Capítulo 57

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Christopher

Josh me encontrou ainda dentro do salão bem menos movimentado depois que os convidados foram para o lado de fora.

- Me diz que Linda está aqui.... - Não houve cumprimentos, apenas sua pergunta angustiada.

Peguei meu celular, desesperado demais para responder qualquer pergunta, de forma alguma esperaria um segundo sequer.

- Quero fazer uma denúncia. - Josh ao meu lado me encarou confuso. - Minha esposa foi... sequestrada.

Encarei meu amigo que passava a mão no cabelo tão aflito quanto eu, tão descomposto quanto eu, com a gravata desfeita.

Expliquei o que havia acontecido para a atendente, que apenas registrou o que eu disse informando que enviaria uma viatura, mas pela sua voz pude imaginar que estava achando um exagero da minha parte, geralmente espera-se um tempo para uma queixa de desaparecimento.

Pro inferno que vou esperar e pagar pra ver o que aquele filho da puta pode fazer com minha esposa.

A ficha do meu amigo só caiu quando desliguei o celular.

Encontramos meus pais, Gianne e Gracie do lado de fora.

- Linda não está em nenhum lugar. - Falei frustrado.

- Procurei nos banheiros. - Gracie disse nervosa.

- Procuramos aqui fora também, primo.

- Gianne? - Meu amigo enfim a reconheceu.

-  Agora não, Joshua. Você pode se desculpar com seu amigo por ser um otário depois que encontrarmos sua esposa. - Ralhou.

- Foi ele, tenho certeza. - A aflição ameaçou tomar conta de mim.

- De quem está falando filho? - Mamãe perguntou preocupada. Ela não sabia sobre Elliot, contei apenas para meu pai no dia da festa de bodas de casamento deles, exatamente para não deixá-la preocupada.

- Linda tem um... perseguidor, acredito que ele esteja por trás do sumiço dela. - Falei resignado vendo sua expressão de choque.

- Ai meu Deus! - Papai foi para seu lado e a abraçou.

- Chamou a polícia? - Gracie me encarou ao perguntar, temendo pela amiga tanto quanto eu, conhecia Elliot e provavelmente sabia do que ele era capaz, ainda mais depois de conhecer a verdadeira natureza dele.

- Sim, acabei de fazer isso. - Respondi nervoso passando a mão no cabelo.

- Deus abençoe para que não aconteça nada com minha nora. - Mamãe orou baixinho no momento que um carro parou próximo de onde estávamos.

- Senhor Hale? - Acenei - Capitão Harding, passava por perto e ouvi o chamado da sua denúncia no rádio. - Se apresentou e observei o homem que parecia jovem demais para ser capitão da polícia. - uma viatura já está a caminho. - Seu celular tocou assim que terminou de avisar.

- Harding. - Ele me olhou ao responder a pessoa do outro lado da linha. - Certo. Alex, faça uma busca nas câmeras de segurança de todo o quarteirão e envie alertas para todas as unidades e postos.

Olhei para o outro lado da rua encontrando o objeto da minha fúria. Desci os últimos degraus da escada do prédio em sua direção.

Ninguém me impediria de socar a cara de Elliot.

Hoje não.

O primeiro soco o derrubou no asfalto.

O segundo tirou sangue.

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