CAPÍTULO 41

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Jungkook estranhou quando vários minutos se passaram desde que enviara Namjoon para buscar Jimin. Cada vez mais inquieto, ele apoiou-se na cama e levantou-se, movendo cautelosamente o ombro machucado. Ainda doía muito, mas ele conseguiu movê-lo e, mais importante, o ferimento já havia se fechado. Os pontos poderiam ser tirados dentro de alguns dias. Sua cabeça ainda doía se mexesse rápido demais, mas o inchaço havia diminuído bastante.

Ele não se importaria se também tomasse um banho. Era surpreendente que Jimin tivesse conseguido descansar ao seu lado. Ele, provavelmente, cheirava pior que uma carcaça podre. E, provavelmente, era isso mesmo que Jimin estava fazendo naquele momento. O ômega gostou do banho que tomara dias atrás e, provavelmente, ainda sentia dores nos músculos.

Após decidir dar mais um pouco de tempo antes de exigir saber onde seu ômega estava, Jungkook começou a limpar-se com os panos e a água da vasilha. Até usou um pouco do sabão de Jimin, achando que não seria mau aliviar o cheiro de suor, sangue e cansaço. Sentindo-se melhor depois de se limpar, ele vestiu roupas limpas e decidiu ir atrás de seu esposo pessoalmente. Melhor ainda seria se o encontrasse nu em uma banheira de água quente. Embora não estivesse com forças para fazer amor, e seu pequenino ômega tampouco, ele certamente não se importaria em apenas aproveitar aquela visão perfeita.

Com um sorriso, começou a descer as escadas, esforçando-se para tirar o assunto da mensagem de sua mente. Não ajudaria em nada ficar pensando nisso agora. Park Dong-hae enviaria uma resposta ou não enviaria nada. Tudo o que Jungkook podia fazer era esperar para saber se Dong-hae seria sincero ou mentiria.

O saguão estava curiosamente vazio no momento em que o jantar já deveria estar servido. Jungkook estranhou quando percebeu que o jantar estava posto na mesa e, em alguns pratos, parecia ter sido deixado pela metade. Era como se o saguão tivesse sido esvaziado de repente, bem no meio da refeição.

– Namjoon! Taehyung!

Sem receber resposta, Jungkook virou-se na direção da entrada dos fundos, sentindo um súbito desejo arrebatador de saber se Jimin estava bem. Apressou-se para fora e começou a correr na direção da casa de banho. Quase trombou com Taehyung, quando seu irmão apareceu correndo para fora. Jungkook agarrou-o pelos ombros, ignorando a dor do movimento súbito.

– O que aconteceu? – O líder exigiu saber. – Onde está Jimin?

– Não sei – Jeon Taehyung disse sombriamente. – Estamos procurando por ele.

– O quê? – Jungkook rugiu. – Por que ninguém me avisou? Por que ninguém me contou sobre isso?

– Acabamos de descobrir que ele sumiu – Taehyung disse. – Eu estava indo buscá-lo. Namjoon e os guerreiros se espalharam pela fortaleza e pelos arredores procurando por ele.

– Conte tudo o que aconteceu – Jungkook disse. – Quando ele foi visto pela última vez? Quem o viu? E desde quando está sumido?

– Ele foi até a cozinha e falou com Mary há pouco tempo. Mary lhe deu um pedaço de pão e queijo, depois Jimin deixou a cozinha. Ninguém o viu desde então. Jieun está procurando no andar de cima, os ômegas estão procurando perto da fortaleza e os soldados se espalharam pelo perímetro externo. Já mandamos mensagens para as patrulhas na fronteira, perguntando se viram alguma coisa. Nós vamos encontrá-lo, Jungkook. Jimin não pode ter ido muito longe.

– Ninguém desaparece assim – Jungkook rosnou. – Quero falar com cada membro do clã. Alguém deve ter visto Jimin. Além disso, alguém tem de saber o que aconteceu com meu ômega! – O lúpus rugiu.

[...]

Jimin acordou de repente dentro de um pesadelo que não conseguia entender. Estava sendo jogado dolorosamente de cima a baixo e o chão entrava e saía de sua linha de visão. Levou vários minutos até perceber que estava de bruços sobre um cavalo, ou, ao menos, a pessoa que o carregava estava montando um cavalo e ele pulava sobre seu colo como um saco de batatas. Sentiu náusea e precisou engolir a bile que subia por sua garganta. O movimento constante estava causando a reação e não havia nada que pudesse fazer.

GUERREIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora