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In brazil 📍

Natalie

- Vamos voltar pelo amor!!!! digo puxando Emilly para trás.

- Ah, qual é, acabamos de chegar. Emi retruca me levando.

- Mas...

- Mas nada. - ela determina. - Não vai fazer desfeita pro seu irmão, é a festa dele.

- Nathan não liga.

- Senão ligasse não teria te chamado umas 4 vezes. Ela me empurra até a porta. - Vamos, entra logo.

Entro emburrada, odeio me socializar, na verdade não consigo, fico nervosa, sou introvertida o bastante para não querer participar de nada.

- Ali, vamos, seu irmão tá ali!

vejo de relance Nathan, com o cara que não suporto pela forma que me tratou anos atrás, inacreditável. É ele mesmo.

- Ei mana. Grita Nathan.

O abraço e assim que viro ele já está implicando com Emi.

- Esse é o Pedro, melhor jogador do barça. Ele pisca pra ele. - Veio pra me acompanhar e me orientar já que tudo tá sendo novo pra mim.

Nathan foi contratado pelo Barcelona como jogador, e com a oportunidade de realizar meu sonho eu aceitei morar com ele na Espanha.

Durante toda a fala do meu irmão, percebi que Pedro não tirou os olhos do meu rosto, já eu não conseguir manter contato visual, odeio isso.

- Prazer em conhecê-la.

Eu só assinto e aperto sua mão.

- Eu vou procurar algo pra beber, você vem? Emi me cutuca acenando pra eu ir com ela.

- Eu não bebo, você sabe.

- Eu sei, mas você pode me acompanhar ou vai ficar aqui de plantão no seu irmão.

Posso ter certeza que virei uma pimentinha agora de tanto que senti vergonha. Pedro está olhando pra mim, enquanto meu irmão tá em outro planeta.

- Não vou ficar aqui, vou procurar um lugar pra eu me sentir a vontade.

- Qualquer coisa me liga, estou logo ali atrás de bebidas e de algum gatinho aleatório.

Ela vai pro centro da festa enquanto eu também desapareço pela multidão. Ainda sinto ele olhando por minhas costas mas mantenho o passo e encontro uma área cheia de pufs gigantes, e sento em um deles.

Seria ótimo se eu tivesse trago um dos meus livros, mas Emi assim que percebeu, jogou no carro e trancou lá mesmo. Então minha válvula de escape vai ser meu fone de ouvido, coloco bastille, e fecho os meus olhos ao som de oblivion.

- Oi.

Percebo um ar quente passando por um dos meus ouvidos e me viro rapidamente.

- Oi!

tento ser educada mas estou nervosa, ele é tão inconsequente, por que ele falaria comigo?

- Você é interessante!

- O quê? Acho que tô ouvindo coisas ou ele acabou de me achar interessante.

- Quem vai em uma festa e se isola dela, e ouve músicas no fone de ouvido mesmo tendo um som altíssimo aqui? Ele ri.

- Pelo visto, eu. tento não sorrir e volto a atenção a galera dançando no centro pra não ter que fazer contato visual.

- Sabe... - Ele pula no puf e senta do meu lado. - Eu acho que gostaria de poder me sentir assim as vezes.

O que ele fala me deixa um pouco confusa, do que estamos falando mesmo?

- Se sentir como? pergunto ainda com os olhos fixos na galera, mas com muita curiosidade de ver suas expressões nesse momento.

- Livre. Conseguir ver que você é uma pessoa livre, tem suas próprias maneiras de se isolar do mundo sem ser questionada.

Sinto ele agora me encarando mas logo retorna seu olhar também pro centro da festa.
Fico com um pouco de dó, sou sensível o bastante pra entender que ter uma vida aberta assim o atinge, mas evito demonstrar alguma emoção.
Não quero prolongar a conversa, então só fico em silêncio observando, assim como ele.

- Tenho que ir embora. Comento já me levantando.

- Você acabou de chegar.

Ele levanta e me encara e eu olhando pro nada.

- Tenho que estudar, e Nathan sabia que eu não iria demorar.

- Não tá tentando fugir de mim né?

Ele abriu um sorriso. E é lindo, tenho que admitir.

- Quem é você?

- Pedro...

Eu o interrompo.

- Quem é você pra achar que eu teria medo de você?

Saiu da minha boca sem querer.

- Aí... essa doeu. - Ele simula uma dor no coração. - Por caso você me odeia?

- Não. Só não simpatizo com você.

Eu não sou uma pessoa ruim. Muito menos ignorante, mas agora tenho que dar o meu máximo pra ser. Realmente não tenho nada contra ele, na verdade, fui fã dele por muito tempo antes daquela maldita noite.

- O que eu fiz? Ele se mostra confuso com o que acabei de falar.

- Olha eu realmente preciso ir agora.

Ainda me encarando ele assente.

- Eu vou te levar pra casa.

De onde ele tirou isso? tá de sacanagem? Acabou de me ver e acha que.. Olha, sinceramente, é cada uma.

- Não, você não vai! Consigo o encarar por segundos só pra afirmar isso.

- Sim, eu vou. - Ele me encara. - Vim te procurar pra te avisar isso, seu irmão disse que ele era sua carona já que sua amiga já estaria bêbada rodando por aí , só que ele não pode sair daqui. Então sim, eu vou te levar pra casa.

QUE DIABOS! Eu vou matar o Nathan.

- Vou esperar ele.

- Essa festa vai durar muito tempo. Sério que vai perder seu estudo por medo de mim?

Medo dele??? Onde é que eu fui me meter.

- Garoto se manca, não tenho medo de você, como eu já disse antes, só não quero ir com você, entendeu agora?

Fecho minha cara e saio andando, ele está parado lá ainda, ufa. Saio da festa e passo pela grama, tento discar o número de um uber mas assim que percebo ele me jogou por cima do ombro.

- Me coloca no chão! - Grito. - Agora.

Ele continua andando descaradamente e eu começo a bater nas costas dele, e beliscar.

- Você não tem esse direito, me desce agora! - Esbravejo ainda batendo em suas costas. - Agora.

- Qual o seu problema? inferno.

- Você! Você é o problema, seu tosco.

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Espero que tenham gostado, a história será divida em ambas as partes para sabermos como cada um se sente.

Se gostarem votem e comentem, isso motiva a continuar a história.

Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ Onde histórias criam vida. Descubra agora