Capítulo 30

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(Ignorem os erros e boa leitura)

Lágrimas


Rubí

Abri a porta do meu apartamento ainda ofegante da corrida matinal e me deparei com o caos em forma de casa apesar da bagunça me fazer sorrir imediatamente. Carolina e Arthur passaram o fim semana comigo e Dália a estadia se estendeu até hoje quarta-feira, Arthur corria pela casa só de sunga de carrinhos enquanto Carolina já vestida para o trabalho tentava sem sucesso alcançá-lo, Lia saia da cozinha com uma torrada na boca e alguns livros nas mãos passou por mim como um furacão apenas se despedindo rapidamente e quando perguntei se queria carona só murmurou um "não precisa", pelo menos foi o que entendi, quando Arthur finalmente me viu veio correndo e pulou em meus braços soltando gargalhadas enquanto uma Carolina muito furiosa voltava para o quarto balançando a cabeça negativamente quando eu apenas dei de ombros ao pegá-lo em meu colo.

_Ei grande herói, qual o motivo dessa correria?

_Tô fugindo da Momi... - Disse rindo e ofegando.

_Como se eu estivesse de brincadeira senhor Arthur, você vai ficar de castigo quando eu voltar do trabalho e deveria levar umas palmadas, mas eu estou quase atrasada. - Disse se aproximando de nós enquanto colocava os brincos. - Tem certeza que não vai te atrapalhar ficar com ele pela manhã? - Me perguntou ainda tentando por um dos brincos.

_ Não se preocupe, vou para o DP apenas depois do almoço e caso minha irmã não chegue deixo ele com você. - Falei deixando o menino no chão que correu para o sofá quase que imediatamente e começou a pular em cima.

_Você é a melhor namorada da existência, obrigada. - Disse segurando meu rosto com as duas mãos e me beijando rapidamente.

_ É mesmo? Então me dá um beijo melhor!- Disse lhe puxando pela cintura, mas a mesma se desvencilhou rapidamente.

_Nem pensar, seu filho se comportou muito mal hoje e estou em cima da hora. - Falou rindo pegando a bolsa e dando um tapa na perna de Arthur para que parasse de pular fazendo o menino começar a fazer bico para chorar.

_Agora ele é meu filho? - Disse rindo e cruzando os braços.

_Ué você que disse, não lembra? "nunca mais se aproxime da minha mulher e do meu filho"... Palavras suas baby. - Falou tentando imitar minha voz me fazendo rir.

_Ok, você venceu. - Disse me rendendo.

_Agora me deixa ir que o metrô vai estar um inferno e eu...

_Negativo, você não é minha mulher? Então vai de carro! - Disse lhe dando a chave do meu carro particular.

_Rubí eu nem sei o nome daquele carro quanto mais dirigi-lo.

_É um ecosport SUV de 2016, agora você sabe e ele é fácil de dirigir, agora pega a chave.

_ Mas eu...

_Sem mas nem meio mas, você leva o carro e vai ficar com ele até segunda ordem, agora anda por que você vai se atrasar lembra? - Falei colocando as chaves na sua mão e abrindo a porta.

Carolina revirou os olhos a contragosto, mas não discutiu, antes de sair ainda a puxei para um beijo decente e observei seguir pelo corredor com seu gingado que me fazia perder o juízo, fechei a porta ainda rindo e fui dar atenção a um rapaz zangado jogado no sofá, com toda a correria esqueci de avisar que hoje era meu aniversário, mas estava tudo bem podíamos comemorar um outro dia de qualquer forma. Quanto a Arthur me senti na obrigação de conversar com ele sobre obedecer a sua mãe e o quanto ela havia ficado triste com o comportamento dele, acho que meu drama surtiu efeito, pois o menino logo pediu desculpas e foi se trocar e fazer sua higiene matinal logicamente com minha ajuda. Como tínhamos planos de colocá-lo em uma escolinha no próximo semestre, decidi ajudá-lo a escrever o próprio nome para poder mostrar a mãe quando ela chegasse e ele ficou super animado, assim passamos boa parte da manhã e confesso que foi incrível.

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