Capítulo 72

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Christopher

Sim.

Linda disse sim para meu pedido de namoro.

E agora, estava prestes a se tornar minha em todos os sentidos da palavra.

Fiquei exultante e ao mesmo tempo receoso por ser sua primeira vez, por isso, penetrei Linda bem devagar com medo de machucá-la.

Via tantos filmes romantizando a perda da virgindade, como se a primeira vez fosse algo incrível para toda mulher, contudo, sabia que não era bem assim, alguns homens esquecem de levar em consideração o incômodo ou a dor que pode ser sentida caso a pessoa não se sinta confortável ou não haja lubrificação suficiente.

Tentaria minimizar o máximo que pudesse para fazê-la se sentir bem.

Minha intenção era que sentisse prazer a ponto de gostar e desejar mais. Não para me satisfazer, para sentir que isso é algo que deve ser feito por ser casada, por uma obrigação, sei que tem muita mulher que pensa assim, mas quero que Linda deseje sexo por ela mesma, não por mim.

Ela era apertada, contudo, estava tão molhada depois de gozar duas vezes, que tive que me segurar para não me mover rápido demais.

- Como se sente? - Perguntei encarando seus lindos olhos.

- Como se alguém estivesse invadindo meu espaço pessoal? - Ri balançando a cabeça e beijei a ponta do seu nariz.

- Engraçadinha. - Recuei e me movi mais um pouco, sentindo aquela resistência.

Me abaixei beijando minha esposa.

Minha namorada.

A mulher que tem ocupado espaço na minha mente e no meu coração desde que a conheci.

Porra, eu sou um filho da puta sortudo.

Ela era a mulher da minha vida e saber que eu seria o único na dela, por mais arrogante que soasse me deixava feliz pra caralho.

- Tudo bem? - Ela acenou com um sorriso contido. - Vou me mover devagar agora, me diga se não se sentir legal.

- Estou bem, Chris - Adorava ouvi-la me chamando assim.

Observei seu rosto no momento que ultrapassei a barreira, e venda-a tranquila, aumentei o ritmo aos poucos.

Não transava há tanto tempo que se não fosse pelo boquete no sofá eu já teria gozado.

Nos beijamos enquanto eu me movia, até que ela mesma começou a movimentar o quadril contra mim aos poucos.

- Chris... - Gemeu ao sentir meu dedo esfregando em seu clitóris um tempo depois.

- Tudo bem?

- Isso... hmm.

Merda.

Seus gemidos, junto dos sons dos nossos corpos se encontrando, daquele momento em diante se transformaram no meu som favorito no mundo inteiro.

Nossas respirações aumentaram com o ritmo das estocadas, nossos corações acelerados nos levando ao limite e quando senti seu corpo retrair, gozei junto com Linda.

Porra.

Depois de meses sem sexo, a experiência de fazer isso com alguém especial era...

Não tinha palavras para descrever a sensação incrível que me despertou.

Poderia fazer isso pelo resto da minha vida.

Abaixei minha cabeça beijando sua testa suada.

- Tudo bem? - Seu sorriso foi resposta suficiente.

Sai devagar de dentro dela indo ao banheiro descartar a camisinha, peguei uma toalha umedecendo com água morna e voltei para o quarto.

Sorri vendo seu rosto vermelho, se por estar pensando nas coisas que havíamos acabado de fazer, ou de vergonha, não sabia dizer, mas só de olhar para ela linda, nua e suada na minha cama, meu pau já ganhava vida.

Linda arqueou uma sobrancelha na minha direção depois de ver o que fazia comigo.

- Experimente ficar quatro meses sem transar e depois conversamos. - Pisquei pra ela e me deitei puxando-a para os meus braços assim que a ajudei se limpar.

- Então...

- Não. Ninguém depois que nos casamos. - Beijei sua cabeça. - Apenas minhas mãos tiveram bastante trabalho. - Ela gargalhou fazendo meu peito aquecer.

- Ah é? Aposto que sua imaginação também. - Falou colocando o queixo no meu peito para me olhar.

- Na verdade, não foi preciso muita imaginação. Eu tenho uma mulher extremamente gostosa dentro de casa, que vivia perambulando por aí com shortinhos curtos. - Ganhei um leve tapa no braço.

- Seu tarado! Ficava me secando? - Perguntou rindo.

- Linda, eu te comia com os olhos todos os dias, não sabe quantas vezes pensei em te arrastar para essa cama. Não sabe quantas vezes eu bati uma no banheiro pensando em você, não só no daqui de casa, mas no da empresa também, e nem sempre tinha a ver com as roupas que vestia, era só olhar pra mim que meu amigo aqui já reagia. 

- Não percebi nada disso. - Minhas mãos estavam em suas costas fazendo um carinho lento. - Assim como não percebi que estava apaixonado.

- Eu sei ser discreto. - Pisquei vendo-a sorri. - E pelo visto também fui muito cego para o que você sente por mim.

- Toda vida tive medo de me apaixonar e não ser recíproco, talvez por isso fiquei com o pé atrás. Sempre achei muito difícil confiar em alguém para ter um relacionamento, pelo menos um saudável.

- Entendo perfeitamente. É o motivo por não ter me envolvido com nenhuma outra pessoa depois de... você sabe. Sem contar que as pessoas hoje em dia descartam os relacionamentos muito fácil. - Fiz carinho no seu cabelo. - Está com fome? - Perguntei vendo seus olhos começando a ficar pesados.

- Na verdade não, apenas com sono.

- Então vamos dormir, precisa descansar. - Puxei o lençol sobre nós dois e dei um selinho nela, porque um beijo me faria querer uma segunda rodada e ela precisava descansar.

- Boa noite, Chris.

- Boa noite, minha vida.

💕

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