CAPÍTULO 48

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– Eu gostaria que isso fosse um novo começo entre nossos clãs – Park Dong-hae disse quando canecas de cerveja foram colocadas na frente dos principais membros dos dois clãs.

– Estou ouvindo – Jungkook disse.

Seus irmãos trocaram olhares, depois olharam ao mesmo tempo para Jungkook. O líder do clã Jeon reconheceu a enormidade do momento. O impensável estava acontecendo graças a um ômega de olhos pequeninos, bochechas gordinhas e cabelos dourados que invadira a sua vida e o fizera pensar em outras coisas além de vingança e ódio.

Jeon Jimin o ensinara a amar e a desejar a paz.

– Juntos, somos uma força sem igual – Park Dong-hae disse.

Park Hoseok concordou. Yoongi, obviamente, também apoiava o pai. Ele se sentava ao seu lado sem rancor ou menosprezo. Parecia… ansioso… para selar a paz.

– Ninguém, nem mesmo a coroa, teria poder para derrotar nossas forças combinadas – Dong-hae continuou. – Não que eu esteja sugerindo qualquer insurreição. Estou apenas apontando os benefícios de uma verdadeira aliança entre nós. Não uma aliança forçada.

Jeon Jungkook respirou fundo e olhou para seus irmãos uma última vez e eles o olharam de volta, assentindo quase que imperceptivelmente. Então Jungkook se virou para o chefe dos Park's e respondeu:

– Estou disposto.

Os olhos de Dong-hae foram invadidos por uma alegria e um alívio tão grandes que Jungkook se sentiu surpreso.

– É muito bom conseguirmos deixar décadas de desavenças para trás, não apenas para o bem do meu menino ômega, mas para os seus filhotes e os filhotes dos meus filhos. Podemos construir uma aliança indestrutível que vai assegurar o futuro de nossos clãs.

Jungkook assentiu, sentindo uma paz se acomodando em seu coração. Era a decisão certa. E não era uma decisão que pudesse tomar antes de Jimin. Mas queria que seus filhotes com seu ômega crescessem cercados pela proteção dos dois clãs. Não queria nunca que pessoas como Lee Minjun ameaçassem tudo aquilo que ele amava.

Park Dong-hae ofereceu a mão para Jeon Jungkook.

– Um novo juramento, um juramento que não é de sangue, mas é jurado livremente e sem coerção.

Jungkook estendeu o braço sobre a mesa e apertou a mão que lhe foi oferecida. Dong-hae apertou de volta, com surpreendente força.

– Quero fazer parte da vida do meu filho ômega e ver os filhotes que ele gerar. Os meus netos.

Jungkook entendia o que o pai de Jimin estava pedindo. Ele queria ter permissão para entrar nas terras dos Jeon's livremente, sem impedimentos. Ele pedia que Jeon Jungkook abrisse os portões para os Park's e que a boa-vontade passasse a existir daquele momento em diante.

Estava pedindo que agissem como uma… família.

Sinto muito, pai. Não posso continuar no caminho que segui nos últimos anos. Eu amo Jimin. Ele significa tudo para mim. Mais do que vingança. Mais do que punir aqueles que eu considero culpados pela sua morte. Perdoe-me, por favor.

Jungkook encarou Dong-hae.

– Você sempre será bem-vindo nas terras dos Jeon's. Jimin ficará feliz em ver a família que ama, e espero providenciar os netos que você tanto gostaria de ver.

– Você é um bom alfa – Dong-hae disse com a voz rouca. – Eu nunca teria imaginado que um dia sentaria aqui com você para falarmos sobre visitas e netos. Você ensinou a um velho alfa uma lição sobre ser alguém superior. Seria fácil odiar Jimin e puni-lo por um casamento forçado e uma aliança com um homem que você odeia, mas você o tratou com bondade.

GUERREIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora