Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ

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Pedro - Atualmente.

PORRA. Eu estava ficando maluco. Tudo acontecendo de uma vez só. Que isso?

— Belo show. — Ouço Luke falando por trás de mim enquanto estou a caminho do meu carro.

— Não enche.

— Você não a merece. — Ele continua vindo atrás. — Nunca mereceu nenhuma das duas.

LEXIE. 

Não respondo mas não posso evitar as memórias voltando tudo de novo. Eu precisava dar um passo pra superar aquela noite, e Luke também.

— Você me tirou ela. — Ele grita. — Você.

Meus olhos agora estão vidrados nos dele. ELE CONSEGUIU A PORRA DA MINHA ATENÇÃO.

— Você tá jogando sujo. — Grito entrando no carro. — Muito sujo.

— Sujo? — Ele dá a volta e entra no carro sentando no banco passageiro. — Aquilo foi culpa sua, porra !

Escoro a cabeça no volante tentando manter a calma.

— AD- MI- TA! — Ele diz bem devagar sílabas por sílabas.

Esse era o óbvio, ele nunca pararia de me acusar, até eu admitir que foi minha culpa. EU REALMENTE ME SINTO CULPADO, mas doía mil vezes quando ele fazia questão de jogar isso na minha cara. Caramba, ele é meu irmão, e ela era minha melhor amiga, eu não preciso dele falando isso como se eu não me importasse. TODOS OS DIAS EU ME LEMBRO DELA.

— Você tá certo, tudo o que aconteceu foi culpa minha. — O encaro. — Agora dê o fora da porra do meu carro!

Eu sou um cara muito calmo. Mas há pessoas que tiram isso de mim. Ele tá sendo uma dessas pessoas.

— Hum. — Ele me olha de cima abaixo sabendo que ele acabou de fazer um inferno na minha cabeça durante esses minutos. — Isso é pouco ainda, mas temos uma vida inteira pra acertarmos as contas.

Encosto a cabeça no volante novamente. EU COM CERTEZA MEREÇO TUDO ISSO QUE TA ACONTECENDO NA MINHA VIDA.

Após uma péssima noite de sono, me levanto e começo a me arrumar pro treino. Eu tinha ligado várias vezes pro Nathan e ele não me atendia. Precisava resolver mais esse problema. E quanto a Natalie, resolvi esperar o tempo dela, ela não queria falar comigo quando saiu daquela sala, e mesmo com aquela contato que tivemos durante a briga, tenho certeza que sua raiva por mim continuaria a mesma.

— Qual é, cara. — Comento seguindo Nathan pelo extenso campo. — Isso era coisa da Natalie, não cabia a mim te contar.

— Você viu o que aconteceu ontem? — Ele me encara. — Até parece que foi a merda da primeira vez que aquilo aconteceu com ela.

— Eu pedir pra ela te contar, e ela iria...

— Ah, ia, e quando? — Ele interrompe. — Imagino que não ontem.

— Você vai ficar com raiva de mim por não contar um segredo que nem meu era?

— Não sou tão escroto assim. — Ele começa a se exercitar. — Mas nesse momento cai fora da minha vista.

— Nos vemos então daqui a pouco? — Brinco.

— Um caralho que... — Ele segura a frase vendo nosso treinador chegar perto de nós.

— Vamos, corrida. — O treinador indica para nós todos fazermos.

Já em casa, após os treinos, começo a mexer no meu Instagram e uma selfie dela passa pelo meu feed. Pelo visto foi tirada ontem antes de todo incidente. Ela está sorrindo e não canso de dizer que ela tem um sorriso lindo. Está com a máscara pendurada sob a cabeça. Cabelos soltos, e sua blusa com seu decote bem a mostra, CALMA. PORRA, ela é linda.

Curto a foto dela, e vejo um comentário escrito :

Não cansa de ser oportunista
não?

QUE MERDA É ESSA? Rapidamente entro nos comentários e vejo que tem mais comentários maldosos surgindo de minutos a minuto.

Fazer o nosso pedri
entrar numa briga por você??
ridícula!!

MERDA. Isso estava acontecendo de novo?

Vou no safari e escrevo meu nome, e vejo a surrada de vídeos meu brigando ontem, e com Natalie aparecendo.

INFERNOOO.

Rapidamente disco o número dela. Caixa postal.

— Que merda Natalie, atende isso daí. — Falo comigo mesmo.

Tento de novo e caixa postal.

Tento o de Nathan.

— Você viu? — Digo antes mesmo de ele dizer alô.

— Vi. — Ele diz calmamente. — E ela também.

O quê?

— Como ela está?

— Olha cara. — Ele suspira. — Como eu já disse uma vez, queria muito que vocês ficassem juntos mas...

— Mas?? — Continuo.

— Eu conheço minha irmã, ela sempre coloca um sorriso no rosto mas sei que essa enxurrada de comentários e mensagens de ódio tá acabando com ela.

— Eu sei, eu vou...

Ele me interrompe. — Não precisa fazer nada, já resolvemos isso.

— Resolveram?

— Ela vai embora!

O QUÊ?

— Quê? — Digo quase num sussurro.

— Depois da apresentação dela. — Ele suspira. — Pelo menos por um momento até sair desse alvo de ataque.

DOR. MEU PEITO DÓI, UM NÓ NA GARGANTA E UM VISLUMBRE DO QUE PODERÍAMOS TER SIDO SE EU FOSSE ANÔNIMO.

— Você tá aí ainda?

Me desperto dos meus pensamentos. — Por quanto tempo?

Percebo sua inquietude.

— Quanto tempo?

— Tempo indeterminado.

Aquela última frase sai como um zumbido nos meus ouvidos. "Tempo indeterminado" , 2 meses? 6 meses? 1 ano?? Porra.

Ao mesmo tempo que quero impedi-la de fazer isso, sinto que também possa ser uma válvula de escape pra ela mesma.

— Você não a merece. — A frase que meu irmão me disse recorre a minha mente.

EU NÃO A MEREÇO.

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Que dor no coração escrever esse capítulo. Ambos não mereciam estar passando por isso :(
Votem e comentem <3