Jonathan chegara, Mei estava com uma expressão quase indecifrável, em razões de centésimos de segundos ela variava entre feliz, supresa, preocupada e brava. Marco estava com um sorriso idiota na cara, olhava para Victor que estava indiferente. E por fim, e não menos importante, eu, que estava no meio daquela confusão sem entender muito. Minha cabeça doia, eu estava com fome, passei o dia procurando alguma pista sobre as coleções e só descobri que Marco era um Eshy também.
- Pensei que você seria mais forte - Victor falou wntrando na casa e me ajudando a levantar - garoto. Dêem espaço para ele respirar, assim vemos se afetou algo.
- Estou bem Victor, só não como nada desde o almoço e bati com a cabeça, a minha pressão deve ter ficado baixa e assim apaguei por pouco tempo.
- Viram, ele está bem consegue até formular frases complexas - Jonathan falou orgulho - como você cresceu... Não sabia que conhecia Victor.
- Não conheço - respondi frio - só o vi hoje.
- É, como você vem e não me avisa?? - Mei levantou e se virou para John - Custa mandar uma mensagem ou ligar??
- Na verdade eu vim procurando um certo alguém - ele apontou para Victor que o ignorou e começou uma conversa com Marco - ele simplesmente sumiu.
- Mensagem? Para que serve a tecnologia? - Mei se indignou
- Olá tio Vic - Marco falou com um pequeno sorriso - por que fugiu dele?
- Mas Mei, tive que arrumar as malas, passagens, adiar reuniões e... Me desculpe, da próxima aviso.
- Por ainda me chama de tio sou só um pouco mais velho que você e agora nem faz tanta diferença.
- Não tem problema, traga as malas e ponha em algum quarto, Victor ficará aqui também?
- Mas é costume eu sempre te chamei assim, eu tento mudar se quiser...
- Ela está falando com você e...
Nenhuma pergunta ou palavra daquela sala era direcionada a mim. Me retirei silenciosamente do meio da discussão peguei uma garrafa de 600 ml de refrigerante e um saco de salgadinho e me direcionei ao quarto. Demoraria um tempo para os "adultos" da casa perceberem que eu tinha saído de lá. Enquanto comia me lembrei do pendrive e da dica da senha dele. Sócio do seu tio. A resposta era Victor, porém isso era o mínimo permitido, não colocaria uma senha tão fácil ou pequena.
Tentei mesmo sabendo que não seria, senha muito curta, seria seu sobrenome? Não, não iria lembrar, semnome senha muito curta. Desconhecido, senha incorreta. Pense Dan, eu não o conhecia pessoalmente, mas já ouvi dizer sobre... semcarater, acesso liberado. Marco e eu, quando era menor, brincávamos com o significado das palavras e suas origens.
Caráter que é usualmente usado como índole da pessoa, possui originalmente o mesmo sentido de características. Isso ficava mais claro antes de modificarem o modo que se escreve, retirando o c mudo. Dentro do pendrive tinha um mapa, ao acessá-lo ouvi um bip vindo do computador e alguém batendo em minha porta e eu abri.
- Sou somente eu - Victor falou do outro lado - se eu não ir ai não vai desativar o sinalizador.
- Vai sim - respondi desligando o barulho que há estava me incomodando e abri a porta deixando ele entrar - pronto, acho que antes de perder a memória eu já estava preparado.
- Você sabia que eu viria, tecnicamente foi você que me chamou aqui - ele se sentou na minha cama - os outros três estão arrumando os quartos para Jonathan e eu.
- Mas você não vai ficar - completei analisando tudo - obrigado por fazer eate aquivo, agora preciso da chave para liberar os locais.
- Você sabe como vão usar essas informações?
- Não.
- Vai mandá-las mesmo assim?
- Não sei ainda, vou cumprir o que me mandaram fazer o resto ficará como um seguro. Não vou ser totalmente um capacho.
- Assim espero, ninguém sabe o que você está fazendo nem mesmo eu, ok?
- Nada - respondi quandi terminei de destravar o programa - a chave, não foi tão difícil, você não sabia qual seria a última pergunta e suspeitou que seria essa, mas eu fiz algumas que você realmente não tinha uma resposta, correto?
