Capítulo 21

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Linda

No dia do tão sonhado casamento, tudo que uma mulher faz é sorrir e ficar com um frio na barriga de nervosismo.

Eu não sorria, e meu nervosismo era por motivos totalmente diferentes.

O homem no terno preto, vestido perfeitamente para a ocasião, como se esse fosse um casamento de verdade, estava tão lindo que por um momento quis que tudo fosse real.

Esse meu querer teve a durabilidade de milésimos de segundos.

Não estava preocupada com a cerimônia em si, tirando Daniel, os outros sabiam que era uma farsa, mas aí veio o pode beijar a noiva, fodendo com meu psicológico.

Segundos se passaram enquanto nos olhávamos sem saber o que fazer e os presentes dividiam a atenção entre Christopher e eu.

Foi ele quem se aproximou me encarando com aquela imensidão azul e segurou minha cabeça dos dois lados de forma gentil.

Meu coração trovejou no peito.

Puta merda.

Puta merda!

Ele vai me beijar.

Christopher se abaixou tão devagar me olhando nos olhos que parecíamos estar em câmera lenta.

Prendi minha respiração e fechei meus olhos em expectativa.

Sua boca macia tocou minha pele quente.

Segundos depois ouvimos seus amigos zombarem do rápido beijo na testa.

- Não seja tímido Chris! - Daniel falou. - Não vamos deixar você ir enquanto não sair um beijo de verdade.

Christopher revirou os olhos, suas mãos que nem havia percebido terem ido para o meu pescoço levaram meu rosto até o seu.

Meu coração parecia que iria saltar pela boca.

Segurei em seus braços sob o terno, tentando me equilibrar, ou simplesmente como uma forma de me impedir de cair em minhas pernas bambas à medida que sua boca se aproximava da minha.

Contudo, para meu alívio, e frustração de todos, ele apenas encostou os lábios nos meus por questão de segundos, me dando um selinho.

Imediatamente ouvimos mais zoações dos amigos, então deu a desculpa que eu era tímida e não gostava de demonstração de afeto em público.

A culpa, é claro, tinha que ser minha.

Dei de ombros me desculpando e imaginei que minhas bochechas deviam estar tão vermelhas que fez com que Daniel acreditasse.

Sorte a sua Christopher Hale.

Sorte a sua.

Fomos cumprimentados e tiramos algumas fotos.

Nada na forma rígida que estávamos um ao lado do outro dizia que éramos recém casados.

Sua mão na minha cintura era tão leve como se tivesse medo ou nojo de me tocar, mas consegui pelo menos forçar um sorriso ou outro para as fotos, já ele...

Josh sabia que não tínhamos razão para comemorar, mas voltou da cozinha com o que parecia champanhe.

Bom, eles não precisavam de motivo algum para beber, eu por outro lado, apenas beberiquei o líquido que nunca havia colocado na boca.

- Como se sente, querida? - Anne perguntou sorrindo docemente.

- Estranha pode ser uma palavra. - Devolvi o sorriso.

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