29

270 20 0
                                    

Natalie

Não vou mentir, estou um pouco ansiosa do qual rumo essa noite vai tomar.

Estamos entrando em sua casa agora. Meu vestido já era justo, agora sinto ele todo colado, odeio estar com a roupa toda molhada assim. Vejo de relance Pedro olhando pra mim.

— Para de olhar. — Grito, deixando ele passar na minha frente.

— Desculpas. — Ele sorri. — Foi naturalmente.

Idiota.

— Vou pegar uma camisa minha pra você se trocar, somente enquanto seu vestido seca.

Aceno aceitando.

— A maior que você tiver. — Grito.

Ele faz um joia de costas para mim.

Após uns minutos estou usando sua camiseta preta, que em mim vira um vestido, e que por sinal é bem confortável. Eu sempre pego as camisas do meu irmão. Mas a do Pedro... poder sentir o cheiro dele é maravilhoso.

E então, que filme vamos assistir? — Ele pergunta jogando a coberta em mim, e sentando do meu lado.

— Não sei. — Passo o controle pra ele. — Faça as honras.

Ele sorri. E começa a rodar pelos diversos filmes.

— Posso te fazer uma pergunta? — Falo meio incerta se deveria tocar nesse assunto.

Ele me olha e me puxa mais pra perto, assim fico deitada com a cabeça escorada sob seu peito. — Pode.

— Você já esteve em um relacionamento sério? — Ele abaixa a cabeça pra me olhar. — Nunca vi noticias sobre sua vida amorosa.

— Já sim, uma namorada. — Levanto a cabeça para olha-lo também. — Namoramos um ano e meio.

— Hum. — Digo como alguém que não quer nada. — Legal.

Ele ri. — Por que isso agora?

— Nada. — Sorrio confusa. — Mas por que você me escolheria em milhares de garotas interessantes pelo mundo?

— Não faz isso. — Ele me ergue para que fiquemos cara a cara. — Não haja como se você não fosse importante.

— Você não é uma garota qualquer. — Ele continua. — Estava tudo traçado. Uma hora ou outra eu te encontraria e me apaixonaria por você do mesmo jeito.

Sorrio e me abaixo de novo, firmando minha cabeça em seu colo.

Ele começa a dar cafuné nos meus cabelos. — E você já namorou?

— Você foi meu primeiro beijo. Eu mal conseguia ter contato visual com algum homem até você chegar — Admito, um pouco com vergonha.

Ele para de dar cafuné. — Sério?

— Sério!

Ele volta a mexer no meu cabelo. — Nossa. — Ele ri nervoso. — Você foi ótima para um primeiro beijo.

— Obrigada. — Digo querendo enfiar minha cabeça num buraco.

— Eu me pergunto, como a gente não se encontrou antes? — Ele diz — Quer dizer... N- não naquela noite. — Gagueja. — Você entendeu, né?

Sorrio. — Entendi sim. — Me levanto agora escorando minha cabeça em seu pescoço e assim suas mãos se pousam na minha cintura. É tão boa essa sensação, de estar aconchegada a alguém.

— Desde aquela noite, eu evitava todos os encontros que meu irmão dizia que você estaria, ele não sabia o porque de eu não querer te conhecer, mas respeitava a minha decisão até aquela festa dele. — Continuo. — Que ele me colocou numa emboscada de ir embora com você.

— Agradeço muito a ele. — Brinca.

Após uns minutos desistimos de assistir que não estávamos achando nada que agradasse ambos e ficamos somente trocando papo furado.
Neste momento estou deitada esticada com meus pés sobre suas coxas enquanto ele me uma massagem.

— Cantor favorito ? — Já perdi a conta de quantas perguntas ele fez.

— Caraca, tantos.  — Fico pensando enquanto ele não tira os olhos de mim. — Qualquer cantor de reggaetón é bem recebido. — Pisco pra ele. — Mas óbvio que vou trazer minha paixão da infância, Harry Styles.

— Vou ignorar a última frase. — Ele brinca enquanto dou um chute de leve.

— O seu?

— Quevedo. — Ele para de dar massagem. — Mas assim como você, qualquer cantor de reggaetón é bem recebido.

Fico feliz que nessa parte temos os mesmos gostos.

— Vem pra perto de mim. — Ficamos olhando fixamente um para o outro e então ele vai lá e solta seu maldito sorriso, o que me desmorona.

— Isso não vale. — Digo indo pra perto dele. — Golpe baixo.

Ele me abraça e ficamos colocados um ao outro naquele sofá gigante.

— Eu não quero te perder. — Ele sussurra contra minha garganta enquanto me afundo em seu pescoço.

Não digo nada. Só respiro fundo.

Pedro traz uma versão de mim que nunca imaginei. Desejo, paixão, necessitar de um toque.

— Você não tem ideia do efeito que tem sobre mim, Natalie. — Ele continua.

Igualmente Pedro, igualmente!

— Por que insistirmos em algo que sabemos que só vai nos machucar?

Ele respira fundo. — Nós não sabemos como parar.

Me levanto me sentando, e assim ele também faz o mesmo. Penso comigo mesma ou eu uso o meu bom senso e vou embora pra casa, ou deixo meu coração falar mais alto e o beijo.

Fico do lado do coração. Reajo subindo sobre seu colo e puxando-o ficando a centímetros de sua boca . Ele passa suas mãos pelas minhas costas por debaixo da blusa e é nessa hora que sua boca encontra a minha num beijo faminto... com mais desejo do que qualquer beijo de antes. Estamos agitados, ofegantes.

— Natalie... — Ele sussurra contra minha boca.

— Shh. — O interrompo. — Eu quero ser sua, Pedro.

Ele separa nossas bocas por um instante e foi como se fosse a resposta que ele esperava porque de repente suas mãos agarram meus quadris e me puxam para mais perto, posicionando- se contra mim.

Ah, uau.



SEM COMENTÁRIOS! KKKKKKK

Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ Onde histórias criam vida. Descubra agora