Capítulo 63

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Christopher

Durante duas semanas, Gianne, fez  companhia para Linda durante o dia, assim pude ir a empresa colocar meu trabalho em dia.

Nessas duas semanas Linda se recuperou bem, seus hematomas haviam sumido e o local da cirurgia ficou com uma fina cicatriz, quase imperceptível. O único incômodo era o braço ainda com gesso e ficaria mais um mês e meio.

Durante nossas noites, passávamos horas falando sobre nossa infância e adolescência. Queria conhecer melhor a pessoa com que desejo passar o resto da minha vida.

Ela ainda não sabe disso.

Não voltei a beijá-la, sei que estava me torturando, mas quando começasse a beijar aquela boca espertinha, não ia querer parar, era a certeza que tinha, então decidi esperar.

Pelo menos tentei.

Na sexta feira, cheguei um pouco mais tarde, dessa vez avisei que ficaria o dia todo em reunião, aprendi minha lição como ser um bom marido.

Encontrei Linda em pé de frente para a porta de vidro, falando ao celular.

Paralisei deixando meus olhos percorrerem suas costas nuas na camisola vermelha de seda, tão curta que se ela se abaixasse poderia ver o que vestia por baixo.

Ela está vestindo alguma coisa por baixo?

Puta. Que. Pariu.

- Oi. - Falou por cima do ombro antes de desligar, e quando encerrou a chamada abriu um sorriso de derreter geleiras ao ficar de frente pra mim. Eu havia perdido minha condição de fala encarando o decote da camisola. - Chris? Tá tudo bem? Perguntou se aproximando.

- Ahn, c-claro, tá tudo ótimo. - Falei gaguejando.

- Era Gracie.

- Ahn, certo. Gracie.

Linda se aproximou fazendo meus olhos se fixarem no decote que deixava parte dos seus seios à mostra. Deu mais alguns passos para frente enquanto recuei até cair sentado na cama.

Ela parou entre minhas pernas.

Minha nossa senhora da espera, me dá uma força aí!

Nunca a vi tão ousada.

Sua mão boa veio até meu pescoço, aproximou a boca da minha roçando os lábios nos meus.

Sentado ela ficava quase da minha altura, quase.

- Tem certeza que não tem nenhum problema? - Perguntou baixinho.

- T-ten... tenho. - Guaguejei.

- Será que você pode ajustar minha tipóia aqui atrás. - Pediu se virando.

Caralho.

Já disse que essa mulher um dia vai me matar?

Minhas mãos foram para a tipóia desajeitadamente e se não fosse pelo braço quebrado, as colocaria em sua cintura e a puxaria para sentar no meu colo. Eu a beijaria até estar molhada e pronta para mim, mas respirei fundo me obrigando a ajustar o que quer que precisasse.

Linda girou ficando de frente.

- Chris... quero que me beije. - Exigiu depois de colocar a mão no meu ombro.

- Linda, eu não acho que essa seja uma boa ideia. - Aguardou eu dizer o motivo mas não continuei.

- Você não quer? - Tirou sua mão com dúvida nos olhos. - Tudo bem, eu só achei que...

- Quero. - interrompi - Claro que quero, mas não quero te machucar, você ainda está...

- Se falar se recuperando de novo eu vou ficar muito brava. - Se agitou. - Estou bem, juro que estou, você pode me beijar, não vou quebrar.

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