Capítulo 45

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Olá novamente, trouxe mais um capítulo. Esse capítulo ainda é pela versão do Henrique, mas já se passa na cronologia normal. O próximo capítulo será a partir da versão do Gabriel. Deixem seus votos e comentários e tenham uma ótima leitura. 

Ainda não sei em que momento irei postar o capítulo Extra da Amanda, se após esse ou somente depois do capítulo 46, mas em breve ele será postado. 

Aliás, antes que eu me esqueça, um feliz dia Nacional da Visibilidade Trans e que a cada mês e a cada ano, seja possível conseguir o pleno direito de cada pessoa trans e LGBTQIAP+. 

Até logo O/

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VERSÃO DE HENRIQUE:

Eu havia falado há alguns instantes com o Gabriel, e perguntei se ele realmente virá até aqui para que possamos assistir ao filme. Eu acho que estou deixando isso ir longe demais..., isso não está ou estava dentro dos meus planos. O que eu havia imaginado era totalmente diferente do que está acontecendo.

Quando eu o vi pela primeira vez senti uma grande indiferença — bom, talvez eu não saiba ao certo o que eu senti —, meus planos eram que seus dias fossem um tormento, mas eu simplesmente não consegui cumprir com o que eu prometi a mim mesmo.

De certo, tudo saiu do controle. Temos um trabalho para fazer e agora, um evento para participarmos juntos e mesmo com a nossa indiferença, eu sinto que tem sido bom..., não sei se essa pode ser realmente uma palavra para descrever isso, mas certamente eu diria que é confuso.

Ultimamente eu tenho vivido em um mar de confusões sem fim, a começar pelo meu pai, que agiu tão estranho enquanto almoçamos — não é que eu esteja odiando isso, mas foi de fato impactante para mim. Eu acho que nunca o vi agir assim. Certamente, por mais diferente que tenha sido, isso fez com que eu sentisse uma pontada de carinho vindo dele — ou talvez tenha sido apenas coisa da minha imaginação.

Como se não bastasse isso envolvendo o meu pai, tem tudo isso que está acontecendo desde o instante em que o Gabriel pisou nessa vizinhança. Eu deveria odiá-lo por isso, mas eu não sei se eu realmente posso fazer isso..., alguma coisa me diz que eu não conseguirei fazer isso. Eu sinto que tudo isso está de cabeça para baixo por culpa dele.

Ao mesmo tempo que eu acho que tudo isso tem sido culpa dele, eu acho que literalmente tudo tem sido minha culpa. Eu nunca soube muito bem como lidar com o que tem me acontecido. A verdade é que eu nunca consegui de fato me compreender e saber quem eu sou e tudo isso piorou há algumas semanas e por conta disso, eu não sei o que fazer.

Às vezes vem à minha mente o dia em que eu o vi pela primeira vez no colégio. Não faz muito tempo, há exatas cinco semanas. Bom, por que eu sei isso de cor? Eu não deveria me importar com isso. E daí que eu o vi há exatas cinco semanas? Isso não é da minha conta. Eu acho que até me arrependo de ter mantido contato com ele, isso só me atrapalhou.

Há algumas semanas atrás, bem no dia em que eu o vi no colégio, eu estava com os meus colegas, perto da fonte, onde há alguns bancos ao redor, para que nós possamos nos sentar. Me lembrar disso me deixa um pouco estranho, ao menos me lembrar das vezes que eu o xinguei e fui extremamente rude.

É tudo tão estranho e confuso para mim, pois ao mesmo tempo que sinto uma mudança, eu volto ao ponto de partida e isso tem se repetido de uma forma incansável.

Eu ouvi a campainha tocar e uma certa ansiedade tomou conta de mim. O Gabriel havia me contado por mensagem que já estava saindo de casa, então apenas fiquei esperando-o e pensando sobre o que nós iríamos assistir ou talvez conversar. Eu realmente queria conversar sobre um certo assunto com ele, mas não sei como chegar a esse assunto — me sinto muito idiota por estar assim.

O Idiota do Meu Vizinho - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora