Capítulo 14

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   Quando o clima com uma pessoa estiver ruim e ela disser precisamos conversar não pule pela janela, pior que tá fica, mas uma hora melhora. Mei me chamou para conversar, era de manhã, para ser preciso no horário que eu devia estar na escola. Não estava a fim de ter aquelas aulas, eu lhes apresento o meu novo eu. Não me importava mais com nada, somente com o meu passado, se eu mudei em algumas horas dois anos poderiam me salvar ou me matar, mas ter conhecimento dele era necessário.

   - Bom dia Dan - falou com certo receio - não se preocupe que eu não irei ficar brava por ter faltado a escola hoje.

   - Bom dia... Então por que me chamou depois de tanto tempo sem trocar palavras comigo? - respondi friamente e ela sentiu a diferença em mim.

   - Foi para te pedir desculpas - respondeu controlando para não chorar, novamente - eu sei que não foi bom eu ter te falado que não sou sua mãe e q.

   - Tudo bem Mei - respondi a cortando.

   - Não está tudo bem Dan. Eu te magoei, não devia ter te falado aquilo, você não tem culpa pelo o que me aconteceu, na verdade só e eu tenho culpa no que me aconteceu.

   - Eu já disse que está tudo bem, você só me disse a verdade. Não sou seu filho, mas sou grato por ter me criado.

   - Não diga isso, eu te considero como tal, só que no momento eu me lembrei de coisas que eu não queria. Eu pensei que me contrololaria mais...

   - Minhas consequências, não é? Fique tranquila, quanto mais cedo eu esquecer sobre o seu passado melhor. Não saberei nada deles mesmo, se for só isso já estou indo Mei.

   Ao falar seu nome ela sofria, talvez mais do que no dia em que me pediu para não chamá-la de mãe, mas foi ela quem me pediu isso, quer que eu faça o que? Enquanto me virava de costas para abrir a porta, quando minha mão já estava na maçaneta senti Mei me abraçando e algumas lágrimas desciam por seu rosto.

   - Me desculpe Dan, eu realmente sinto muito - agora ela chorava? Não se importa o que senti nessa semana? - Não quis falar aquilo. Mas só que meu passado foi difícil para mim e eu tentei esquecê-lo e a única coisa que me liga a ele é você. Eu não quero te perder...

   - E me dizer que não sou seu filho adiantou alguma coisa?!?!? - gritei me livrando de seus braços - Não tenho culpa do passado que você teve só você tem culpa dele e se eu te lembro tanto ele porque que ainda cuida de mim?! Helena já pode ficar comigo, não precisa de um peso como eu.

   - Nunca mais diga isso, você não é um peso, é o motivo por eu ter conseguido sair do ontem e viver o hoje, só não quero você ligado tanto no que já aconteceu! Isso não é importante!!

   - Se eu sou o que te liga ao seu passado eu tenho o direito de saber o que aconteceu!! - gritei e dei uma pausa para recuperar o fôlego, nunca tinha brigado assim com ela - Eu quero saber o que está acontecendo ou você não vai me ver mais.

   - Dan você tem 13 anos, não pode fazer isso!

   - Daqui a poucos dias terei 14 anos e assim já posso decidir onde quero ficar, pelo menos é o que tio John me disse.

   - Jonathan sabe o que está acontecendo aqui?!

   - Não, mas isso não importa. Vai me contar o que aconteceu no passado?

   - Vou...

   - Ótimo vou fazer as malas e sai... como assim vou?

   - Eu disse que vou é porque eu vou. Agora sente e nunca mais me ameace.

   A obedeci, pela primeira vez em semanas que nos olhamos cara a cara e não ignoramos um ao outro. Apesar de haver algumas lágrimas em ambos os rostos, defeito que os dois tem chorar quando fica nervoso, não havia muito remorso das duas partes. Eu a ignorei durante este tenpo, e ela por sua fez tentava sorrir, tentava conversar, já havia se desculpado e eu a ignorei.

   - Quando eu tinha quase meus dezessete anos eu vim para essa área, só que aqui era uma zona perigosa e havia uma caçada. Pessoas que matam os outro por matar - explicou notando minha cara de dúvida - e assim cometi meu mais grave erro a única coisa boa que saiu disso foi você, Ana e Gust.

   - E é por conta deles que seu passado é ruim? - perguntei sem mostrar mágoa.

   - Praticamente sim, depois de um tempo eu lutei com cada um deles, no final só eu sobrevivi e mais um, mas não quero pronunciar o nome deste em casa.

   - Você os matou?

   - Não sei, um eu matei, mas os outros não. Não queria matá-los eu tentei transformá-los em humanos. Se retirar suas asas rente às costas elas não se recuperam e você se torna humano se sobreviver a cicatriz.

   - E eles não sobreviveram à cicatriz?

   - Não se mataram antes - ela disse isso em um tranquilidade que me assustou - não queria te dizer isso.

   - Tudo bem, ahn... Mei eu fui um erro na sua vida?

   - Não! Nunca foi e nunca será! - exclamou segurando meu rosto com uma mão - Me desculpe fazer você passar por isso.

  - Posso te fazer uma pergunta?

   - Isso mudará o seu jeito de me ver? - perguntou séria.

   - Não, nada muda muito a seu respeito. E não sei de quase nada.

   - Então deixarei em aberto, pois nem eu sei direito o que aconteceu.

   - No fim eu apareci para você e depois de um tempo você terminou com o senhor Lich?

   - Isso, mas porque o chamou de senhor Lich? - eu não queria que ela soubesse dele, por isso contrilava o problema, mas agora era inevitável contar - Vocês brigaram?

   - Não, é que ele voltou e está dando aulas na minha escola e...

   - Ele te obrigou a chamá-lo assim?

   - Não eu que preferi, mas parece que não está surpresa de saber que ele está aqui.

   - Ele deixou novamente cartas aqui, mas desta vez nenhuma para você só um bilhete dizendo que poderia falar pessoalmente então sem cartas.

   - Sem problemas então? - perguntei olhando baixo, não tinha coragem de olhá-las nos olhos - Digo, você me desculpa?

   - Pelo o que? Por eu ser assim explosiva e não gosto de demonstrar sentimentos e quando fiz magoei a pessoa mais importante da vida?

  - Mei, eu não...

   - Mãe, se quiser pode me chamar de mãe...

   - Como? - perguntei confuso esquecendo o que iria falar.

   - Se você achar que eu mereço ser sua mãe tudo bem, tudo a seu modo...

   - Tudo bem Mei, ou melhor mãe.

   - Eu te magoei muito não foi? Você me odeia? - perguntou tentando esconder a aflição em sua voz.

   - Não, não te odeio, só que me sentir do jeito que me senti essas últimas semanas me fizeram pensar de outros modos.

   - Posso saber de que jeito?

   - De me virar por mim mesmo, a propósito o que são essas coleções que você tanto procura.

   Mei gelou ao ouvir minhas palavras, mas antes que pudesse dizer alguma seu telefone tocou. Era Gust e ela tinha que atendê-lo, meio contra gosto sai do escritório sem saber a minha resposta, afinal o que são essas coleções que Mei tanto procura e para que ela as quer?

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Último aviso da estória, não não é por que ela está acabando e sim que não vou por mais notas aqui, quebra a leitura então só faalrei se for de suma importância e nos comentários assim que quiser pode ler ^-^

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