Capítulo 33

84 9 1
                                    

O destino já estava escrito, minha dúvida sentenciara a verdade a aparecer. Todos, paralisados, se entre olhavam, qual seria a resposta. Onde o irmão de Sam esteve todos estes anos, o que ele diria se soubesse sobre os atos irracionais do pai? De saber que o próprio se vangloriava dos feitos desumanos contra a própria família.

- Mãe? - perguntei calmo, tocando em seu braço cuidadosamente - Onde ele está?

- Ao meu lado - sussurrou limpando poucas lágrimas, sua cabeça estava baixa como a voz - me desculpe eu não.

- Como disse? - Nós três questionamos.

- Dan, você não tem família sanguínea aqui, não é? Eu te salvei de um mal e cuidei de você, não foi? - ela falou olhando no fundo dos meus olhos, sinceridade, pela primeira vez em que tratamos do passado. O vermelho do meu contra o dela, ambas pupilas inconstantes.

- Sim.

- Eu te protegi do Lucien, o único sangue que eu derrubei sobre minhas lâminas para matar realmente. A outra geração de Foice Negras foi eliminada por si só, praticamente, mas Lucien matou - ela chorava muito e eu, estagnado - matou uma família inteira, só deu tempo de salvar você e ela me disse Dan, não Daniel. Tem certeza que foi Lucien que matou o irmão dela? Pode ter sido em outra ocasião...

- Marca de nascença - Sam se pronunciou eu ainda não me mexia direito, mal sabia o que estava acontecendo - todos na família possuem.

- Mas ele não tem marca alguma, só. - Mei começou a dizer, mas parou.

- Um cicatriz do lado direito na barriga que é semelhante a um corte? - Samantha completou mostrando o próprio - Sebastian se orgulhava em contar sobre as coisas sinistras sobre sua família. Ele me disse que quando descendentes dos Wolf's nascem tem uma mancha roxa também, mas com o tempo somente a cicatriz fica. É o local em que o primeiro da família enfiou uma lâmina em outro Eshy. A marca do início de um império para ele, e para mim a marca da mudança e arrependimento

Levantei a camiseta para confirmar, eu sabia que tinha aquela marca, mas nunca entendi o motivo de tê-la. Mei nada dizia, eu entendia o seu lado, para que contar a uma criança sobre o seu passado horrível, o dela também não parecia ser o melhor também. Porém a raiva crescia dentro de mim, eu precisava, no mínimo, bater em Sebby. Ele enganara Gustavo para chegar aqui, mesmo que não ele era um assassino e não alguém apresentável ao meu pai. Sebastian havia mandado matar seu filho por ser mestiço, eu, e filha por ter fugido de casa. E as mães das crianças, ambas agoras mortas para protegerem suas crias. Eu não seria compreensivo, pelo menos por fora não. Levantei de onde estava e sai pela porta.

Todos na sala me gritavam, mas Mei precisava de um consolo maior do que o meu. Encontrei Gust sentado na varanda de casa encarando o quintal, grande, com grama e uma árvore. Era bonito, alguns vasos de flores perto ao muro, reconfortante.

- Pai - chamei e as palavras pesaram em minha boca - Gust... Você poderia me abraçar? Preciso de alguém.

Sem dizer uma palavra abriu os braços e me encostei nele, me sentia culpado, de certo modo ele estava sofrendo por minha culpa. Ainda tinha Gabe e Eliot, um possivelmente morto e o outro hospitalizado. Pedi perdão e ele foi aceito, lamentei ter errado, tudo o que causasse o sofrimento dele e lamentei também meu próximo ato. Peguei o notbook que estava a seu lado e sai, Gust não me impediu apenas gritou para manter minha calama, não pude cumprir isso. Depois de ler os documentos e copiá-los no pendrive que sempre estava comigo fui atrás do meu papai querido.

- Não foi tão difícil de te achar, pai - falei entrando no escritório que ele estava, o antigo prédio de Gabe - está procurando seus subordinados?
- Olha se não é o pirralho que chama Gust de pai. Não acha isso errado? Ele não é nada seu...
- Chamar alguém de pai por consideração ou chamar um assassino? - falei ironicamente - Acho que prefiro chamar você de pai, Sebastian Wolf.

A procura do AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora