Jungkook estava sentado na cama, com Jimin no colo. Ele envolvia sua cintura enquanto o ômega encarava seus irmãos e seus pais com algo que há muito tempo vinha escondendo deles.
A verdade.
O alfa permaneceu quieto, apenas o abraçando, quando o ômega tomou coragem e mergulhou na história, terminando com sua captura por Lee Minjun e o terror que sentiu quando ele disse que faria tudo aquilo que prometera na época em que o ômega era muito mais jovem.
Yoongi e Hoseok tinham uma expressão de raiva no rosto. Lágrimas brilhavam nos olhos de seu pai e ele não conseguia sequer olhar nos olhos do filho ômega. A vergonha coroava suas feições e Jimin sentiu-se mal ao ver a dor em seu rosto. Sua mãe chorava suavemente, mas também havia alegria em seus olhos, o que deixou Jimin emocionado. Eles não estavam bravos. Suas emoções passavam pela alegria e pela tristeza. E raiva de Lee Minjun, não dele.
Jimin relaxou sobre Jungkook, confortando-se em seu abraço. Ele ficou agradecido por usar sua força, pois precisou de cada gota possível para juntar a coragem de encarar sua família.
– Por que não me contou? – Park Yoongi perguntou, com os olhos cheios de tristeza enquanto olhava para Jimin. – Você sabe que eu o teria defendido.
– Você não teria conseguido mudar a cabeça de nosso pai – O ômega disse.
– Sou eu quem deve carregar o peso da culpa por tudo o que aconteceu com você – Seu pai disse, com uma expressão de agonia.
– Não! – Jimin negou. – Por favor, não posso aguentar ver todos vocês tão tristes. O que eu fiz foi estúpido. Eu aceito isso. Não me arrependo de minhas ações, pois talvez as coisas não estivessem como estão agora, mas não foi uma coisa boa nem foi culpa de ninguém. Eu menti. Eu enganei vocês. Fui pego em uma teia da qual não conseguia escapar. Eu apenas queria que vocês soubessem a verdade e que também soubessem que eu não culpo ninguém. Não estou zangado. Eu amo vocês.
Sua mãe levantou-se e aproximou-se de onde Jimin estava, no colo de Jungkook. Ela estendeu os braços e Jimin aceitou o gesto, abraçando sua mãe tão fortemente quanto sua mãe o abraçava. Fazia muito tempo desde a última vez que tivera um contato assim com sua mãe, e ele adorou o calor e o amor de algo tão grandioso quanto um abraço de mãe. Embora não fosse mais uma criança, não era tão velho que não tivesse mais necessidade do conforto da própria mãe. Não havia sensação melhor no mundo.
Sua mãe desfez o abraço, agora tocando o rosto do filho. Lágrimas rolavam de seu rosto, mas então ele sorriu com os olhos brilhantes de amor e perdão.
– Então é verdade, você consegue ler tudo o que eu falo apenas observando meus lábios?
Jimin confirmou.
– Sim.
– Que menino esperto – sua mãe disse, beliscando seu rosto.
Seu pai também se levantou e aproximou-se com um olhar sombrio. Sem conseguir aguentar mais a tristeza em seu rosto, Jimin tentou se levantar. Sentindo sua intenção, Jungkook ajudou-o a ficar em pé. Jimin andou até seu pai e envolveu a cintura do velho alfa com os braços, pousando o rosto em seu grande peitoral e apertando-o com toda a força. Seu pai retribuiu o abraço, usando a mesma força que o ômega. Seu corpo tremeu contra o do ômega e ele deu-lhe um beijo no topo da cabeça. Quando desfez o abraço, havia trilhas visíveis de lágrimas em seu rosto e uma pesada tristeza no olhar.
– Sinto muito, meu doce menino – Park Dong-hae disse.
Jimin sacudiu a cabeça.
– Não, tudo está perdoado. E sou eu quem deveria implorar por seu perdão. Mas tudo está bem agora, papai. É isso o que importa.
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GUERREIROS
Fiksi PenggemarLeia a SINOPSES desta história no primeiro capítulo do livro. E aos interessados, desejo uma boa leitura!