Naquela noite o pequeno Dan estava agitado, sua curiosidade de sabe quem era passou de apenas perguntas e passou a ser pesquisas. Procurou como pode tudo que podia sobre os chamados Eshys, mas pouco foi achado. Não havia razão por de traz das asas, suas cores seus formatos e muito menos se ter asas escuras seria ruim, como o de um anjo caído. Nada lhe fora respondido, mas sua mãe assegurava que ele era bom, que ele não seria mal só por causa da cor das asas que carregava nas costas.
Contudo o medo que um destino o obrigasse a seguir um caminho cheios de sombras e males. Ele nunca se deu por convencido pelas explicações da mãe, sempre fazendo suposições e uma delas venho em seus sonhos atormentando o seu leve sono.
Assustado se levantou da cama chamando por sua mãe, estava encolhido no canto da cabeceira da cama enrolado no próprio cobertor. O sonho, ou pesadelo, havia mexido muito com o pequeno Eshy, as visões que ele tivera podia enlouquecer qualquer um que não estivesse acostumado com a cena que viu.
- Dan você está bem? - Mei perguntou já o abraçando e o protegendo de um possível mal - Eu estou aqui para te proteger ok?
- Uhum - respondeu o pequeno se encolhendo mais em seu colo - mãe, eu sou um monstro? - perguntou depois de um tempo em silêncio.
- Não Dan, você não é um monstro. Por que está me perguntando isso?
- Porque hoje eu vi, era tão real - disse se escondendo pedindo mais proteção - uma família feliz. O pai e a mãe de mãos dadas e seus filhos brincando a frente, uma menina e um menino. Quando o menino, que era menor, foi chamado por um estranho e o seguiu. A família dele foi correndo atrás para saber o que estava acontecendo, a mãe carregava uma bolsa e uma manta, parecida com a minha.
- Dan não se preocupe, nada vai lhe acontecer, mas o pesadelo acabou deste jeito? Se quiser não precisa dizer mais nada.
- Não, não acabou. Mas se eu disser a você mãe, acho que ppde me proteger disso. Estou com tanto medo.
- Eu não vou deixar nada de ruim te acontecer, se quiser contar vá em seu tempo.
- Tudo bem. - respondeu desprendendo um pouco da mãe - A blusa de frio do pequeno ficou presa em uma cerca pelo caminho, eu via o rosto de todos menos dele, enfim a família conseguiu encontrar o garoto, mas tinha alguém a mais no beco. Um rosto encoberto, mas que exalava ódio e perigo. De repente tudo ficou escuro, ouvia-se um grito de dor e desespero, consegui ver novamente ou quase. Só via rastros de sangue por toda parte, sangue que voava e pintava as paredes do local onde eu estava. - o garoto começou a chorar, as cenas vinham em sua mente e ele as despejava com palavras - Mas uma voz me chamou atenção, eu fui coberto por uma manda e fiquei no colo dessa pessoa. Ela me mandava ficar calmo, falava que estava tudo bem, nada era culpa minha. Ela estava chorando e se parecia tanto com você... e aquela doce voz que dizia que tudo ficaria bem foi me acalmando e um aconchegante calor me fizeram adormecer, só que ela desejava uma boa noite ao Daniel, mas eu não consegui ver que era, tudo estava escuro. Um luz veio novamente eu me via, um garoto alto, pouco forte, mas de asas brancas. Chegei mais perto dele e pude perceber que ele olhava a mesma cena que eu presenciei em uma poça de sangue. Ele começou a chorar, ou eu comecei, não sei direito. E a poça foi subindo por ele, manchando a asa branca a deixando como a minha. Mãe eu estou com medo, com medo que me torne o mesmo que aquele que vi se tornou.
- O que aconteceu? - a mãe perguntou serena apesar de expressar dor.
- Aquele que eu vi emanava ódio, dor desprezo. Não havia mais amor nele, havia um desejo de vingança, vingança aquela que eu não sabia do porquê. Ele voou em minha direção e cortou minha garganta, não pude fazer nada e antes de morrer vi o eu mais velho entrar dentro da poça de sangue e ir para um lugar sombrio. Mãe por favor me proteja.
- Sempre Dan, não se preocupe só foi um pesadelo, um horrível pesadelo deve ser culpa desses vídeo games que você joga, essas coisas violentas que não ensinam nada - Mei falou em tom de comédia e Dan correspondeu com risos abafados.
- Lógico, tudo culpa do vídeo game, tanto que você nem joga - respondeu já rindo.
- Isso mesmo, é tanta verdade que você está até rindo. Assim que eu gosto de ver você sorrindo.
- Obrigado mamãe.
- Que isso, quer dormir comigo hoje?
- Sim - respondeu já indo para o quarto da mãe.
Dan já estava mais calmo, o susto já havia passado. A calma reinava no quarto em que os dois iriam dormir, mas o pesadelo do pequeno assombrava a mãe. Algo nele parecia familiar a ela, tão familiar que a assustava em pensar nas possibilidades. Antes de dormir sussurou ao pequeno já desacordado:
- Me desculpe, me desculpe por não poder te contar mais do seu passado. - deu uma pausa - Apenas me desculpe por me atrasar e ter virado as costas. Me perdoe...
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A procura do Amanhã
RandomDan, sempre foi uma criança e adolescente responsável, mas tudo mudou quando decide encarar o próprio passado e sem conhecê-lo não consegue olhar para frente. O futuro parece inviável diante a neblina que cobre o passados, mas será que o pequeno e i...