Em um súbito de coragem, resolvi fazer tal movimento. Ele consistia em aparar um golpe somente com uma mão na katana e fazer com que a lâmina inimiga deslize pela sua até chegar a sua guarda (local que separa o cabo da lâmina) de um jeito que a própria espada ficasse um pouco inclinada na direção contrária da sua bainha. Nesta parte que entra a velocidade e ótima mira, para finalizar o movimento eu deveria puxar rapidamente a minha bainha do cinto colocá-la na katana do adversário e o atingir para que ele a solte.
Cada detalhe devia ser levado em conta, os centésimos de centímetros deviam fazer parte da conta, se não seria um dedo a menos na minha mão. Aconteceu tudo como planejado, ou quase tudo, no instante que eu iria o golpear com a parte cega da lâmina para que ele a soltasse eu o acertei com o corte. Gerando um corte no dedão dele, não é muito fundo ou grande, mas o seu sangue escorreu até cair no piso do local.
- Sem derramamento de sangue, eu disse - Reclamou Gabe se levantando - compensação.
Antes de pensar muito no que significaria compensação olhei para At, chutando o peito de quem estava a minha frete. E percebi que em um momento de distração, ou plena concentração somente em um inimigo, que ele levaria uma estocada no rosto, mesmo não sendo uma boa ideia ae estocar com uma katana. Pulei em sua direção com a mão aberta e a coloquei entre a katana e sua face. Assim eu que fui ferido e não ele, não doeu no começo a adrenalina impediu que isso acontecesse.
A estocada foi feita e ambos, a katana e minha mão, foram puxados rapidamente contra o corpo. Não doia, só ardia um pouco no começo, mas o desconforto era um pouco grande. O meu adversário limpou a ponta da lâmina com a própria camisa e sorriu para mim. Mesmo com a mão ferida eu empunhei a katana e continuei a luta com duas espadas, levaria um pouco mais a sério a luta.
- Você está bem Dan? - At me perguntou aos sussurros virando de costas para mim - Me passe uma espada.
- Estou - passei a minha espada e retirei a outra da bainha, ficando os dois com duas espadas - não quero sangue nesta ouviu? - completei rindo.
A luta estava bem mais interessante com duas espadas, para desequilibrar o adversário não exigia muito esforço, uma tarefa mais fácil para mim. Contudo, a segunda espada para At equilíbriou a luta, com as duas lâminas juntas era mais confortável se defender, assim não corria risco de se ferir. Em um deslize, observando a luta que ocorria atrás de mim, levei um corte na mesma mão que a estocada e a katana que nela estava caiu no chão junto a uma gargalhada.
- A katana do Rafael não pode ser usada por qualquer um! - ele gritou, eu descobrira o nome de um faltava os outros dois - Agora está tudo compensado.
- Mas e a estocada que levei? - reclamei sem quebrar o contati visual com aquele a minha frente - Foi um derramamento de sangue, não?
- Não, não há sangue seu no assoalho, não antes. Você cobriu o ferimento com a própria blusa e Jonas limpou a lâmina sem deixar cair uma gota.
- Isso não é justo - falei, mas não tive muito tempo para escutar a responta, já que ele me atacara com duas armas.
Já que a regra era não derramar sangue no chão, literalmente, eu poderia feri-lo em locais com pano, assim o sangramento seria parado por um tempo. Assim o fiz, um corte na perna do Jonas e ele derrubou ambas as katanas no chão a segurando pela dor. Não caiu uma gota no chão, limpei a lâmina na própria roupa dele, não sujaria a minha com aquele sangue de assassino. Eu havia me distanciado de Augusto com isso pude perceber que ele estava parando um golpe vindo de cima com as duas katanas.
- A sua luta é aqui - Jonas disse atrás de mim me chamando novamente para a luta.
Avancei contra ele, eu deveria ajudar me amigo, é uma péssima ideia se defender uma espada gente, digna de cavalheiros, com duas katanas. As resistências são diferentes e havia um grande perigo de cortar o rosto do At. Em um corte seco acertei a mão do desgraçado a minha fremte, mas não por intenção e sim por ele por a mão em frente ao golpe e sorri ao recebê-lo.
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A procura do Amanhã
RandomDan, sempre foi uma criança e adolescente responsável, mas tudo mudou quando decide encarar o próprio passado e sem conhecê-lo não consegue olhar para frente. O futuro parece inviável diante a neblina que cobre o passados, mas será que o pequeno e i...