CAPÍTULO 45

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O corpo de Lee Minjun desabou, dobrando-se como uma fita ao vento ao lado de sua cabeça.

Jeon Jungkook não esperou para começar a vasculhar seu corpo atrás das chaves dos grilhões. Ele era o tipo de pessoa que as carregaria consigo, e Jungkook estava certo. As chaves estavam no bolso da túnica de Minjun. Jungkook guardou a espada na bainha, sem se dar ao trabalho de limpar o sangue da lâmina. Depois apressou-se de volta para onde Jimin estava e, cuidadosamente, destrancou os grilhões, tirando-os dos pulsos e dos tornozelos do ômega. Quando se levantou para jogar as correntes para o lado, ele olhou para os olhos do pai de Jimin.

– Eu não pretendo quebrar o nosso tratado. Quero apenas retornar para a minha fortaleza com meu Jimin.

Ele estendeu os braços para receber Jimin, mas o velho Park hesitou. Ele apertou sua carga preciosa e encarou Jungkook com uma expressão de súplica.

– Nossa fortaleza fica mais perto. Vamos até lá para ter certeza de que tudo está bem com ele. Não me negue isso, eu lhe imploro. Sua mãe gostará de saber tudo aquilo que você me contou. Ela vai querer abraçar o filhote e saber que ele está seguro e feliz.

Jungkook olhou para seus irmãos e depois olhou de volta para o velho líder Park. O que ele pedia não era algo fácil de aceitar. Ele solicitava que Jungkook deixasse o passado de lado para entrar nas terras dos Park's como… convidado. E permanecer lá como parte da… família. Ele encarou seus irmãos novamente, esperando por uma opinião. Namjoon e Taehyung trocaram olhares e depois analisaram a expressão no rosto dos irmãos de Jimin e de seu pai, que ainda segurava o filho contra o peito.

– O que eles pedem não é grande coisa – Namjoon disse com um tom baixo. – Uma mãe gostaria de saber que seu filhote está bem após um sofrimento desses.

O coração de Jungkook ficou mais leve, e um alívio atravessou seu peito. Por Jimin ele poderia deixar de lado anos de ódio e o desejo de vingança, mas não poderia esperar que seus guerreiros fizessem o mesmo.

– Devemos nos apressar, Jungkook – Taehyung disse. – Jimin deve acordar entre aqueles que o amam e não aqui, onde sofreu tanto abuso.

Jungkook virou-se para Dong-hae.

– Se você aceitar nossa presença, então ficaremos agradecidos por sua hospitalidade e pelo cuidado que oferecer à meu esposo.

Dong-hae tomou os três passos que o separavam de Jungkook e gentilmente entregou-lhe Jimin.

– Vamos permitir que Jong-su enterre seu falecido filho. Podemos resolver a questão com os Lee e conduzir uma investigação completa depois de assegurarmos que Jimin vai se recuperar.

Jungkook baixou o rosto até a cabeça de seu esposo e brevemente fechou os olhos diante da doce sensação de tê-lo de volta e com vida. Depois assentiu para Park e virou-se para voltar até onde seu cavalo e seus soldados o esperavam.

  [...]

Assim que se aproximaram da fortaleza dos Park's, Park Eun correu para receber seu alfa com uma expressão exasperada. Ao perceber a presença dos soldados dos Jeon's, ela parou de repente, arregalando seus olhos diante da impressionante exibição de força. Então seu olhar pousou sobre Jungkook, e sua mão subiu até a boca quando viu Jimin sendo carregado por ele.

Com as saias esvoaçando, a ômega correu o mais rápido que seus pés permitiam, até chegar ao lado do cavalo de Jungkook. O lúpus precisou parar o cavalo para que não atropelasse Eun.

– Maldição, Eun! – Dong-hae rugiu. – Eu disse para você ficar dentro da fortaleza, mulher!

– O que aconteceu com Jimin? – Eun perguntou quase sem voz. Ela ignorou completamente a fúria do marido enquanto olhava com uma expressão de súplica para Jungkook.

GUERREIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora