Capítulo 52

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Boa Leitura!!!!


Memórias dolorosas


Rubí

Às vezes por mais que tentamos correr do passado ele volta a te assombrar, ver aquela credencial na tela do computador me transportou para aquele maldito dia onde minha impulsividade matou meu parceiro comecei a contar toda a história sem nem perceber eu só sentia que precisava que eles entendessem tudo, que soubessem como realmente as coisas haviam acontecido.

_Joshua era um detetive experiente e extremamente querido por todos do DP e por ser um dos mais qualificados fui designada para ser sua parceira já que eu era muito nova para o setor dos homicídios, havia passado nas provas com notas máximas e eles não puderam fazer nada para que eu não assumisse o cargo na época não tinha idade mínima. – Contei enquanto me sentava próxima a Gonzáles.

_Terry já era o capitão naquela época? – Perguntou Lisa.

_Era sim ele tem mais de 20 anos de carreira como capitão no nosso departamento.

_Imagino a cara dele ao ver alguém tão novo no cargo. – Completou.

_Ele não vai com a minha cara desde que entrei para o Departamento de Homicídios, eu era nova, arrogante e revoltada não sabia, ou melhor, não queria ouvir ninguém tudo o que eu queria era me provar, mas na verdade acho que eu só queria provar a mim mesma que eu não tinha medo, naquela época eu tinha pesadelos frequentes com a morte do meu pai, e me enfiava em tudo quanto era arte marcial, malhava e praticava técnicas de tiro com frequência apenas para me sentir mais segura, tudo para tirar a aquela sensação de impotência todas as vezes que eu acordava suada, trêmula e com o som dos tiros ainda zumbindo meus ouvidos. -Parei minha narrativa para respirar e evitar que as lembranças me sufocassem ninguém na sala quis me interromper.

_Joshua me mantinha na rédea curta e ao mesmo tempo me instruía, confortava e me treinava a cada caso que solucionávamos, ele me ensinou tudo que eu sei e poderia ter me ensinado ainda mais. Ao longo dos meses comecei a respeitá-lo e admirá-lo como policial e como pessoa, Joshua era como um pai para mim... Ele brincava que passava mais tempo comigo do que com sua família éramos uma boa dupla, enfim no dia que ele morreu nós estávamos trabalhando em caso complicado, a princípio parecia ser apenas assassinato por roubo a bancos, mas como havia um padrão nos assassinatos nós assumimos o caso e estávamos atrás de um grupo que usava os assaltos para assassinar os gerentes das agencias, seguimos as pistas até um armazém que ficava quase na divisa entre Mewtown City e Strong Redfeather, a ideia era vigiá-los então estávamos disfarçados logo não tínhamos coletes e armamento apropriado. – Me levantei do sofá para andar pela sala, reviver todo aquele dia estava me sufocando e eu precisava me movimentar.

_O que houve Rubí? Pode falar não vamos te julgar. – Encorajou Gonzáles.

_Bom estávamos vestidos de técnicos de telefonia, dentro de nossas maletas de trabalho tínhamos apenas nossas armas e munições comuns, hoje eu vejo como fui estúpida e precipitada. Joshua estava no carro e eu estava na escada no poste de fiação porque eu era mais leve e poderia usar o binóculo para ver melhor a movimentação do primeiro armazém, já estava lá há algum tempo e só havia visto cinco caras montando guarda no primeiro armazém e um de vigia no portão. Continuei vigiando até que vi nosso cara entrando pela porta dos fundos de um dos galpões, não parecia armado e conversava amigavelmente com outros dois capangas e foi aí que eu tive a brilhante ideia.

O carro de Joshua estava na esquina porque de lá ele veria a movimentação da entrada lateral do armazém então apenas comuniquei o que eu o tinha visto e qual era meu plano genial, antes dele protestar eu já havia descido do poste e me direcionado para entrada onde tinha visto um único capanga. – Alisei minha nuca com um claro movimento de frustração e continuei.

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