encontramos alguns homens que se direcionavam ao local vindos do porto, fiz sinais para que Lisa ficasse na minha retaguarda enquanto com golpes silenciosos e não letais os derrubei uma a um fazendo minha parceira me direcionar alguns elogios. O ultimo capanga precisei de mais do que apenas imobilizações para derrubar, ele era mais alto então tentar pega-lo por trás estava fora de cogitação, então fiz questão de fazer alguns barulhos para atraí-lo até mim e quando vi a ponta de sua arma o desarmei com golpes fortes e certeiros nos deixando cara a cara, o homem retirou uma faca militar do colete no peito e começamos uma dança perigosa, Lisa ficou na retaguarda e consequentemente interceptou um homem e uma mulher que vinham ao auxilio do capanga, enquanto eu me esquivava e o acertava diretamente na cara com socos precisos o fazendo sangrar e ficar ainda mais irritado, vendo uma abertura em sua guarda consegui desarmá-lo e com a base da minha mão acertá-lo no nariz o fazendo recuar, chutei a parte de traz do seu joelho de apoio e com o cotovelo finalmente consegui desmaiá-lo.
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A Detetive
RomanceSe me perguntassem qual era meu sonho quando eu tinha 12 anos eu diria que seria ser psicóloga como meu pai, porém aos 13 anos eu desisti de entender as pessoas, quando meu pai morreu na minha frente em um assalto esse sonho mudou. A partir de então...