CAPÍTULO 18

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Na manhã seguinte, ao levantar-se, Jimin andou até a janela, enrolou um canto da cortina e prendeu-a com uma tira de couro. Depois testou a temperatura no ar, deixando que a brisa soprasse em seu rosto. O sol já estava alto o bastante para banhar a terra com seu calor, que espantava o frio da manhã. Ao longe, o rio refletia o sol. Havia um ponto na curva onde a água seguia o caminho ao redor da fortaleza.

Várias árvores e uma formação rochosa forneciam privacidade, e seria difícil para alguém enxergar se ele se banhasse ali. A limpeza superficial da noite anterior não fora suficiente. Ele ainda podia sentir a pele grudenta por causa da cerveja. Seu cabelo também fora atingido e precisaria de uma boa limpeza, mas Jimin não queria visitar a casa de banho, onde forçosamente teria a companhia dos outros ômegas do clã Jeon.

Se encontrasse Jieun, talvez pudesse convencê-la a servir de companhia ou, ao menos, ficar de guarda para que ninguém os seguisse até aquele ponto em particular no rio. Satisfeito com o seu plano e animado com a ideia de nadar um pouco, ele apanhou uma muda de roupa, escolheu uma das toalhas mais quentes para se secar e depois procurou os sais de banho que usara para se lavar na noite anterior.

Com os braços cheios, saiu do quarto. Jimin passou pela porta aberta do quarto de Jieun, então percebeu que não saberia onde encontrá-la, já que não estava ali. Sentiu um frio na barriga e parou no topo da escada. Depois, uma raiva apertou seus lábios. Não permitiria que os ômegas do clã Jeon o deixasse com tanto medo ao ponto de não querer sair de seus aposentos.

Jimin desceu a escada com determinação e entrou no grande saguão com a cabeça erguida, como se fosse dono do lugar. Não parou em nenhum momento, embora muitas ômegas fêmeas tivessem parado o que estavam fazendo, assim como no dia anterior. Ele exibiu sua expressão mais altiva, ergueu o queixo para o ar e continuou através da porta que levava para o pequeno escritório que Jieun lhe mostrara antes.

Para seu alívio, quando abriu a porta, Jieun estava sentada na frente da escrivaninha, segurando uma pena e estudando um dos pergaminhos. Jieun ergueu os olhos, surpresa por encontrar Jimin ali, carregando roupas e o cobertor.

– Você está mudando de quarto de novo, Jimin?

Jimin sorriu e sacudiu a cabeça. Deixou suas coisas sobre a escrivaninha e apontou para Jieun e para a janela.

– Quer que eu pule da janela?

O sorriso de Jimin aumentou, e seus ombros tremeram em uma risada silenciosa. Ele apontou para si mesmo, depois apontou para a janela e colocou os dois braços juntos fazendo um movimento de braçada. Depois disso, franziu o nariz e fez um gesto para a sua pele e cabelo, apertando o nariz com dois dedos para reforçar a mensagem.

– Você quer ir nadar… para poder se lavar? – Jieun perguntou. – Mas você sabe nadar?

Jimin assentiu vigorosamente.

– Jimin, está muito frio, talvez nem tanto sob o sol, mas a água deve estar muito gelada.

Jimin encolheu os ombros. Estava acostumado com isso. A água seria tão fria ali quanto era na fortaleza dos Park's.

– Jungkook não vai gostar disso.

Jimin franziu as sobrancelhas com força e depois sacudiu a cabeça. Então apontou de volta para Jieun e depois para si mesmo.

Jieun soltou uma risada.

– Ah, quer que eu vá com você para que Jungkook não descubra.

GUERREIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora