NatalieEstou tão feliz nesse momento. Luke achou minha medalinha ontem no estacionamento do Camp. Me sinto mais leve, hoje tivemos uma improvisação na aula e acho que não fui tão ruim assim pois recebi um script de uma peça na qual eu vou ser a protagonista.
— Muito obrigada Luke, sério!
Ele sorri. — Ousei abrir a medalha e vi sua foto com sua família.
— Sim. — Tento não chorar. — Melhor eu voltar ao trabalho... obrigada.
— Ahn, claro.
Ele faz um aceno com a cabeça e desaparece pela multidão.
— Boa noite, um Bourbon por favor!
Me viro por curiosidade pra ver quem tinha aquela voz tão grossa e rouca ao mesmo tempo.
— Você?
— Eu! — Ele sorri descaradamente. — Imagina a minha surpresa quando descobri que a irmã do meu melhor amigo trabalha aqui.
— O quê você tá fazendo aqui? — Começo ficar nervosa. — Como descobriu?
— Ah, eu não digo.
— Estou falando sério.
— E eu também, você trabalha aqui mesmo, sério isso?
— Qual o problema?
— Não, nada. — Ele puxa o capuz do seu capote. — Acho que você merece coisa melhor.
— Trabalho é trabalho.
— Aqui tem muitos caras pervertidos.
— Sei me defender sozinha. — Vou pro outro lado do balcão. — O quê você quer?
— Preciso conversar com você! — Ele vai pro meu lado do balcão. — É sério.
Não penso duas vezes. O fato de ele ter saído de onde quer que estava pra vir falar comigo significa algo sério.
— Só saio daqui uma hora.
— Te busco então. — Ele aponta lá pra cima. — Vou esperar aqui no clube.
— Você não pode simplesmente falar logo?
— Não. — Ele coça a cabeça. — Não quero ser morto aqui.
GAIATO.
Faço um sorriso sem graça. — Engraçadinho você.
Ele sorri — Até mais. — e sai da boate.
Volto a atender os outros clientes e depois organizo minhas coisas pra ir embora.
— Nada mal. — Luke diz chegando perto de mim. — Você foi ótima.
— Obrigada. — Passo a mão no pescoço morrendo de dor e cansaço já. — Até amanhã.
— Até.
Estou passando da porta da boate quando o elevador se abre e vejo Pedro vindo.
— Por que você tá assim?
Começo a reparar que até agora ele não tirou o capuz. E fica olhando pros lados toda hora.
— Então... — Ele me guia em direção ao carro preto. — Lá dentro te explico.
— Cadê seu carro?
— Esse é meu carro. — Ele aponta e quando ver que não entendi diz. — Meu outro carro.
Entro no carro. E ele começa a manobrar pra sair.
— O cinto.
Que diacho que toda hora eu esqueço.
— Fala.
— Primeiro promete que vai me ouvir e vai tentar não me matar?
— Eu já tô com vontade de te matar. — Começo a prender meu cabelo.
— Fizeram notícias sobre nós.
— Como assim sobre nós? — Me viro totalmente pra ele.
— Que você pode ser minha namorada ou que estamos tendo algo.
— O quê? — Começo a sentir fadiga.
— Entra na minha hashtag.
Faço o que ele diz e surto internamente vendo todo aquele alvoroço. — Só pode ser brincadeira com a minha cara.
— Me desculpa, sério. — Ele para o carro num acostamento. — Não imaginava isso.
— Você é famoso, como eu me esqueci disso?
Sou muito idiota. Entro nos comentários e começo a puxar uns fios do meu cabelo.
— Ei. — Ele grita e paro na hora. — O quê você tá fazendo?
Ele pega a minha mão e ver os fios de cabelo.
— Você tá se machucando?
Puxo a minha mão da dele.
Sinto um nó na garganta e meus olhos começam a lacrimejar.
— Me leva pra casa.
— Olha pra mim! — Ele vira meu rosto pra ele delicadamente. — Eu vou desfazer isso.
O olho por segundos até me virar por outro lado. Acho que não foi só ver os comentários maldosos sobre mim, e sim tudo que aconteceu em um só dia. Nos beijamos, perdi minha medalha por horas, ele me descobriu e agora mais essa.
Coloco minhas mãos sobre meu rosto e deixo tudo sair, começo a chorar.
Ele tira o cinto dele e se desloca um pouco perto de mim me puxando pra um abraço. Onde eu acabo me entregando e chorando em seu ombro enquanto ele acaricia meus cabelos.
— Vai ficar tudo bem! — Ele tenta me confortar. — Vou resolver isso.
Ele levanta minha cabeça e me olha. — É o que você quer?
— Sim. — Desço meus olhos pra sua boca e depois me desperto me soltando de seu abraço. — Me desculpa, só foi um longo dia.
Ele tenta disfarçar o clima que acabei de cortar entre a gente.
— Me promete uma coisa?
— O quê?
Ele pega as minhas mãos e beija cada uma delas e eu permito. — Não se machuque mais!
Sempre que estou nervosa ou ansiosa tenho isso de arrancar fios do meu cabelo. E sei que isso é uma forma de se machucar, mas nunca consigo parar, quando me vejo já estou fazendo.
— Eu vou tentar. — Digo sabendo que talvez eu possa falhar nisso.
— Certo. — Ele coloca o cinto de volta. — Você vai esconder até quando seu trabalho de Nathan?
Esqueci desse detalhe.
— Sei que é pedir muito, mas não conte isso a ele, ainda...
Ele me encara.
— Eu vou contar, logo.
— Faça isso. — Ele começa a dirigir. — Mentir estraga tudo.
Nem me fale. Se eu soltasse logo todos os meus sentimentos sobre aquela noite tudo estaria mais leve.
— Sobre aquele beijo...
O interrompo. — Foi só um beijo, não precisa se preocupar.
Ele se vira pra mim por um momento e volta a atenção a estrada. — Não foi só um beijo, não pra mim.
Fico surpresa com suas palavras. Garotos sentem atração, ficam e pronto. Eu fiquei toda mexida sim com aquele beijo, mas sei que não posso, não devo.
— Eu quero te beijar de novo.
O QUE???
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Um Destino Na Espanha - PEDRI GONZÁLEZ
FanfictionPT/BR +18 - Qual o seu problema? inferno. - Você! Você é o problema, seu tosco. O destino reuni Pedro González, um jogador renomado e com uma legião de fãs ao redor do mundo, e Natalie Grayson, irmã de seu melhor amigo. Natalie não o suporta com...