(Ignorem os erros e boa leitura)
Lágrimas
Rubí
Abri a porta do meu apartamento ainda ofegante da corrida matinal e me deparei com o caos em forma de casa apesar da bagunça me fazer sorrir imediatamente. Carolina e Arthur passaram o fim semana comigo e Dália a estadia se estendeu até hoje quarta-feira, Arthur corria pela casa só de sunga de carrinhos enquanto Carolina já vestida para o trabalho tentava sem sucesso alcançá-lo, Lia saia da cozinha com uma torrada na boca e alguns livros nas mãos passou por mim como um furacão apenas se despedindo rapidamente e quando perguntei se queria carona só murmurou um "não precisa", pelo menos foi o que entendi, quando Arthur finalmente me viu veio correndo e pulou em meus braços soltando gargalhadas enquanto uma Carolina muito furiosa voltava para o quarto balançando a cabeça negativamente quando eu apenas dei de ombros ao pegá-lo em meu colo.
_Ei grande herói, qual o motivo dessa correria?
_Tô fugindo da Momi... - Disse rindo e ofegando.
_Como se eu estivesse de brincadeira senhor Arthur, você vai ficar de castigo quando eu voltar do trabalho e deveria levar umas palmadas, mas eu estou quase atrasada. - Disse se aproximando de nós enquanto colocava os brincos. - Tem certeza que não vai te atrapalhar ficar com ele pela manhã? - Me perguntou ainda tentando por um dos brincos.
_ Não se preocupe, vou para o DP apenas depois do almoço e caso minha irmã não chegue deixo ele com você. - Falei deixando o menino no chão que correu para o sofá quase que imediatamente e começou a pular em cima.
_Você é a melhor namorada da existência, obrigada. - Disse segurando meu rosto com as duas mãos e me beijando rapidamente.
_ É mesmo? Então me dá um beijo melhor!- Disse lhe puxando pela cintura, mas a mesma se desvencilhou rapidamente.
_Nem pensar, seu filho se comportou muito mal hoje e estou em cima da hora. - Falou rindo pegando a bolsa e dando um tapa na perna de Arthur para que parasse de pular fazendo o menino começar a fazer bico para chorar.
_Agora ele é meu filho? - Disse rindo e cruzando os braços.
_Ué você que disse, não lembra? "nunca mais se aproxime da minha mulher e do meu filho"... Palavras suas baby. - Falou tentando imitar minha voz me fazendo rir.
_Ok, você venceu. - Disse me rendendo.
_Agora me deixa ir que o metrô vai estar um inferno e eu...
_Negativo, você não é minha mulher? Então vai de carro! - Disse lhe dando a chave do meu carro particular.
_Rubí eu nem sei o nome daquele carro quanto mais dirigi-lo.
_É um ecosport SUV de 2016, agora você sabe e ele é fácil de dirigir, agora pega a chave.
_ Mas eu...
_Sem mas nem meio mas, você leva o carro e vai ficar com ele até segunda ordem, agora anda por que você vai se atrasar lembra? - Falei colocando as chaves na sua mão e abrindo a porta.
Carolina revirou os olhos a contragosto, mas não discutiu, antes de sair ainda a puxei para um beijo decente e observei seguir pelo corredor com seu gingado que me fazia perder o juízo, fechei a porta ainda rindo e fui dar atenção a um rapaz zangado jogado no sofá, com toda a correria esqueci de avisar que hoje era meu aniversário, mas estava tudo bem podíamos comemorar um outro dia de qualquer forma. Quanto a Arthur me senti na obrigação de conversar com ele sobre obedecer a sua mãe e o quanto ela havia ficado triste com o comportamento dele, acho que meu drama surtiu efeito, pois o menino logo pediu desculpas e foi se trocar e fazer sua higiene matinal logicamente com minha ajuda. Como tínhamos planos de colocá-lo em uma escolinha no próximo semestre, decidi ajudá-lo a escrever o próprio nome para poder mostrar a mãe quando ela chegasse e ele ficou super animado, assim passamos boa parte da manhã e confesso que foi incrível.
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A Detetive
RomanceSe me perguntassem qual era meu sonho quando eu tinha 12 anos eu diria que seria ser psicóloga como meu pai, porém aos 13 anos eu desisti de entender as pessoas, quando meu pai morreu na minha frente em um assalto esse sonho mudou. A partir de então...