Capítulo 41 - Extra II

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NOTA: 

 Os capítulos marcados com ''Extra'' em sua grande maioria serão designados as versões da Amanda, contudo, poderá haver a necessidade de ter algum capítulo extra na versão ou história de algum outro personagem para uma melhor contextualização, então nesse caso, também será marcado como ''Extra''. Até um certo ponto, os capítulos extras referenciados a Amanda podem não estar diretamente conectado com o decorrer da cronologia da história, mas em um certo ponto eles irão se conectar.

No mais, tenham uma ótima leitura. 

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VERSÃO DE AMANDA:

Há alguns dias, pensamentos de Amanda

Os sábados e domingos parecem ser os únicos dias aos quais eu consigo ter um pouco de paz..., bom, se é que dá para chamar isso de paz. Desde o momento em que eu abandonei a casa dos meus pais para viver com o Fernando, eu tenho vivido em um imenso inferno.

Há alguns momentos em que eu penso se vale a pena continuar vivendo e passando por isso — consigo dizer com toda e absoluta certeza, eu estou vivendo em um tremendo inferno. O pior de tudo é não ter forças o suficiente para contar aos meus amigos e partilhar com eles toda a dor que eu sinto vivendo com esse homem nojento e até mesmo fazer uma denúncia formal ou informal.

Nós temos vizinhos, mas para eles, somos um jovem e belo casal que se ama e que vive em uma imensa paz e tranquilidade. Eles não conseguiriam imaginar qual tem sido a verdade por todo esse tempo.

Eu conheci o Fernando quando eu tinha dezesseis anos e nós estávamos na escola. Eu acho que lembro como se fosse hoje — na verdade, eu queria muito esquecer isso e talvez nem existir mais —, mas talvez fosse melhor eu nem lembrar dessas coisas. Todos os dias quando eu me arrependo de tudo isso, eu me pego pensando, onde está aquele menino que eu conheci há dois anos?

O Fernando tinha dezoito anos quando eu o conheci e desde o começo ele sempre me tratou bem, nunca precipitou as coisas e nem o nosso primeiro beijo foi forçado ou precipitado — ele esperou com paciência até que nós nos conhecêssemos melhor. Nós demos o primeiro beijo depois de algumas semanas conversando e se encontrando e só então começamos a ficar ainda mais próximos e até os nossos gostos eram bem parecidos.

Eu o conheci na metade do ano, próximo a época das férias, o que nos proporcionou termos mais tempo para conversar e se conhecer ainda mais, principalmente quando chegou o período de férias. Durante todo o mês de férias nós conversamos por mensagens, falávamos de nossos gostos, nossos sonhos, desejos e medos — eu acho que nem eu pude imaginar que dois anos mais tarde eu iria viver os medos que eu jamais poderia pensar em viver.

Quando completou dois meses em que havíamos nos conhecido, ele me levou para conhecer os seus pais e eu achei isso tão maravilhoso, eu enfim iria conhecer a sua família e isso era de fato significava que estávamos namorando — embora ele ainda não tivesse conhecido os meus pais. Eu conheci a sua família e eles parecem ter gostado de mim e eu deles, isso foi de fato interessante.

Ao completar três meses em que havíamos nos conhecido, ele propôs que eu o levasse para conhecer os meus pais e assim fizemos. Eu o levei até a minha casa e o apresentei aos meus pais, mas eu senti que não parecia estar nada bem. O meu pai não gostou muito do que estava acontecendo e a minha mãe foi extremamente contra tudo isso, principalmente pelo fato de nós termos começado isso às escondidas e pelo fato de ele ser maior de idade e eu ter dezesseis anos no começo de tudo.

O Idiota do Meu Vizinho - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora