Capítulo 5 part 2

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Quebra cabeça

Eu e Gonzáles chegamos ao bar onde Kevin trabalhava, mas ainda estava fechado àquela hora então como a espera ia ser longa meu amigo resolveu comprar café e rosquinhas para passar o tempo, já se aproximava das 16 horas e o calor que fizera o dia todo já diminuíra bastante e agora soprava uma brisa fresca, as ruas estavam calmas e o céu de um tom de azul lindo, o mesmo tom de azul de certo par de olhos que pelo visto não saía de minha cabeça. Lembrei de meu café da manhã e sorri sozinha, lembrei do sorriso e seu jeito doce e senti um frio na barriga, eu não poderia estar atraída por uma mulher... E se eu estiver? Eu tenho que por minha cabeça no lugar, agora não era hora nem o lugar para isso, eu tinha um caso para resolver e não poderia me distrair assim, sobre Carolina eu com toda certeza não estou a desejando como penso, ela é simpática e parece ser uma boa pessoa e isso deve ser o motivo da minha admiração, provavelmente ela também é heterossexual e estou confundindo sua gentileza com flerte e é isso, não tem motivo para eu me preocupar com nenhuma ideia absurda de atração repentina por mulheres. Sábado vamos sair como amigas e vou me permitir flertar com algum rapaz, vou saciar minha carência e pronto, voltamos à vida real. Mal concluí meu pensamento e meu celular vibrou em uma mensagem:

Numero desconhecido:

Olá Rubí tudo bem? É a Carolina, eu peguei seu celular na sua ficha espero que não se importe.

Bom esse é meu número se quiser salvar na sua agenda... É isso tenha um bom dia...

Li a mensagem e não acreditei... Pegar meu telefone na minha ficha não deveria ser proibido? Essa menina é louca isso é certo, mas no fundo eu gostei daquela loucura e salvei seu número de imediato e a respondi quase que na mesma hora:

Olá, rsrsr, isso não deveria ser proibido? Kkkk..

Seu número está salvo, tenha um bom dia...

Carolina respondeu com um coração rosa e eu sorri ainda mais, porém meu momento foi interrompido com a porta abrindo, travei o celular e retomei minha postura séria enquanto pegava meu café ajudando meu amigo.

_ Nossa estava lotado foi mal pela demora. _ Disse Gonzáles se sentando e pegando uma rosquinha.

_ Tudo bem, nada mudou desde então, relaxa. - Bebi um gole de café que estava muito bom.

Comemos em silêncio e decidimos que o carro estava muito abafado e resolvemos esperar em pé do lado de fora eu sempre odiei esperar, mas não tinha escolha. Observamos algumas pessoas passar e reparei que uma menina passou e claramente me paquerou, ela era até bonita e com um corpo de dar inveja, ela passou em minha frente me encarou e atravessou a rua olhou para trás e sorriu, fiquei nervosa imediatamente e desvie os olhos, mas é claro que isso não passou despercebido ao meu amigo.

_ Nossa, Rubí ganhou para semana toda hein? - disse rindo.

_ Cala a boca Roberto, ela não estava olhando para mim e mesmo que estivesse não estou interessada. - Disse rindo.

_ Bom não parecia já que você estava olhando tanto...- Disse Roberto com ironia.

_ Eu não... Ela estava me encarando... Eu não estava... -Comecei a tentar explicar, mas me embolava ainda mais o que gerou boas gargalhadas ao meu parceiro.

_ Relaxa, não tenho nada contra pelo contrário sou super a favor de você sair do armário e vir para o vale... - Disse gargalhando.

Eu ia explicar que não era lésbica, mas nesse momento vi o bar sendo aberto por um rapaz que poderia ser o nosso suspeito, então encerramos o assunto e fomos até lá bater um papo, coloquei meus óculos escuros e nos aproximamos enquanto o rapaz tentava levantar a porta de ferro do bar.

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