- Você devia medir mais suas palavras - adverteu sem estar realmente bravo - muitos podem não ser pacientes como eu.
- Me desculpe?
- Sem problemas, e agora o que fará?
- Agora vou comer algo de verdade que isso não deu conta - apontei para as embalagens vazias.
- Você entendeu a pergunta... - disse me seguindi quando sai do quarto - depois falamos mais sobre isso. Mei, quer ajuda no jantar?
- No café - Marco respondeu feliz - já terminei a comida e estavamos esperando as donzelas virem comer.
Sentamos em silêncio, comemos e voltei para o quarto e tranquei a porta. Com a chave pude encontrar o local da coleção de Lucien, mas o único que não aparecia lá era do Thiago. Não havia sombras de onde seria a localização, todos os possíveis lugares estavam errados. E segundo o programa de Victor a última pessoa qhe teve contato com ele foi a mimha mãe, Mei. Ele foi encontrado morto em uma estrada com uma espada em mãos, a causa da morte foi hemorragia externa. Perca de sangue continua em alta quantidade. Porém havia um detalhe marcante, uma caneta estava em suas mãos com um bloco de adesivos, ambos marcados de sangue.
Se eles tinham uma coleção eles deveriam colocá-las em algum frasco antes de guardar no local correto. O bloco serve para anotar os detalhes da amostra, a caneta era óbvio. O único motivo dele estar distante da cidade, próximo a uma quadra, era a coleta do objeto que eles colecionavam. Sangue, seria no mínimo irônico para alguém que morreu de hemorragia.
Fui onde estava indicado a localizado a coleção, verifiquei e encontrei um pequeno refrigerador e dentro dele frascos etiquetados com datas. Estes tinham uma tonalidade escura de vermelho. Coletei o que podia e coloquei dentro de uma caixa de isopor pré preparada por Victor, antes dele ir embora. Ele dissera que era passageiro sua estadia, deixou o tio John esperando no café até ele se dar conta que o quarto do Victor estava vazio. Levei tudo o que encontrei para Gabe, como o combinado. Eu só levaria uma coleção, os outros duas, mas nem todos cumpriram a missão.
Rafael estava encarregado de pegar a única coleção que eu não tinha a localização. E pelo julgar do tamanho da caixa ele não tinha encontrado, conclusão, falhou. Gabe verificou cada um, ele tinha um prancheta e assim conferia o número. Estávamos em ordem de importância, eu, Jonas, Eliot e Rafael, do que era para ser encontrado. Quando chegou a vez do último o mesmo recebeu um soco no estômago, mas não reclamou, era a punição por não ter cumprido a missão. A raiva nasceu em seu olhos verdes e ao tentar socar Gabe quando ele se virou Eliot segurou o seu braço chamando a atenção do irmão.
A velocidade dos dois era incrível, antes que eu pudesse entender, Rafael estava sendo segurado pelo mais novo enquanto o maior desferia golpes. Ninguém fez nada para impedir tal ato de covardia, Gabe era mais velho e maior que o garoto, e ele ainda estava sendo segurado. Por reflexo segurei um dos braços de Gabe em pleno movimento, não adiantou muito, mas retardei o ataque. Fui jogado no chão, o outro que não estava envolvido na briga se afastou. Rafael já estava cuspindo sangue, Eliot saiu da sala e Gabe veio em minha direção, com raiva.
- O que o filhotinho da Ilun quer fazer agora? Hein? - perguntou pegando um taco de basebol - Posso não ser um akuma como vocês, mas sou bem mais forte.
Ele não é um akuma, eu sou um? Não eu sou um Eshy. Akumas são aqueles que matam por sede de sangue. Gabe realmente não era um. Acordei dos meu pensamento segundos antes de receber um golpe do taco. Chutei o tórax dele, pareceu-me familiar este ato, o desestabilizando e retirei um pedaço de madeira que estava perto de mim. Como Eliot não estava no local não tentou ajudar o irmão e Jonas também saiu ao invés de intervir. Aproveitei que ele estava atordoado e quebrei a madeira na cabeça dele, fazendo com que ele desacordasse.
