CAPÍTULO 42

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O alvorecer já aparecia no horizonte e Jungkook estava em pé diante de seu clã. A fúria, a impaciência e a preocupação lutavam por controle. Eles haviam vasculhado a fortaleza, o rio e as terras ao redor. Reviraram tudo o que podiam, mas não encontraram sinal de Jeon Jimin.

Jungkook não conseguia aceitar que ninguém em seu clã tivesse visto ou soubesse o que acontecera com seu ômega. Não estava faltando nenhum cavalo e Jimin não conseguiria ir muito longe a pé, dada a sua condição, o que significava que alguém o teria levado ou ajudado de alguma maneira. Jungkook não conseguia pensar nessa última hipótese, pois significava que teria sumido voluntariamente, e Jimin não dera nenhum motivo para que ele acreditasse que o ômega fugiria abruptamente.

Após o proteger tão ferozmente, por que o deixaria no momento em que estava se recuperando? 

Não, isso não fazia o menor sentido. Então, alguém devia estar com ele. Alguém o teria levado contra a sua vontade e poderia estar machucando-o naquele exato momento. Jungkook precisou afastar essa imagem ou perderia qualquer semblante de controle.

– Todos estão aqui, Jungkook – Namjoon disse sombriamente. – Cada alfa, ômega e filhote.

– Fiquem de olhos abertos – Jungkook disse. – Não posso julgar a todos, mas alguém está mentindo. Precisamos descobrir quem é antes que seja tarde demais para meu menino.

Namjoon franziu ainda mais as sobrancelhas. Ele assentiu e depois fez um gesto para Jeon Taehyung ir na outra direção, para que pudessem analisar melhor as pessoas do clã.

– Alguém não está dizendo a verdade – Jungkook disse em voz alta o bastante para todos o ouvirem no pátio silencioso.

Seus guerreiros, aqueles considerados entre os mais confiáveis, estavam espalhados em um círculo, com os braços cruzados de um jeito ameaçador. Eles observavam a multidão da mesma maneira que Namjoon e Taehyung.

– Jimin foi visto pela última vez por Mary, na cozinha, na noite passada. Jimin desapareceu logo depois, mas ninguém viu nada.

– Talvez ele tenha voltado para o seu clã – alguém gritou no meio das pessoas.

– Cale-se, idiota! – A velha Chin-Sun gritou, com o rosto vermelho de raiva. – O mocinho Jimin não desertou nosso líder. É desleal dizer uma coisa dessas. Respeite os líderes! 

– Tudo o que quero ouvir é quem viu Jimin e se alguém possui alguma informação sobre o seu paradeiro. Será muito melhor admitir agora. Se mais tarde descobrirmos que alguém sabia, e se alguma coisa acontecer a Jimin como resultado da sua omissão, o castigo será a morte.

Enquanto Jungkook dizia isso, seu olhar vasculhava o grupo de ômegas que havia maltratado Jimin. A maioria deles parecia genuinamente preocupados, mas foi à expressão de Seulgi que mais chamou sua atenção. 

Ela estava pálida, visivelmente nervosa e olhando para o horizonte, como se quisesse estar o mais longe possível dali. Ela limpou as mãos nas saias e tentou misturar-se no meio da multidão.

– E eu prometo, a sua morte não será rápida – Jungkook disse, falando diretamente na direção de Seulgi, esperando por mais alguma reação. – Para cada ferimento em meu ômega, o mesmo será feito com a pessoa responsável em dobro. Você rezará pela morte antes de eu terminar com você.

GUERREIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora