Capítulo 5

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Eu me arrependi de ter dito a minha mãe para vir a essa escola e que escola é muito divertido. Imagine que legal uma escola cheia de ex-alunos, os professores deviam ser legais, o ambiente ótimo, até que acordamos. Todos os professores já foram alunos em todas as escolas, sempre tem as matérias que você não gosta ou aquele que você jura implicar com você. Às vezes é coisa sua, o professor não te odeia, só é você que não presta atenção na aula, mas isso definitivamente não era o meu caso.

Gabe, o professor de defesa pessoal, realmente me odiava, no primeiro dia por eu ser filho de Mei. E agora, ele me odeia por eu ter batido o cabo da faca nele e ainda não ter devolvido a faca. Mas como me acusar sem se entregar? Qual seria o motivo deu conseguir uma faca do professor sendo que só se pode usar coisas de madeira na aula?

A cansativa aula acabou, não podia reclamar muito, as aulas tinham começado pouco mais de dois meses. Pouco tempo para reclamações, combinado em casa, quanto menos tempo reclamar mais rápido o tempo passa. Não passava, mas melhorava o clima em casa, somente coisas felizes ou necessárias. Sai da escola com meu skate, minha mãe tinha contratado uma van, mas andando de skate eu já fazia meu exercício diário e deixava a van para At. Minha mãe era ciente disso, mas não reclamou, já que se candidatou a por os dois na van arcando com o custo.

Eu estava cursando meu caminho normal, estava um pouco frio, por isso usava meu casaco. Um cheiro familiar veio, mas não familiar de bom e sim um familiar ruim, era cheiro de sangue, tanto humano quanto de Eshys. Um impacto. Uma freiada. Um tombo. Gritos.

- Ai meu Deus, você está bem? - uma voz estranha gritou ao meu lado - Eu te acertei ou você caiu? Ele não está respondendo.

- Calma, moço eu estou bem - respondi tomando consciência que estava no meio da rua - eu não sei como, mas eu cai aqui. Estou inteiro.

- Ainda bem, tome cuidado, muito cuidado. Você está bem mesmo?

- To sim, veja nenhum arranhão.

- Ótimo, tome o meu cartão se algo acontecer se sentir mal me liga que eu me responsabilizo.

- Claro, muito obrigado. Senhor?

- Juan, meu nome é Juan. Estarei na cidade por um tempo, mas se tiver quebrado algo, logo descobriremos.

- Sim senhor, muito obrigado senhor Juan.

Fiquei na calçada esperando Juan ir embora, mas antes de ficarem longe do alcance da minha visão vi Ana, uma amiga da minha mãe, no banco do carona. Isso explicava tanto zelo por causa de um quase atropelamento, um médico de renome não iria ignorar nada, ou não deveria, um tombo pode gerar vários problemas.

- Ai - havia alguém caido na cerca viva, agora destruida, achei a responsável pelo meu tombo - seu idiota não sabe por onde anda?

- Me desculpe, não foi minha intenção - não entendi por que me desculpava, mas a voz dela me fazia pedir - você está bem?

- Seu idiota, babaca! Não olha por onde anda? Fica ai derrubando os outros.

- Olha eu estava na minha, foi você que me atropelou.

- Atropelei nada, assuma seus atos seu bastardo desgraçado - ela começou a me bater, mas foi impedida, eu era um pouco maior e consegui segurar seus antebraços - me solte seu idiota.

- Ei, eu não fiz nada por que está tão brava.

- Me solte seu idiota! - gritou em responta me socando, o que não era fraco, mas eu não a soltaria. Tinha alguma coisa errada nela - Além de bastardo é surdo?!?!?!

- Olha, eu estou calmo ainda, mas dá para parar de me chamar de bastardo e essas coisas tenho nome.

- Que seria? Cara me solta - Ela me deu uma joelhada na perna e correu.

A procura do AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora