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Pedro

ESSA MULHER MEXE COM A MINHA CABEÇA!

Beijo seu pescoço enquanto ela se arqueia mais ainda, dando abertura.

— Eu sou louco por você, Natalie. — Sussurro no seu ouvindo.

Passei as mãos pela sua cintura, apertando, sentindo sua pele por debaixo da camisa, tentando controlar a adrenalina que fervia em mim.

Ela suspirou profundamente e levantou minha cabeça capturando minha boca.
Nós nos beijamos, nossas línguas se encontrando, provocando, mordendo e tomando.

— Eu sou sua, Pedro. — Ela disse em meio a sussurros.

Enfiei os dedos pelos fios em sua nuca e puxei, de leve.

— Ah! — Pressionou-se contra mim.

MINHA.

— Eu... — Pressionou a virilha à minha, — Não sei o que fazer. Estou nervosa.

— Tudo bem, eu... — O telefone toca.

— Merda. — Bufo contra seu pescoço.

Ela ri e se levanta, pegando seu celular no canto e atendendo. EU SABIA QUE ISSO ERA UMA FANTASIA MINHA, não é possível!!!

— Nathan, oi. — Ela diz.

PORRA NATHAN, EU ESTOU DOLORIDO.

— Ahan. — Ela diz me olhando. — Sim, sim eu vou.

Ela desliga. Olho nos seus olhos já sabendo o fim disso tudo.

— Eu... — Ela passa a mão sob meu rosto. — Me desculpas mas eu tenho mesmo que ir.

Fecho os olhos sentindo suas mãos acariciando meu rosto. — Quem sou eu pra te impedir. — Brinco beijando sua mão.

— Isso dói?

— O quê?

Ela parece tão envergonhada, seu rosto fica vermelho em um instante. — T-tipo... — Ela gagueja. — Seu... — Ela aponta pro meu pau e isso me dá uma crise de risos no momento errado. — Minha amiga disse que quando não finaliza...

Ela luta com as palavras então a interrompo em meio a risos. — Tá tudo bem, Natalie.

TAVA DOLORIDO PARA UM CARALHO.

— É normal. — Continuo tentando tranquilizar.

Ela puxa minha cabeça grudando testa a testa.

Estamos apenas respirando fundo agora sabendo o que vem pela frente.

— Eu gosto de você demais pra me despedir, Natalie. — Dou um selinho nela. — Eu não posso.

Não sei o que houve, mas sei que nesse momento ela cai em lágrimas. — Eu sei. — Ela diz em meio a soluços se levantando.

— Ei. — Puxo ela, a abraçando forte e assim ela retribui.

— Eu queria poder aguentar toda essa merda pra ficar com você.

— Você aguentou muito ainda. — Digo ciente de que é verdade.

Ergo sua cabeça para nos olharmos.

— Eu ainda sou sua.

Nos beijamos, agora com mais calma do que tudo, aproveitando o pouco tempo que nós temos, despejando todo o sentimento de saudade que vamos sentir um do outro.

— Fica bem, Pedro. — Ela diz se soltando.

Me sentir um covarde vendo ela ir embora e eu não ter conseguido falar tudo que eu queria. Queria ter sido egoísta uma vez na vida e ter insistido pra ela ficar. Mas não, só fiquei a olhando dar as costas pra mim e sair da minha casa.

— Caralho, Natalie. — Falo comigo mesmo. — Pra que eu fui me apaixonar por você.

Vou a direção a cozinha e pego uma cerveja. EU DISSE QUE NÃO IA BEBER MAIS.
Hoje pode, penso comigo mesmo. Porra, Natalie acabou de ir embora, essa semana tô de folga, eu mereço.
Bebida me traz memórias ruins mas desço goela abaixo.

— Ah, qual é, Pedro.

Acordo com Nathan me balançando.

Ele pega a garrafa nas mãos. — Você voltou a beber?

Tô com uma dor de cabeça dos infernos. Olho no relógio e vejo que já passou das nove.

Tento raciocinar. — Como você entrou aqui?

Ele revira os olhos e joga a garrafa vazia no lixo. — A porta estava destrancada.

Esqueci de trancar depois que Natalie saiu. NATALIE, meu cérebro faz questão de frisar o nome dela.

— Natalie já foi? — Pergunto tentando me levantar.

— Já. — Ele procura algo na geladeira. — Levei ela ao aeroporto as sete.

Queria perguntar mais, como por exemplo pra onde ela foi pois ela não revelou nada pra mim, mas deixo em off pois se eu souber vai ser pior. Qualquer saudade que bater eu ia querer ir até ela.

— Hum. — Digo me dirigindo ao banheiro.

— Porra, Pedro. Você bebeu isso sozinho? — Ele volta ao assunto.

Não respondo.

— Isso já foi sua destruição uma vez, não...

O interrompo. — Não precisa me lembrar duas vezes.

— Beleza.

Saio do banheiro e vejo ele jogado no sofá comendo uma maçã que pegou na minha geladeira.

— Não vai me perguntar porque vim aqui?

MINHA CABEÇA TÁ ESTOURANDO.

— Você sempre vem aqui.

Ele levanta as sobrancelhas. — Verdade. — Fica pensativo. — Eu sempre venho aqui né...

— O que você veio fazer aqui? — Digo adeus a minha paciência.

— Ah. — Ele se levanta e estende uma caixinha. — Natalie pediu pra te entregar isso antes de ir embora.

Pego a caixinha um pouco surpreso. Abro ela e vejo uma pulseira, corrente de prata. Vejo umas palavras e tento enxergar de perto.

— Always and forever. — Digo em voz alta sem perceber.

— Sempre e para sempre? — Nathan da uns tapinhas no meu ombro. — Marcou território.

Ele vai embora e eu fico lá olhando pra pulseira. Coloco a corrente e entro no meu Instagram, vejo um novo storie dela.

@nataliagq

Almas gêmeas estão destinados a se encontrarem mas não a ficarem juntos :(

Just siga em frente!

— Apenas siga em frente, Natalie? — Penso irritado.

É isso que vou fazer então. Pego mais uma garrafa de cerveja.



Irei dar um pequeno salto no tempo. Preciso fazer isso pra poder desenvolver algumas coisas. Continuem votando <3

Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ Onde histórias criam vida. Descubra agora