Erros vou corrigir melhor depois.
Boa leitura!
Honras e pesar
Rubí
Como detetive eu só precisava colocar a farda completa de oficial em funerais ou premiações e hoje teriam os dois, sinceramente eu odiava tudo aquilo, na minha opinião colocar qualquer premiação no dia de um funeral era desrespeitoso, mas o governador havia decretado isso e não tinha nada que eu pudesse fazer, me olhei no espelho e meu rosto ainda estava roxo, mas já havia desinchado bastante. Dália apesar de ter sido agredida não havia tido nenhum ferimento físico permanente, mas claramente lutava com o dano psicológico do trauma, dava para ver como seu brilho havia diminuído e ela não sorria tanto como antes, naquele momento lutava com sua fobia recém adquirida de sair de casa para ir ao enterro comigo e depois a premiação de honras, ela havia dito que precisava estar ao meu lado naquele momento e não pude impedi-la, de certa forma achei muito corajoso da sua parte. Respirei fundo ainda sentido o desconforto na costela e me olhei novamente no espelho tentando arrumar a gravata da farda com apenas uma mão, meu ombro ainda não estava bom o suficiente para fazer movimentos bruscos, desisti e me sentei na minha cama tentando esquecer o porquê de estar colocando aquela maldita farda de celebração.
_Quer ajuda? – Carolina entrou no quarto com um meio sorriso, ela também já estava vestida para ocasião preferimos deixar Arthur com minha mãe que não se importou em ver tudo pela televisão e aceitou ficar com o neto, ele ainda se recuperava da pneumonia e não seria uma boa ideia sair com ele com aquele tempo.
_ Eu adoraria, não dá para fazer muita coisa com esse braço. – Deixei que minha namorada me ajudasse e com gestos rápido logo tudo estava feito, pensar em Carolina como apenas namorada parecia não ser o suficiente, mas no momento não estávamos em um momento bom para um pedido tão especial, ainda estávamos lidando com todos os danos dos últimos dias, mas quem sabe em alguns meses.
_Tem certeza de que está bem para fazer o discurso, talvez não seja uma boa ideia que seja você. – Carolina segurava minha mão e tentava encarar meus olhos que estavam perdidos em pensamentos.
_Estou bem eu posso fazer isso, Lisa gostaria disso, não é? – Falei sentindo minha voz falhar pela falta que ela me fazia.
_Ela estaria na primeira fila gritando que vocês eram irmãs. - Rimos com a ideia de algo que Lisa claramente faria e deixamos o riso desaparecer conforme as lembranças dela vinham e nos deixava emocionadas.
_Acho melhor irmos, não é legal chegar atrasado em um enterro.
Nos despedimos de minha mãe e Arthur que dormia após seu almoço e Carolina nos guiou até o cemitério dos oficiais onde seria a nossa primeira parada. Estar ali naquele lugar me trazia gatilhos horríveis, mas aguentei firme até o encerramento, cumprimentei González que tinha os olhos vermelhos e Enzi andava com dificuldade devido a bala que tomou na coxa, Michelle o ajudava e os dois pareciam ainda mais próximos, mas não tinha certeza se haviam oficializado o relacionamento, fui abraçada por Enzi gentilmente e falamos de nossas recuperações.
_Vai mesmo fazer o discurso na entrega das honras? – Enzi também parecia ter chorado, mas não quis perguntar.
_Sim acho que Lisa iria gostar de me ver lá em cima. – Afirmei sorrindo sem muito humor.

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A Detetive
RomanceSe me perguntassem qual era meu sonho quando eu tinha 12 anos eu diria que seria ser psicóloga como meu pai, porém aos 13 anos eu desisti de entender as pessoas, quando meu pai morreu na minha frente em um assalto esse sonho mudou. A partir de então...