Capítulo 106

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Linda

Fazia dias que não sabia o que era dormir tão bem.

Sem acordar durante a madrugada com o corpo molhado pelo suor, ou indo direto para o banheiro vomitar.

Ainda bem que o último, descobri ser por uma causa maravilhosa.

Meu filho.

Se antes estava assustada com a ideia, agora, já sentia o maior amor do mundo.

Eu estava em casa.

Mais uma vez ao lado do homem que amo. Do pai do meu filho.

Elliot seria preso e nada mais ficaria entre nós dois.

Acordei com o coração leve sentindo o corpo quente colado ao meu, dentro do casulo formado pelos braços de Chris, sua mão espalmada na minha barriga.

Essa visão fez meus olhos embaçarem.

Christopher tinha todos os motivos do mundo para não me perdoar, para desconfiar da paternidade do nosso filho, mas em nenhum momento o fez, e isso dizia muito sobre o homem maravilhoso que tive a sorte de conhecer.

- Espero que sejam lágrimas de felicidade. - Disse baixinho no meu ouvido e beijou minha têmpora.

Me virei em seus braços encarando sorridentes olhos azuis, porém, quando o choro irrompeu sem que pudesse conter, Chris me abraçou apertado contra o peito.

- Shhhh. Tá tudo bem.

- Como pode me perdoar tão fácil por todo mal que te causei? - Perguntei.

- Deus! Eu te amo tanto, tanto, Linda. Quase enlouqueci esse último mês sem tê-la ao meu lado. Como posso não te perdoar se fomos vítimas das loucuras de Elliot? - Ele beijou minha testa com carinho.

- Não entendo... - Encarei seus olhos depois de me acalmar. - As coisas estão confusas na minha cabeça. Elliot havia me dito que Brigitte arrombou a gaveta e mandou uma foto do contrato pra ele, então... se já tinha o contrato... por que demorou tanto tempo para usá-lo? E como aquele canal de tv conseguiu uma cópia?

- Bem... - Chris pareceu hesitar. - Oliver estava preocupado, por isso ficou receoso em te dizer, mas a verdade é que Elliot está realmente obcecado por você. Ele... tinha uma casa preparada para onde a levaria quando tentou te sequestrar. - Christopher me olhou cauteloso. - Casada comigo sempre foi mais difícil chegar até você. Agora, sozinha? Se você ficasse ausente...

- Ninguém sequer notaria ou se importaria. - Completei.

- Como se eu... não fosse notar ou importar... - Falou magoado. - Ele não está com pressa para fazer nada, - Continuou. - tem feito tudo muito calculado, só se importa em cumprir com seu objetivo. O canal de fofoca? Eles não obtiveram uma cópia, Linda, aquele era o contrato original, que Elliot conseguiu depois de invadir nossa casa. - Ai meu Deus. - Era a sua via, a minha ainda está na gaveta. Ele foi esperto o bastante para não mexer onde sabia que eu daria falta de algum documento.

- Elliot entrou aqui? - Perguntei alarmada. - Quando? E por que não soube disso?

Por Deus!

Até onde a loucura dele ia?

- Desculpe, não quis te preocupar. Aconteceu quando estávamos viajando.

- Por isso os seguranças lá fora? - Ele acenou. - Imaginei que fossem por causa de Elliot, mas nunca pensei que ele fosse capaz de sequer cogitar a ideia de entrar aqui. E se...

- Não. - Christopher me cortou como se lesse meus pensamentos. - Ele não vai chegar perto da nossa casa outra vez. Ou de você. - Ele beijou minha testa. - ou de você. - Se debruçou beijando minha barriga. - Nada do que fez foi por vontade própria, meu amor. Daqui a pouco Elliot será preso, então vamos apenas esquecer, seguir em frente. Posso fazer isso e espero que não fique se martirizando pensando o que poderia ter feito de diferente para mudar a situação. Tudo que aconteceu é porque tinha que acontecer, estamos aqui agora, o resto não importa.

- Eu te amo. - Falei o abraçando apertado, agradecendo a Deus pelo homem maravilhoso ao meu lado.

