Capítulo 18

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Christopher

Correr me ajudou a acalmar a mente. Uma volta no condomínio foi suficiente para me fazer chegar em casa suado.

Entrei na cozinha indo direto para a geladeira pegar uma garrafa de água, comecei a beber em longos goles quando Brigitte entrou.

- Bom dia Christopher! - Ela cumprimentou sorrindo ao deixar suas coisas na bancada me fitando no processo.

Seus olhos correram da garrafa d'água na minha boca para o moletom cinza que estava aberto mostrando meu peito sem camisa por baixo, e desceu um pouco mais para a calça preta de corrida.

Luxúria e desejo como nunca vi antes vindo da funcionária estampavam seu rosto.

- Bom dia Brigitte - Falei colocando a garrafa na mesa. - Você pode me dar um minuto? Perguntei e apontei para a cadeira da mesa redonda no canto da cozinha. - Gostaria de conversar com você.

- Claro. - Sentou e ainda sorrindo esperou que eu falasse.

- Quero apenas esclarecer umas coisas.

Meu tom foi baixo, porém, mais sério do que já tenha falado com qualquer funcionário.

- Você está aqui há um bom tempo e gosto bastante do seu trabalho. - Ela acenou sorridente. - Nunca me deu motivos para nenhum tipo de queixa e sempre me respeitou. - A mulher me encarava em expectativa. - Por isso desde ontem estou procurando entender o que te fez pensar que poderia começar a me chamar pelo primeiro nome, até aí tudo bem, posso relevar. - Sua feição foi ficando hesitante a cada frase. - O que não posso aceitar é a forma como você agiu na presença de Linda ontem, ignorando totalmente sua presença.

- Não foi minha intenção, senhor. - Começou a falar nervosa até eu a interromper levantando uma mão.

- Ainda não terminei. - Passei a mesma mão no cabelo, me sentindo frustrado. - Gosto do seu trabalho Brigitte, como falei, você é uma boa funcionária, mas Linda será minha esposa, essa será sua casa e não quero que nada, nem ninguém a faça se sentir desconfortável. Estamos entendidos?

- Sim, senhor. Peço desculpas, não foi intencional. - Falou rápido.

- Tudo bem, só espero que não se repita. - Ela abaixou a cabeça levantando em seguida.

- Eu posso fazer uma pergunta? - Seu rosto estava impassível agora. Acenei para que prosseguisse.

- Por que ela está no quarto de hóspedes e não no do senhor se vai ser sua esposa?

Merda!

Que pergunta atrevida.

Poderia responder que não era da conta dela, porém achei melhor não dar motivos para que desconfiasse, no final das contas sua pergunta foi pertinente.

- É provisório.


💕

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