Deixamos Sam na enfermaria, entretando havia algo errado com ela, tinha alguma coisa que a aflingia e eu descobriria de qualquer maneira. Um dos dois precisaria ficar com ela, para ajudar a se mover. At queria a todo custo ficar no local a ajudando, mas eu não podia deixar, devia estar sempre ao lado dela.
- Cara você a conhece a dois dias a mais que eu. - ele tinha razão, contudo não ficaria lá - Eu fico lá dentro com ela.
- Não, eu fico.
- Sem argumentos? - perguntou confuso - Só falando eu não aceito.
- Eu vou ficar. Se quer explicação é porque eu sou o mais velho.
- Só porque Mei deixou você escolher a sua data de nascimento.
- Mesmo assim ela não gostou de saber que eu queria dia 9 de maio.
- Sem motivos, mas aceitou.
- Pelo menos sou mais velho que você me obedeça.
- O que ganho com isso?
- Nada apenas me obedeça.
- Tenho prioridade com ela depois?
- Como assim prioridade? Não me diga que você acha que eu gosto dela como você?
- E qual seria o outro motivo de não querer sair do lado da Sam?
- Os meus motivos são melhores que os seus e sim você tem prioridade.
- Tchau Dan - disse correndo, aceitara rápido minha decisão de ficar - tenho que fazer alguma coisa para incentivar a sua melhora!
Entrei no quarto e vi Sam em pé tentando pegar sua mochila no alto do armário. Quando me viu se assustou e case caiu da cadeira que estava em cima, se não fosse por eu ter a segurado seria outra perna querada. Coloquei Sam deitada na cama, peguei a mochila e entreguei a ela, mas sem a adaga que ficava no bolso falso, não achando que procurava me estendeu a mão e pediu que a entregasse.
- Não vou te dar isso na escola, já me deu bastante trabalho para escondê-la novamente.
- Dan por favor me devolva - falou firme ainda me estendendo a mão.
- Já te disse que não, mas posso pensar se me dizer por que está angustiada.
- Um professor tentar me atacar no primeiro dia de aula já não é o suficiente e não estou angústianda.
- E por que deu a primeira resposta - eu a encurralei - decida-se, só me fala o que está acontecendo com você. Já te dei muito espaço não te perguntando por muito tempo.
- Eu não quero falar sobre isso, podemos deixar isso de lado?
- Não, infelizmente não podemos. Minha família abriu as portas da nossa casa e não temos certeza de nada a seu respeito.
- Então por que você não conta as coisas a seu respeito? Sua história, ou acha que eu não sei que você não é filho da Mei.
- Eu te contaria se pudesse...
- Viu, eu também não posso. Teremos direitos iguais.
- Não - disse mais tranquilo que pude, mexer com passado me trazia péssimas sensações - somos diferentes, direitos diferentes. Você não pode porque não quer e eu não posso porque não sei.
- Como assim não sabe, todos sabem e alguns querem esconder.
- Nem todos! - bati na mesa, esse mistério da minha vida me pertubara desde a infância.
- Me desculpe, eu não sei, gostaria de saber, mas não sei. Para mim eu simplesmente apareci na vida da família Ilun e dai começa a minha história. Sou filho da Mei Ilun que não possue pais na certidão de nascimento, como eu não sei, a minha é simples com dois nomes o meu e o dela.
- Dan eu não sabia que isso mexia tanto com você.
- Tudo bem, são só dois anos da minha vida que eu não sei. A maioria não se lembra mesmo...
- Mas mesmo assim é importante para você?
- É minha vida, meus dois anos do passado, talvez a minha família. Queria saber, mas não sei.
- Desculpe-me...
- Pelo o que?
- Por saber e não contar...
- Não te falei isso para que si ta dó de mim, foi no momento. Se não quiser não conte, entretanto eu não vou desistir.
- Eu conto, se você prometer não dizer nada que eu disse a outra pessoa.
- Prometo - eu prometi, mas toda promessa tem um furo e o meu era o gravador que ficava no meu colar - que não vou dizer nada.
- Ok, então a minha vida era boa e fácil até...
Fiquei escutando a história dela, cada detalhe era importante. Quanto mais ela dizia mais eu me interessava em saber, suas emoções eram estáveis ela não mentia. Havia um pouco de medo em algumas parte, em outras tristezas, mas nada que pudesse indicar um erro ou mentira da parte dela.
Sam acabou de contar o seu passado e eu fiquei estagnado, não sabia o que fazer, não sabia se mostraria a gravação para a minha mãe. Só sabia que a promessa tinha fundamentos e que o passado dela não devia ser pronunciado muitas vezes, pois paredes tem ouvidos e conhecidos que podem te ferir.
Minha mãe chegou e entregou a faca que eu guardara do professor Gabe encarou Sam sem expressão e saiu da sala. Fiquei encarando a faca que estava em meu colo tentando entender o que estava acontecendo, sem resposta sai do quarto e fui em direção da sala que Mei se encontrava.
- Mãe, por me deu isso?
- Para devolver.
- Mas como sabia?
- Sei o que acontece com você, principalmente quando você entra com uma faca em casa.
- Tenho que devolver mesmo, ele vai ficar bravo e pode descontar em mim na aula.
- Não vai, foi demitido por justa causa. Não fui eu quem atacou uma estudante durante a aula e dois depois da escola.
- Como soube disso?
- Sou sua mãe devo saber das coisa, mas só não sei quem virá substituir Gabe, me disseram que é um antigo aluno. Sua área é outra, mas como era um excelente esgrimista na sua época aceitou dar aulas no tempo vago. Agora ande e devolva isso, não quero nada que tenha este nome em casa.
Obedeci piamente o que minha mãe mandou, fui até o armário dos professores e esperei Gabe lá, esperei que ele voltasse para pegar seus pertences. Fiquei um bom tempo esperando e ele não apareceu, ainda tinham coisas lá dentro. Como eu sei? Abri o armário para verificar, não sou um marginal que arromba armários alheios, só sei descobrir a combinação de acordo com o desgastes dos números.
Coloquei a maldita faca lá e encontrei algumas fotos de Sam, fotos minhas e de alguns outros alunos. Tirei foto de cada uma para saber quem era e o possível motivo disso. Posicionei uma pilha perto da palha de aço, amarrei a palha na porta e prendi de modo que quando puxasse a pegaria fogo, não queria ninguém com fotos minha e de outros alunos. Quando a palha de aço entra encontato com os dois polos de uma pilha ela gera faíscas e se o contato for prolongado acende-se uma fogueurinha. Um pequeno incêndio acabaria com o problema. Ou geraria mais?
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A procura do Amanhã
RandomDan, sempre foi uma criança e adolescente responsável, mas tudo mudou quando decide encarar o próprio passado e sem conhecê-lo não consegue olhar para frente. O futuro parece inviável diante a neblina que cobre o passados, mas será que o pequeno e i...