Coloquei todos os frascos dentro da minha mochila enrolados na minha camiseta e blusão. Retirei meu protetor, peguei a mochila na mão e apoiei Rafael para o ajudar sair dali. Ele reclamou no começo, mas logo cedeu a ajuda e me deixou o carregar enquanto ele segurava a mochila com as coleções, tudo com o máximo de cuidado. Sai do prédio que estávamos, já era noite ninguém daria muita a atenção a algo voando, desde que fosse atencioso. Vooei até próximo de casa, desci e completei o restante do percurso andando ajudando o morenoa se manter em pé.
- Cheguei em casa e trouxe um amigo - gritei procurando alguém.
- Tsc amigo - Rafael reclamou, mas parou sentindo dor.
- Quieto - sussurei indo para o quarto, mas Marco me parou - vamos fazer um trabalho.
- Tudo bem, por que está sem camisa? - me perguntou e reparei que ele estava com avental sujo.
- Ela sujou e... - não queria perguntar, mas foi mais forte que eu - Marco, você vai vir morar aqui? Digo, toda vez que chego você está e...
- É uma boa pergunta, bem eu não sei se virei morar aqui. Pela sua reação seria um pouco precipitado da minha parte. Estou sempre aqui porque gostou de vocês dois, nada de mais natural que ficar onde se gosta não é?
- Vamos logo seu inútil - Rafael sussurrou continuando o caminho.
- É tem razão, ficaremos no quarto, se possível não vá lá, pois vai ser um trabalho delicado.
- Ok...
Entramos no quarto, peguei alguns analgésicos para Rafael, uma bolsa térmica gelada e peguei a mochila. Coloquei todas as coleções dentro de uma caixa, com muito cuidado, e a guardei debaixo da cama, atrás de um violão. Sim péssimo lugar para se por um instrumento, mas lá estava ele com minha katana. Depois de esperar meu hóspede se acomodar melhor quebrei o silêncio mortal instalado no quarto. Ele não estava muito interessado em mim, eu também não entendi o motivo de tê-lo "resgatado" dos foices negras. Não era problema meu, devia ter feito o mesmo que Jonas, saído da sala e ignorado, mas alguma coisa em mim foi mais forte.
- Você está melhor? - perguntei realmente interessado.
- Você tem dupla personalidade? - indagou incrédulo.
- Não - afirmei - por que??
- Em um dia chega junto com seu amigo, compra uma briga, bate na gente e vai embora. No outro fala conosco amigavelmente, depois quer se juntar a nós, faz tudo que mandamos. Eu apanho por não cumprir uma ordem, o que foi justo e você me traz para a sua casa.
- Olha, eu não posso dizer nada sobre is. - senti uma pontada na cabeça, uma dor forte e fui caindo até chegar ao chão.
- Cara 'se tá bem? - o ouvir gritar e fechei a cara por causa do som ecoando em meu crânio - M-Mei!!! Professor Marco!!! O Dan está passando mal.
- F-fique quieto - sussurrei tarde, Mei já abrira a porta e Marco veio me colocar sobre a cama.
Tudo estava distante, a vozes baixas e ecoavam, me sentia em uma piscina mergulhando. Os membros dormentes, as imagens desfocando, as palavras proferidas perdendo sentido, as cores perdendo vitalidade.
- O que eu fiz com os FN's? - tentei dizer, mas minha voz não saia - Eu mudei muito depois de ter perdido a memória? Memória? Lembranças? A verdade? Aquele sou eu? Hei espere, não corra de mim, quem eu sou? Me responda! Por favor não me deixe sozinho comigo mesmo, eu nem sei quem sou! Espere ai. - tudo ficou preto, nada a vista, sem Mei, Marco, Rafael ou Eu - Jade?...
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A procura do Amanhã
AcakDan, sempre foi uma criança e adolescente responsável, mas tudo mudou quando decide encarar o próprio passado e sem conhecê-lo não consegue olhar para frente. O futuro parece inviável diante a neblina que cobre o passados, mas será que o pequeno e i...