Capítulo 38

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N/A Olá gente, é bom estar de volta!!! Sem mais... Segue capítulo...


Rubí

Dirijo com as janelas abertas, mas a noite está fria, estamos em novembro é natural a temperatura estar caindo a cada dia, logo preciso fechar as janelas e ligar o aquecedor do carro, assim que me distancio do trabalho vou me dando conta de como estou exausta física e mentalmente, sintonizo na rádio local e a voz de José González cantando Crosses enche todo o carro e eu aumento o som, a música me acalma um pouco apesar da letra de alguma forma me lembrar muito do meu pai, hoje seria um daqueles dias que só queria abraçá-lo, ele me perguntaria o que tinha de errado e eu diria que meu mundo estava em colapso e que eu nunca me senti tão perdida, ele me apertaria um pouco mais e diria algo engraçado eu ia rir só para agradá-lo e iríamos ver o que poderíamos achar na geladeira de mais doce para comer.

Suspiro com a lembrança e sinto aquela pontada de saudade, minha cabeça voa para minha pequena família, pela hora Carolina já deve ter voltado da faculdade lembro que hoje ela só teria uma prova e espero que tenha se saído bem, Arthur provavelmente está acordado correndo pela casa e Lia estará terminando o jantar. Mesmo sendo precoce eu me sinto feliz e completa com os três em casa, sei que meu relacionamento foge completamente de um padrão esperado, mas acho que é exatamente por isso que gosto tanto de como as coisas são.

Eu estou quase perto de casa quando meu telefone toca e sei que é Carolina, mas ao olhar o retrovisor percebo que há uma possibilidade de eu estar sendo seguida então deixo o telefone no mudo e ao invés de entrar na garagem do meu prédio eu acelero e sigo em frente, quando estou a duas quadras de distância paro na calçada e destravo a arma do coldre e aguardo com o banco do carro um pouco deitado. O carro preto com vidros escuros passa lentamente por mim como se quem estivesse dentro dele estivesse me observando, apesar de não conseguir ver ninguém por causa dos vidros muito escuros tenho uma sensação estranha, tento me acalmar e espero por uns vinte minutos antes de voltar a me mover e mesmo sabendo que não há ninguém atrás de mim dou algumas voltas antes de retornar ao caminho de casa, sei que terei mil ligações e mensagens, mas não posso me dar ao luxo de tirar minha atenção da estrada.

Sou recebida com um abraço apertado de Carolina que me parece aflita o que me deixa ainda mais tensa, mil cenas terríveis passam em uma questão de milésimos na minha cabeça, mas para meu alívio não há nada de errado com ninguém apenas um mau pressentimento de Carolina e para não alimentar seu stress prefiro não comentar sobre minha pequena suspeita.

_Tem certeza que está tudo bem? - Insiste Carolina.

_Sim, não se preocupe amor. - Digo acariciando sua bochecha.

_Às vezes tenho medo de te perder, porque você não pode ser uma simples professora?

_Porque eu seria uma péssima professora e você sabe disso. - Digo para fazê-la sorrir pouco antes de segurar seu rosto com as duas mãos e beijá-la delicadamente nos lábios.

_Ei Bibi, ainda bem que chegou o jantar já vai sair logo e vê se vão fazer isso no quarto. - Diz Dália passando por nós na sala fingindo estar incomodada com nosso simples beijo.

Antes que eu pudesse perguntar por Arthur o menino veio correndo do meu quarto e pulou nos meus braços, senti seu cheiro e o apertei contra mim tentando entender o que ele queria dizer, todas as noites que conseguia chegar cedo eram a mesma coisa e eu amava tudo aquilo. Carolina nos observava brincar no sofá enquanto colocava os pratos e sorria e a cada sorriso eu me apaixonava, Dália pareceu inquieta durante o jantar então aproveitei para ajudá-la com a louça como desculpa para que ela desabafasse era minha tática e ela sabia disso.

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