Capítulo 58

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Fechando o cerco

Lisa

Desde que Kenji e eu começamos a trabalhar juntos eu mal tinha tido tempo para respirar e confesso que o ritmo estava acelerado até para mim, mas corríamos contra o tempo então não tinha muito o que fazer, quatro dias haviam se passado desde que o conheci na sessão de arquivos e já havíamos evoluído muito, eu não sabia no que eu estava me metendo até ver os relatórios que Kenji me mostrou, tínhamos marcado de trabalhar em seu escritório, nada mais que uma sala alugada em um prédio comercial comum, ele investigava as empresas da família de Mônica a anos até que a morte do advogado em que Rubí e eu trabalhamos chegar até ele. O fato do nosso capitão idiota querer abafar o caso o mais rápido possível chamou sua atenção para outros casos em que o nome de Terry aparecia, para a mídia e os chefes de estado isso era visto como mérito, mas para a SIFE que já vinha com um inquérito aberto devido a inúmeras denúncias que nunca foram solucionadas não era bem assim. As empresas de Mônica tinham investigações que iam de trabalho análogo a escravidão até desaparecimentos de jovens e algumas já haviam sido suas assistentes, ler como as vítimas foram encontradas me lembrou de Mirella imediatamente e meu coração pesou com medo do que ela poderia fazer com a menina caso descobrisse que ela estava trabalhando com a polícia, Mirella havia conseguido extratos de pagamentos que eram para uma conta de uma empresa fantasmas com os valores em folha altíssimos, claramente ela estava financiando algo grande e faltava pouco para que fechássemos o cerco nela, Rubí, Enzi e Gonzáles se concentravam em Jason e em seu paradeiro e tudo indicava que eles estavam perto de encontrar algo também.

_Tem certeza que posso fazer isso? Não vou me ferrar por causa disso não? – Perguntei olhando os microchips em minha mão.

_Não se preocupe eu tenho autorização para tudo que estamos fazendo incluindo isso, você entendeu tudo que precisa ser feito? Essa sua informante conseguirá implantar esses grampos?

Kenji ainda duvidava do que Mirella poderia ser capaz e com razão ela era apenas uma menina, mas depois de tudo que já passou e aguentou eu não poderia duvidar dela agora.

_ Acredite ela consegue e eu vou dar meu jeito, vamos pegar as provas que precisamos assim que eles se comunicarem, vamos torcer que eles estejam bem falantes por esses dias.

A ideia era grampear os telefones e implantar um programa espião nos computadores de Terry e Mônica para conseguir provas que os levassem a prisão em flagrante agora como eu iria fazer isso era um mistério pra mim, me encontrei com Mirella em um beco próximo ao metrô e lhe passei todas as informações de como grampear e instalar o programa nos telefones e computador do demônio da chefe dela e assim que ela conseguisse eu receberia um torpedo de um celular pré pago comum dela, agora era a minha vez e eu nunca fiquei tão nervosa em toda minha vida.

Enzi e Gonzáles sabiam do plano e tentariam me ajudar, combinamos de vigiar Terry e na primeira oportunidade que ele deixasse a sua sala eu entraria em ação. O dia se arrastou e meu chefe parecia grudado na sala dele fazendo sei lá o que já que trabalhando ele não estava, sua sala era espelhada, mas ele mantinha as persianas fechadas na maior parte do tempo então não seria um problema alguém me ver lá, também não seria estranho eu entrar lá sem ele já que fazíamos isso o tempo inteiro. Passamos o dia o vigiando e o nervosismo tomava conta do meu ser, até que ouvimos a porta ser destrancada, imediatamente nos entreolhamos, Enzi por ser o mais sério se prontificou a segui-lo e nos avisar caso ele fosse voltar antes do tempo. Deixei passar alguns minutos para não chamar atenção peguei alguns relatórios e fui até sua sala ninguém parecia prestar atenção em mim, agora eu teria que ser rápida, sentei em sua cadeira para acessar seu computador, mas ates olhei em suas gavetas e lá estava um celular diferente do que ele costumava usar, estava desligado logo ele só usava em casos específicos não perdi tempo e peguei um dos chips, abri o aparelho e o coloquei como Kenji havia me ensinado, coloquei no mesmo lugar, se ele tinha um celular a parte talvez tivesse um notebook pessoal então abri outras gavetas, mas não achei nada olhei ao redor e no sofá que adornava sua sala havia uma pasta grande de couro que ele andava para cima e para baixo com ela corri para abrir a pasta e o objeto prateado e mediano estava lá, olhei o telefone e nada de mensagem me antecipei a abrir o notebook e ligá-lo para poder instalar o programa do pendrive que carregava comigo, inseri e o download do programa começou a ser transferido em uma velocidade que para mim estava tão lenta que parecia torturante, quando o programa atingiu 70% recebi a mensagem de Enzi que Terry estava saindo da cafeteria que havia em frente ao prédio e estava retornando, mas que droga de programa lento com 95% ouvi González do outro lado da porta falando com meu chefe se ele me pegasse eu estava morta e eu não duvido nada que poderia ser literalmente e finalmente 100% assim que desliguei o aparelho e enfiei o notebook dentro da pasta dele e me levantei Terry abriu a porta dispensando Gonzáles que me encarou do outro lado da porta meio pálido.

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