Capítulo 26

16.4K 1.2K 142
                                    

Linda

No sábado, Christopher me entregou um cartão preto dizendo que não tinha limites e que Anne estaria chegando em meia hora para me acompanhar ao shopping.

Tentei rejeitar, claro que não adiantou.

Então resolvi que compraria apenas o necessário, não era meu dinheiro afinal de contas.

Pelo menos foi o que achei que faria, até Victória aparecer, e é claro que tinha o dedo de Anne.

A mãe de Christopher era uma mulher encantadora, me acolheu desde o primeiro momento, e esse tinha sido o motivo de quase chorar no dia do jantar em sua casa.

Fazia algum tempo que não me sentia tão cercada de pessoas com a energia boa que emanava dela e do marido.

Foi impossível dizer não para com relação às compras, quase infartei com o tanto de coisa, mas, mais ainda com os valores, ela por outro lado, não pareceu se importar.

Eu estava nervosa, por isso acabei mandando uma mensagem para Christopher, ele precisava saber que não compraria metade daquelas coisas.

Eu: Anne convidou sua mãe para vir fazer compras. Acho que ela tá tentando fazer um rombo na sua conta bancária! 😰

Christopher: Não conseguiria nem se ela se esforçasse muito.

Que arrogante.

Revirei os olhos.

Eu: Tentei dizer que não precisava de tantas coisas. 🤷🏻‍♀️

Christopher: Aprenda desde já, não adianta discutir com minha mãe.

Eu: Prometo te pagar tudo, nem que precise vender um rim.

Christopher: Se não quisesse que gastasse não teria te dado um cartão sem limite. 😤

Grosso!

Eu: 🙄

Christopher: Está revirando os olhos pra mim?

Ele tá citando cinquenta tons de cinza?

Puta que pariu.

Não podia, podia?

Deus! Esperava que não.

A essa altura eu estava gargalhando, e minhas duas acompanhantes me olhavam com sorriso no rosto.

- Ahn... estava falando com Christopher.

- Foi o que pensei. - Victoria sorriu.

******

Perdi meu fim de semana arrumando todas as coisas que compramos no shopping.

Christopher, como sempre, ficou fora, mas por um lado, não ter sua presença intimidadora me ajudava a relaxar e curtir meus momentos sozinha na casa.

Aproveitei o domingo para ligar para Gracie, os dias haviam sido tão corridos que nem sequer tive tempo para falar com ela.

- Acho que vai cair uma tempestade. - Atendeu com um sorriso na voz.

- Não exagera amiga.

- Você pediu demissão, passa dias sem dar notícias, pensei até em mandar a polícia atrás de você. - gargalhei deitada no sofá da sala.

- Meu Deus, como você é dramática, Gracie. Me conta, como andam as coisas? - Perguntei ainda que com medo da resposta.

- Tudo na mesma. Trabalhando, estudando.

Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora