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Pedro

— Então até mais. — Ela beija minha bochecha e a coisa mais louca acontece. Uma de suas pulseiras enrosca na minha blusa nos mantendo rostos colados. — Merda. — Ela diz tentando tirar sua pulseira.

A única coisa que posso fazer é ficar parado a olhando. Tentando me manter no controle sendo que ela me deixa louco.
Ela me olha. — Não me olha assim.

TENHO CERTEZA QUE TÔ DESCONCERTANDO ELA TODINHA.

Chego um pouquinho pra trás apenas para ficarmos frente a frente, poucos centímetros um do outro. Sinto sua respiração alterada, estamos conectados pelos nossos olhares.

Eu me inclino e apenas dou um selinho nela.

Algo está acontecendo comigo. Quando a beijo eu não consigo parar, ela é muito viciante.

Ela puxa a pulseira fazendo com que as miçangas caiam por toda parte. — Desculpas, tô indo. — Ela diz toda nervosa abrindo a porta do carro.

E eu sorrio. Isso tá sendo a melhor coisa que está acontecendo na minha vida, literalmente.

Dia seguinte

Tive uma noite maravilhosa de sono. Agora estou aqui entrando no vestiário pra me arrumar pro treino.

Vejo Nathan e vou falar com ele. — Preciso de um favor.

Nós dois fazemos nosso toque especial. — Fala irmão.

— Só concorda com tudo que vou falar aqui.

Dou dois socos na parede pra chamar atenção da galera. — Nathan precisa de um favor nosso. — A galera se vira pra Nathan que agora tá todo perdido me olhando.

— A irmã dele vai fazer uma apresentação na sexta que vem, e ele tá convidando todos vocês para irem, não é?

Ele sorri sem acreditar nisso. — É... isso mesmo.

— Então não vamos fazer desfeita. — Olho para todos. — Levem até convidados de vocês, vamos encher aquele teatro.

A galera grita. Sabia que daria certo, todos aqui temos uma únião, se um precisa da gente, nós não recusamos.

Volto pro meu armário após dar o recado. — Mandou bem, nem passou pela minha cabeça isso.

— Haja como se fosse você então.

Ele assente e sai.

— Sabe, muito estranho você ter falado isso e não o próprio Nathan. — Juan aparece atrás de mim. — Muito estranho mesmo.

Reviro os olhos. Sabe a união? Então, eu e Juan não nos misturamos de jeito nenhum, não é como se fossemos inimigos, não mesmo. Mas nós nos evitamos o bastante desde aquela noite, o dia do acidente.

Passo por ele sem falar nada.

4 horas depois

Estou saindo de casa pra ir na casa dos meus pais. Eu morava com eles antes do acidente, mas quando aconteceu Luke não suportava mais estar perto de mim, e isso me mata até hoje. Tínhamos uma ligação incrível mas tudo mudou.

Já no portão de casa eu pressiono a campanhia. — Sou eu, Pedro.

O portão se abre automaticamente e entro com meu carro. Minha mãe aparece correndo na minha direção.

Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ Onde histórias criam vida. Descubra agora