eu não posso perder você (2/2)

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Adentramos a casa com cuidado, Rick e Carl se posicionam como suas armas enquanto eu fico atrás dos dois segurando minha humilde faquinha. A casa estava completamente revirada. 
Os dois caminham devagar pela casa, explorando-a.

Rick, começa a demonstrar que não gosta da ideia de Carl explorar um cômodo sozinho como ele pretendia fazer. E apesar de ainda estar chateada com seu comportamento comigo, também temo  pela segurança dele. 

— Carl! — seu pai lhe chama roubando a atenção do garoto por um momento.

— Deixa comigo, todas as portas estão abertas — ele volta a focar no que estava fazendo.

— Quer parar com isso?! — Carl abaixa a arma impaciente e bufa, se virando para Rick.

E aí, que deu o caralho.

Carl deu alguns passos, e bateu na parede da casa gritando.

— EI CUZÃO! EI SEU BOSTA! EI CUZÃO...— ele estava claramente furioso.

— olha a boca! — Rick diz com a voz fraca. 

— Carl escuta seu pai por favor! Esse barulho que você fez pode atrair os zumbis de fora pra cá ou então pessoas.

— Cala a boca S/n, vê se fica quieta e não se mete.  E pai, tá de brincadeira, se tivesse um lá em cima ou aqui em baixo, já teria saido.

Carl estava sendo completamente babaca, suas palavras me ferem ainda mais e eu bufo deixando os dois sozinhos na sala.
caminho para um lugar que julgo ser a cozinha, e logo após me assusto com Rick entrando.

Respiro fundo e fico alguns minutos lá com ele.

— Vou conferir se ele está bem. — toco em seu braço, ele me olha com ternura e faz um sinal com a cabeça para que eu vá. 

Subo as escadas, ouço alguns sons e vejo Carl dentro de um quarto verde, claramente masculino segurando uma corda, ele passa por mim sem importância e desce.  Eu respiro fundo, muito magoada, mas caminho até os outros cômodos em busca de achar algo interessante.

[...]

Quando já  havia escurecido, vejo Carl amarrando uma corda na porta.  E Rick empurrando um sofá com dificuldade.

— Eu já amarrei a porta. — Carl diz, no fundo de sua voz era possível ouvir a raiva que ainda sentia por seu pai.

— Eu não quero correr riscos.  — diz Rick. 

— Não acha que vai segurar? — indaga claramente incomodado.

— Carl!

— É um no forte, no de porco. O Shane que me ensinou. Lembra dele?

Eu nem sei por que ainda me surpreendendo com ele  depois de um dia cheio de grosserias e atrocidades. Mas isso tinha sido muito baixo. Bombardear seu pai com uma provocação tão baixa, quanto a lembrança de seu ex melhor amigo que tentou roubar sua família e mata-lo era demais.

Carl tirou o dia para decepcionar, e está começando a me assustar.

— É. Eu lembro dele. Lembro dele todos os dias.  Tem mais alguma coisa que queira me dizer?

Os dois respiram fundo, eu os ajudo a arrastar o sofá para a porta.

Rick se senta no sofá e nos  oferece um saco de cerais que Carl prontamente recusa.

— Melhor guardar pra depois.  — diz o garoto recentido.

— Eu aceito um pouco sim. — Minha barriga estava doendo de fome. 

imagines • Carl Grimes Onde histórias criam vida. Descubra agora