Capítulo 15

148 13 1
                                    

   At chegou em casa junto com Sam, os dois estavam felizes rindo bastante. Neste tempo em que conviveram descobriram muito em comum, ali crescia uma linda amizada, mas segundo ele tinha algo a mais. Eu tevia estar com uma cara bem mal humorada, pois quando eles me viram pararam de rir e se entre olharam.

   - O que foi agora Dan? - Sam tomou a dianteira da conversa controlando para não rir novamente.

   - Neste momento estou curioso - respondi e eles não entenderam - por vocês entrarem rindo e pararam quando me viram e o que Gust tanto fala com Mei.

   - Gust ligou? - At perguntou preocupado já se direcionando para o escritório, onde tudo era falado de ruim - Eu preciso saber como que estão os meus pais e... me solta Dan!

   - Calma, logo ela sai e nos dá notícia, se acalma um pouco ninguém vai morrer se você não for lá agora.

   - E como você sabe disso? - Sam perguntou segurando o meu braço - Como sabe que os dois estão conversando?

   - Conversei com Mei hoje...

   - Está tudo bem entre vocês?

   - Mais ou menos, o clima está estranho, não consigo olhar como antes para ela. Dentro dela há muita mágoa guardada, e por alguém que não sei quem é...

   - Ahn... Dan, posso te fazer uma pergunta?

   - Claro que pode fazer a segunda pergunta...

   - Então farei outra, vi que você está bem. - esse era nosso jeito de ver como o outro estava testando o humor - Desde quando que Mei está no telefone?

   - Desde antes do almoço, veio aqui com o celular em mãos falando com Gustavo, preparou algum coisa para comer e pra mim também, voltou com o prato em mãos para o escritório e não saiu mais de lá.

   - Mas já são 19 horas...

   - Acho melhor irmos ver se ela precisa de alguma coisa - sugeriu At nervoso com a situação.

   - Não, melhor não - Sam respondeu pensativa - Ela pode estar estressada e precisando pensar, ficamos aqui fora e esperamos mais um hora no máximo.

   - E se ela não sair?

   - Entramos.

   Esperamos menos do horário estipulado por ela, Mei estava com um sorriso enorme, a conversa devia ter rendido muito. At apavorado como estava passou por cima de todos para perguntar dos ocorridos, afinal era a família dele que estava em risco. A tal herança de família não era algo agradável de se ter, asas que sangravam quando se tinha problemas de decisões não era muito funcional.

   Ambos entraram no escritório e eu e Sam ficamos do lado de fora em um silêncio fúnebre. Não tinha assunto com ela desde a última vez, eu estava triste e com raiva e ela só queria ajudar-me com as coisas que sentia. Acabamos em uma luta, e não, não fui eu quem ganhou, foi ela, mesmo de brincadeira seus golpes eram certos e eu não tinha prática com lutas de mãos livre. E neste momento constrangedor de silêncio não iria dizer se ela quiria lutar novamente uma revanche, talvez.

   - O At é uma cara legal, não é? - perguntei só para jogar o papo fora - Divertido, sincero, um pouco lerdo e tem um porte físico bom também...

   - O que você está falando? - perguntou assustada e eu percebi o que estava praticamente cantando meu melhor amigo, mas resolvi continuar.

   - Vai me dizer que nunca olhou para ele? Nem quando ele tira a blusa para voar, o moleque tem mais massa muscular que muito marmanjo... - eu comecei a induzir ela a pensar de outros modos sobre Augusto.

A procura do AmanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora