Jimin ficou horrorizado quando acordou pressionado fortemente contra o corpo de Jungkook. Obviamente, já era tarde da noite e ele havia dormido pelo resto da tarde e a hora do jantar. Seu alfa dormia profundamente e seus braços o envolviam de modo que o corpo do ômega estava perfeitamente alinhado com o dele.
Por um momento, o ômega lúpus suspirou e acomodou-se naquele estado sonolento. Já devia ser quase hora de a fortaleza começar a acordar para um novo dia, mas ele não queria sair daquele calor entre os braços de seu marido. Mas Jimin lembrou-se de Chin-Sun falando do horário em que os ômegas se levantavam para acender as lareiras nos quartos e também no saguão, para espantar o frio quando os guerreiros começassem o dia.
Contrariado, deixou o calor da cama e silenciosamente acrescentou lenha à lareira. Não havia sobrado brasas da noite anterior, então precisou usar uma das velas para acender a madeira.
Assim que uma chama começou a crepitar e ele ficou satisfeito por seu alfa acordar com um bom fogo aceso, alisou as roupas que usara na noite anterior. Quando terminou, desceu para procurar Chin-Sun ou os outros ômegas. Tentando conter um bocejo, ele entrou na cozinha e encontrou Mary acendendo o fogo da grande fornalha que usava para cozinhar.
Jimin não deixou de notar a surpresa nos olhos de Mary quando percebeu sua presença. Mas Mary disfarçou e direcionou Jimin para a tarefa de acender o fogo das duas lareiras do saguão, embora sem se dar ao trabalho de dizer como Jimin deveria levar a lenha para uma tarefa dessas. As lareiras eram enormes e os pedaços de lenha eram muito maiores do que a madeira em seu quarto.
Sem deixar que um detalhe insignificante assim o detivesse, ele saiu, tremendo ao olhar para o céu ainda escuro, que apenas então começava a clarear no horizonte. Sua respiração formava nuvens de condensação e o ar parecia úmido e frio contra seu rosto. Como suspeitara, encontrou uma grande pilha de madeira onde toras maiores eram guardadas, logo ao lado da porta da cozinha.
Jimin conseguiu deslocar uma das toras que acabou caindo diante de seus pés. Ele levantou-a e, depois de perceber que não conseguiria carregá-la, começou a rolá-la pelo chão. Quando chegou perto dos degraus de pedra no caminho de volta à fortaleza, parou e olhou para a tora. Um passo de cada vez. Ele não precisaria carregar por muito tempo. Apenas o suficiente para subir cada degrau até chegar ao topo.
Respirando com dificuldade por causa do esforço físico, o ômega ergueu a tora apenas o suficiente para deslizá-la sobre o primeiro degrau. Parou um tempo para se recompor, preparando-se para o próximo degrau e, quando finalmente chegou ao topo, já havia passado vários minutos. Ele ergueu a madeira sobre o degrau de cima e olhou para a pilha de toras atrás dele. Como poderia trazer lenha o bastante para as duas lareiras antes de os alfas começarem a descer para o café da manhã? Bom, certamente não conseguiria se ficasse ali parado reclamando, disso tinha certeza.
Determinado a não se passar por tolo, ele rolou a madeira na direção da lareira, deixou-a no chão e depois voltou para apanhar outra. Depois de mais quatro viagens, havia madeira suficiente para começar o primeiro fogo. Estava tão exausto que suas mãos pequenas tremiam enquanto manobrava a lenha no fosso. Colocou a primeira no lugar e, quando se abaixou de novo para pegar a próxima, alguém tocou em seu ombro.
Assustado, o ômega virou-se e encontrou a expressão horrorizada de um jovem guerreiro. Ele parecia tão chocado que Jimin franziu as sobrancelhas sem entender o que havia feito de errado.
- Meu senhor, é meu dever trazer a lenha toda manhã. Isso não é trabalho para um ômega do seu tamanho. Por favor, permita que eu termine o trabalho. Não quero desagradar o líder deixando que seu ômega faça um trabalho tão pesado. Suas mãos, meu senhor. Estão sangrando. Por favor, peça para uma das ômegas cuidar de você.
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GUERREIROS
Hayran KurguLeia a SINOPSES desta história no primeiro capítulo do livro. E aos interessados, desejo uma boa leitura!