- E eu amo você. - Chris disse e passou a mão na minha barriga. - tá ouvindo filho, ou filha? O papai ama a mamãe, e já te ama muito também. - Ele se inclinou mais uma vez beijando minha barriga e me fazendo chorar.

Limpei minhas lágrimas e colei minha boca na dele em um beijo calmo que se transformou em algo mais urgente, mais desesperado.

Minutos depois sentei em sua barriga com minhas mãos em seu pescoço controlando o beijo.

- Porra, que saudade de tê-la em nossa cama.

- Eu também estava com saudade de ter você ao meu lado... em cima de mim... embaixo de mim... dentro de mim. - Sussurrei em seu ouvido e desci até estar sentada, sentindo seu desejo evidente através do tecido da boxer.

- Linda... - Chris me puxou para perto, falando entre o beijo. - Você está...

- Com desejo. - Cortei sua fala.

- Eu ia dizer grávida. - Riu com a boca na minha.

- Sim, uma grávida com desejo.

- Desejo? - Perguntou e eu o beijei outra vez, com o corpo em chamas.

- Sim, amor, desejo, desejo de você. Mais de um mês sem você já tava me deixando louca. - Desci meus beijos por seu pescoço. - E eu estou molhada agora só de te beijar, então é melhor... - Dei um gritinho quando ele me virou na cama ficando por cima de mim apoiado nos braços.

- Caralho, Linda, você fica tão gostosa falando assim. - Chris me beijou com vontade.

Seus beijos viajando pelo meu corpo de forma lenta, se demorando mais na minha barriga, sorrindo. Então estava no meio das minhas pernas.

- Sem calcinha, minha vida? Dormi a noite toda ao seu lado com você sem calcinha? - Chris não me deu tempo para responder, porque seu dedo passeou por meu clitóris e eu gemi.

- Puta que pariu. Você está perfeita com essa boceta molhada desse jeito.

- Chris, eu preciso que... - Sua boca desceu para o meio das minhas pernas, assim como um dedo entrou deslizando.

O ritmo da sua língua em conjunto com seu dedo entrando e saindo devagar foi um martírio, mas à medida que mais gemidos deixaram minha boca e que me contorcia na nossa cama, ele aumentou a velocidade dos seus movimentos.

O orgasmo me atingiu forte me fazendo chamar seu nome, me deixando deliciada com todas as sensações que sempre me proporciona.

Ele esperou que eu acalmasse minha respiração, subindo seu corpo até estar com os olhos fixos nos meus e um sorriso satisfeito nos lábios molhados.

- Podemos fazer isso? - Perguntou preocupado.

- Bom, eu li em algum lugar que sim.

- Você leu em algum lugar? - Arqueou uma sobrancelha rindo.

- Sim, ontem antes de você subir, mas o sono me pegou sem que pudesse matar a saudade. - Passei uma mão em seu cabelo fazendo carinho.

- Vamos ter todo tempo do mundo para matar a saudade, minha vida.

- Podemos começar agora? Por que eu realmente tô com muito desejo. - Ele gargalhou.

- Desejo de sexo, gostei disso.

- Então você pode só calar a boca e entrar em mim? - Disse irritada.

Deus, meus hormônios estão uma bagunça.

- Eu realmente tô gostando muito disso. - Sem aguentar esperar mais nem um minuto, nos virei na cama e montei nele, abaixei sua boxer e sentei com vontade.

- Caralho, Linda. - Ele ficou surpreso e extasiado no mesmo momento.

Subi, desci e rebolei, fazendo gemidos e palavras desconexas saírem da sua boca.

- Porra, Linda, não vou durar muito assim.

- Não se preocupe, isso é só uma amostra do dia.

- Puta merda. - Exclamou.

Aumentei meu ritmo até que ele não aguentou mais.

Ficamos um bom tempo deitados esperando o ritmo dos nossos batimentos cardíacos diminuirem.

- Você ainda vai me matar do coração. - Sorri para suas palavras.

Eu estava realmente em casa.

💕

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