Natalie
Maldito seja, falo pra mim mesma. Fico lembrando da noite passada e não consigo esquecer... odeio o fato de ele ter agido gentilmente comigo porque assim eu acabo cedendo aos meros encantos dele.
Vi ele como aqueles personagens clichês dos livros de romance ao qual eu leio, e isso me pegou em cheio, talvez pelo fato de ter sido o primeiro homem a cuidar tão bem de mim, tirando o meu irmão.
Tento não pensar nele e foco na organização da festa surpresa pra Emi.
Emi é minha melhor amiga desde a infância, pra tudo eu posso contar com ela assim como ela comigo. Temos personalidades diferentes e nunca acreditei no papo de opostos se atraem mas no nosso caso os opostos se completam, ela preencheu metade do vazio que eu sempre senti e eu sou muito grata a ela por isso.— Nathan? — Ele não me responde. — Alô, Nathan?
— Ahn... Oi irmã.
— Cadê você cara? Tá atrasado, você já pegou o bolo?
— Eu tô chegando já, tive que buscar Pedro, tem problema se ele te ajudar a encher os balões ?
— Que? — Respiro fundo e tento manter a calma na ligação. — Você tá no viva-voz?
— Ahn... Não.
— Nathan, já é a segunda vez que você me deixa na mão... — Grito perdendo totalmente a minha calma. — Nas mãos dele... E eu nem sequer sabia que eram amigos.
— Não tem como eu pegar o bolo e te ajudar com os balões, precisava de ajuda! — Ele se explica cinicamente. — Além do mais, que mal tem nele te ajudar?
— Primeiro, eu disse que ia buscar o bolo mas você afirmou trilhões de vezes que você iria. Segundo que não tem nada de mal, mas também não tem nada de bem, eu não o suporto e você sabe.
— Ótimo dia pra vocês se conheceram.
— Seu...
Ele desliga na minha cara e agora eu já entendi o que ele tá querendo fazer.
Meu irmão e Emi já tentaram diversas vezes bancar o cupido e em todas falharam porque eu cortava os caras na primeira oportunidade e eles desistiam de mim.Sou uma garota de 19 anos que nunca sequer deu o primeiro beijo. Nunca foi por falta de opções mas sim porque não conseguia ficar com alguém sem ter sentimentos, nunca entendi muito isso, sempre achei que não pertencia a essa geração.
Aos meus 16, tive uma queda por um garoto da minha turma, e ele demonstrava o mesmo por mim, éramos inseparáveis, até ele me machucar da pior forma possível, e eu perceber que tinha dependência emocional... então criei meu lema "longe dos meus pensamentos, longe da minha saúde mental".
Ouço a campanhia da porta, respiro fundo, me levanto e abro.
— Bom, você já se conhecem e é isso, vou correndo buscar o bolo e te deixo em boa companhia.
Antes mesmo de responder algo ele sai correndo.
— É, ele foi correndo literalmente. — Pedro sorri pra mim. — Posso?
— Sim. — Deixo ele entrar, mas a minha mente diz que isso é um erro. — Então, suponho que Nathan já tenha te contado o porquê de você estar aqui, certo?
— Sim, ajudar você a organizar isso. — Ele olha ao redor das coisas esparramadas pelo chão sorrindo. — Muita bagunça pra uma pessoa só.
Ai que cara irritante.
— As coisas que fui comprando tive que ir deixando aí. — Tento me explicar mas depois lembro que não preciso fazer isso. — Enfim, eu tenho medo de balões, e não tem bombinhas, será que você pode encher?
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Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ
FanfictionPT/BR +18 - Qual o seu problema? inferno. - Você! Você é o problema, seu tosco. O destino reuni Pedro González, um jogador renomado e com uma legião de fãs ao redor do mundo, e Natalie Grayson, irmã de seu melhor amigo. Natalie não o suporta com...